Briófitas em diferentes estágios sucessionais em área de Mata Atlântica, Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Bárbara da Rocha da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/250651
Resumo: A Mata Atlântica é uma floresta tropical que abrigam alta biodiversidade, composta por distintas formações florestais nativas sendo considerada um hotspot de biodiversidade, atualmente está muito reduzida restando apenas 12,4% de remanescentes de vegetação nativa acima de três hectares de todo o bioma. A restauração de um ecossistema degradado envolve um conhecimento prévio dos táxons existentes nos diversos ambientes, observação dos processos naturais de uma sucessão florestal e/ou ecológica, autoecologia e comportamento das espécies. Os estágios sucessionais da Mata Atlântica, estabelecidos pela legislação são: Estágio Inicial (EI), Estágio Médio (EM) e Estágio Avançado (EA) e neste trabalho acrescentamos a Mata Antiga (MA). As briófitas são parte importante dos processos sucessionais dos ecossistemas pois normalmente desenvolvem-se agrupadas, formando extensos tapetes que recobrem determinadas áreas, evitando a erosão nestes locais, proporcionando a retenção da umidade e estabilidade do solo, porém poucos estudos de sucessão vegetacional abordam este grupo de plantas. O objetivo principal deste trabalho foi identificar as espécies de briófitas ocorrentes em diferentes estágios sucessionais em áreas de Mata Atlântica no município de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul. As coletas foram realizadas seguindo a metodologia habitual para o grupo, a identificação das espécies foi realizada no Laboratório de Biologia e Conservação da UERGS– Litoral Norte (LABeC), utilizando estereomicroscópio e microscópio óptico, além de bibliografia especializada. Foram identificadas 69 espécies de briófitas pertencentes a 22 famílias, sendo 40 espécies musgos (Bryophyta) e 29 espécies hepáticas (Marchantiophyta) distribuídas nos 4 estágios sucessionais. Os estágios sucessionais que apresentaram maior número de espécies foram o Estágio Médio e o Estágio Avançado. Observamos que grande parte das espécies (29) são exclusivas de um determinado estágio sucessional. O Estágio Inicial apresentou 3 espécies exclusivas, Estágio Médio 18 espécies exclusivas, Estágio Avançado 4 espécies exclusivas e a Mata Antiga 5 espécies exclusivas. Foram calculados os Índices de Similaridade de Jaccard e de Sorensen, que indicaram uma maior semelhança, em termos de composição florística, entre o Estágio Médio e a Mata Antiga. Em relação ao substrato onde as briófitas estavam aderidas observamos que a grande maioria (72,46%) possui hábito corticícola. Estudos sobre as briófitas ainda são poucos e precisam ser ampliados, já que a presença deste grupo pode auxiliar na preservação de ecossistemas, na recuperação ambiental e criação de tecnologias, sendo também importantes na sucessão ecológica.
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As briófitas são parte importante dos processos sucessionais dos ecossistemas pois normalmente desenvolvem-se agrupadas, formando extensos tapetes que recobrem determinadas áreas, evitando a erosão nestes locais, proporcionando a retenção da umidade e estabilidade do solo, porém poucos estudos de sucessão vegetacional abordam este grupo de plantas. O objetivo principal deste trabalho foi identificar as espécies de briófitas ocorrentes em diferentes estágios sucessionais em áreas de Mata Atlântica no município de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul. As coletas foram realizadas seguindo a metodologia habitual para o grupo, a identificação das espécies foi realizada no Laboratório de Biologia e Conservação da UERGS– Litoral Norte (LABeC), utilizando estereomicroscópio e microscópio óptico, além de bibliografia especializada. Foram identificadas 69 espécies de briófitas pertencentes a 22 famílias, sendo 40 espécies musgos (Bryophyta) e 29 espécies hepáticas (Marchantiophyta) distribuídas nos 4 estágios sucessionais. Os estágios sucessionais que apresentaram maior número de espécies foram o Estágio Médio e o Estágio Avançado. Observamos que grande parte das espécies (29) são exclusivas de um determinado estágio sucessional. O Estágio Inicial apresentou 3 espécies exclusivas, Estágio Médio 18 espécies exclusivas, Estágio Avançado 4 espécies exclusivas e a Mata Antiga 5 espécies exclusivas. Foram calculados os Índices de Similaridade de Jaccard e de Sorensen, que indicaram uma maior semelhança, em termos de composição florística, entre o Estágio Médio e a Mata Antiga. Em relação ao substrato onde as briófitas estavam aderidas observamos que a grande maioria (72,46%) possui hábito corticícola. Estudos sobre as briófitas ainda são poucos e precisam ser ampliados, já que a presença deste grupo pode auxiliar na preservação de ecossistemas, na recuperação ambiental e criação de tecnologias, sendo também importantes na sucessão ecológica.The Atlantic Forest is a tropical forest that harbors high biodiversity, composed of different native forest formations, being considered a biodiversity hotspot, currently it is very reduced, leaving only 12.4% of native vegetation remnants above three hectares of the entire biome. Restoring a degraded ecosystem involves prior knowledge of the taxa existing in different environments, observation of the natural processes of a forest and/or ecological succession, autoecology and species behavior. The successional stages of the Atlantic Forest, established by legislation are: Initial Stage (EI), Middle Stage (EM) and Advanced Stage (EA) and in this work we added the Old Forest (MA). Bryophytes are an important part of the successional processes of ecosystems because they normally develop in groups, forming extensive mats that cover certain areas, preventing erosion in these places, providing moisture retention and soil stability, but few studies of vegetation succession approach this group. of plants. The main objective of this work was to identify the species of bryophytes occurring in different successional stages in areas of Atlantic Forest in the municipality of São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul. The collections were carried out following the usual methodology for the group, the identification of the species was carried out at the Laboratory of Biology and Conservation of UERGS-Litoral Norte (LABeC), using stereomicroscope and optical microscope, in addition to specialized bibliography. Sixty-nine species of bryophytes belonging to 22 families were identified, being 40 species of mosses (Bryophyta) and 29 species of liverworts (Marchantiophyta) distributed in the 4 successional stages. The successional stages that presented the highest number of species were the Middle Stage and the Advanced Stage. We observed that most of the species (29) are exclusive to a certain successional stage. The Initial Stage had 3 exclusive species, the Middle Stage 18 exclusive species, the Advanced Stage 4 exclusive species and the Mata Antiga 5 exclusive species. Jaccard's and Sorensen's Similarity Indexes were calculated, which indicated a greater similarity, in terms of floristic composition, between the Middle Stage and the Old Forest. In relation to the substrate where the bryophytes were adhered, we observed that the vast majority (72.46%) have corticultural habits. Studies on bryophytes are still few and need to be expanded, since the presence of this group can help in the preservation of ecosystems, environmental recovery and creation of technologies, being also important in ecological succession.application/pdfporBriófitasSucessão ecológicaMata AtlânticaEcossistemaPlantasFlorestasRio Grande do SulBriófitas em diferentes estágios sucessionais em área de Mata Atlântica, Rio Grande do Sul, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulCampus Litoral NortePorto Alegre, BR-RS2022Ciências Biológicas: Ênfase em Gestão Ambiental, Marinha e Costeira: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001152349.pdf.txt001152349.pdf.txtExtracted Texttext/plain115524http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250651/2/001152349.pdf.txt6984750a50a59c37af27b63cb4be3af4MD52ORIGINAL001152349.pdfTexto completoapplication/pdf15113123http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250651/1/001152349.pdfee1c5731c8d9155aec7f4f02a29163ffMD5110183/2506512022-11-05 04:49:00.176244oai:www.lume.ufrgs.br:10183/250651Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-11-05T07:49Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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