Indicador de qualidade assistencial e processo de enfermagem como ferramentas de qualificação para o cuidado ao paciente com úlcera por pressão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Cássia Teixeira dos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/35962
Resumo: Trata-se de um recorte de um estudo maior que se propõe contribuir para o conhecimento da frequência de ocorrência da UP, bem como para a qualificação do indicador de qualidade assistencial de enfermagem de um hospital universitário. Os objetivos foram: identificar a frequência de ocorrência da UP em pacientes que estavam em risco para esta complicação, avaliados pela Escala de Braden e com escore total < 13; identificar quais destes pacientes, que desenvolveram UP grau II ou mais, foram registrados no sistema de comunicação de indicador de qualidade assistencial; verificar se os pacientes que apresentaram UP grau II ou mais, descritas nas evoluções de enfermagem, foram comunicados pelo indicador de qualidade assistencial de UP e identificar o perfil clínico e os diagnósticos de enfermagem (DEs) destes pacientes que desenvolveram UP grau II ou mais. A amostra constou de 188 internações de pacientes adultos hospitalizados em unidades clínicas e cirúrgicas, no período de janeiro-julho de 2008. Os dados foram coletados retrospectivamente, em banco de dados, em prontuário eletrônico e papel e, em sistema informatizado de indicadores de qualidade assistencial. A análise foi estatística descritiva. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o protocolo número 11-0010. Os resultados referentes às 188 internações de pacientes que estavam em risco para UP, com escore <13 na Escala de Braden e sem UP no momento da internação, apontou uma frequência de ocorrência de 36 (19%) casos de UP durante o período de hospitalização, 17 (47,2%) UP grau I e 19 (52,8%) UP grau II ou mais. Os casos de UP só são comunicados pelo sistema de indicador de qualidade assistencial quando em grau II ou mais, verificou-se uma frequência de ocorrência de 10% deste agravo na amostra total (188) dos pacientes. Entretanto, observa-se que somente 6 (3%) casos de UP foram notificados pelo sistema de indicador de qualidade assistencial, constatando-se a subnotificação do dado. A maioria dos pacientes que apresentou UP grau II ou mais (19) tinha idade média de 67 anos (+ 23,2). O sexo predominante foi o feminino, em 12 (63%) casos, com tempo mediano da internação de onze (+ 6-29) dias, em unidades clínicas 11 (58%). A média do escore total na Escala de Braden foi 11. Os principais motivos de internação e comorbidades dos pacientes foram doenças cerebrovasculares, cardiovasculares, geniturinárias, metabólicas e psiquiátricas. Os DEs mais frequentemente estabelecidos foram Risco de infecção, Déficit do autocuidado: banho e higiene, Padrão respiratório ineficaz, Mobilidade física prejudicada, Síndrome do déficit do autocuidado, Nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais, Integridade da pele prejudicada, Alteração na eliminação urinária, Diarréia, Integridade tissular prejudicada, Risco para função respiratória prejudicada e Risco para prejuízo da integridade da pele. Os principais fatores relacionados aos DEs foram Prejuízo neuromuscular/musculoesquelético e Imobilidade. As implicações para a prática de enfermagem são as de que permitirão direcionar ações para o cuidado à prevenção da UP e qualificar o sistema de registro deste indicador de qualidade assistencial.
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