Caracterização transcriptômica da resposta a proteínas mal enoveladas em pacientes com glioblastoma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Fernanda Dittrich Pinto
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/275428
Resumo: O retículo endoplasmático (RE) é o principal sítio de enovelamento e controle de qualidade de proteínas. A desregulação de processos celulares relacionados ao enovelamento e tráfego de proteínas leva ao acúmulo de proteínas mal enoveladas no RE, desencadeando o estresse do RE. Para lidar com esse estresse, as células ativam uma cascata de sinalização denominada resposta a proteínas mal enoveladas (UPR, do inglês unfolded protein response). A UPR é um processo adaptativo que aumenta a capacidade de enovelamento proteico do RE para restaurar a homeostase e manter a viabilidade e função celular. Contudo, se o estresse for permanente ou intenso, essas vias de sinalização podem induzir morte celular por apoptose. Vários estudos demonstraram um papel relevante da UPR no desenvolvimento e na progressão tumorais, e a modulação da maquinaria de estresse do RE como estratégia anticancerígena já foi relatada. Portanto, visto a necessidade urgente de melhorar o padrão de tratamento de glioblastoma (GBM), um tumor agressivo com sobrevida mediana de 15 a 18 meses, a modulação de componentes específicos da UPR ou a indução de um estresse do RE agudo são estratégias terapêuticas promissoras. O objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil transcricional da UPR em pacientes com GBM por meio da exploração de dados de expressão gênica populacionais e de single-cell. Nossas análises mostram que a expressão de genes relacionados ao estresse do RE apresenta alta heterogeneidade intra e intertumoral. Além disso, encontramos a UPR regulada positivamente em GBM e identificamos novos fatores de risco e proteção com potencial diagnóstico e terapêutico. Finalmente, nossas descobertas sugerem que as vias a jusante de IRE1, uma das mais importantes proteínas transdutoras do RE, têm papéis contrastantes na infiltração imune, representando um potencial mecanismo pelo qual a UPR afeta a sobrevida dos pacientes com glioblastoma.
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