A evolução das capacidades de poder do Brasil no período 1995-2009

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Filippin, Flávia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/28366
Resumo: A evolução da imagem do Brasil no exterior aponta para um incremento no poder político do Brasil no sistema internacional e motiva o estudo de quais indicadores evidenciam o aumento das capacidades do poder do país. O objetivo principal do trabalho é analisar e evidenciar, através do exame de indicadores sócio-econômicos e de segurança, a evolução das capacidades de poder do Brasil no período 1995-2009. O objetivo secundário é verificar a condição relativa de poder do Brasil. A hipótese principal é a de que houve aumento nas capacidades de poder do Brasil. A hipótese secundária afirma que o Brasil não ascendeu à condição de grande potência. A análise das capacidades de poder se propõe a verificar se a política externa brasileira tem à sua disposição os meios necessários para a execução das intenções declaradas. A análise das capacidades de poder proposta neste trabalho permite verificar que, por um lado, diversas vulnerabilidades foram reduzidas, abrindo espaço na agenda política para que se pense a posição do Brasil no mundo. Para isso corroboram o contínuo controle da inflação, o recente ajuste fiscal, a redução da desigualdade de renda e a expressiva queda da vulnerabilidade externa. No entanto, por outro lado, a posição relativa de poder do Brasil no mundo não apresentou mudanças significativas, uma vez que, tanto em termos militares quanto econômicos, não houve evolução radical que destacasse o país e alterasse fundamentalmente suas bases de poder. Verifica-se, portanto, que houve aumento das capacidades de poder do Brasil entre 1995 e 2009, uma vez que a maioria dos indicadores analisados apresentou trajetória positiva. No entanto, a melhora se deve mais à redução de vulnerabilidades que estavam presentes no Brasil há vários anos e menos à melhora da posição relativa do país no que tange a alguns elementos de poder. Fica evidente também que o Brasil não ascendeu à condição de grande potência, uma vez que não possui os requisitos para tal caracterização. Por um lado, os recursos orçamentários das Forças Armadas são insuficientes e os equipamentos estão defasados. Por outro, o País não possui as armas estratégicas necessárias para poder colocar-se em guerra com os Estados Unidos, uma potência nuclear com capacidades militares imensamente superiores. O Brasil parece permanecer na categoria de potência média, que compreende aqueles países que estão na faixa intermediária de recursos e que possuem uma inserção dupla regional e global.
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A análise das capacidades de poder proposta neste trabalho permite verificar que, por um lado, diversas vulnerabilidades foram reduzidas, abrindo espaço na agenda política para que se pense a posição do Brasil no mundo. Para isso corroboram o contínuo controle da inflação, o recente ajuste fiscal, a redução da desigualdade de renda e a expressiva queda da vulnerabilidade externa. No entanto, por outro lado, a posição relativa de poder do Brasil no mundo não apresentou mudanças significativas, uma vez que, tanto em termos militares quanto econômicos, não houve evolução radical que destacasse o país e alterasse fundamentalmente suas bases de poder. Verifica-se, portanto, que houve aumento das capacidades de poder do Brasil entre 1995 e 2009, uma vez que a maioria dos indicadores analisados apresentou trajetória positiva. No entanto, a melhora se deve mais à redução de vulnerabilidades que estavam presentes no Brasil há vários anos e menos à melhora da posição relativa do país no que tange a alguns elementos de poder. Fica evidente também que o Brasil não ascendeu à condição de grande potência, uma vez que não possui os requisitos para tal caracterização. Por um lado, os recursos orçamentários das Forças Armadas são insuficientes e os equipamentos estão defasados. Por outro, o País não possui as armas estratégicas necessárias para poder colocar-se em guerra com os Estados Unidos, uma potência nuclear com capacidades militares imensamente superiores. O Brasil parece permanecer na categoria de potência média, que compreende aqueles países que estão na faixa intermediária de recursos e que possuem uma inserção dupla regional e global.The improvement of Brazil's image abroad points to an increase in the country‟s political power in the international system and motivates the study of which indicators are responsible for the increasing in the country‟s capabilities. The main objective is to analyze and demonstrate, through an examination of socio-economic and security indexes, the evolution of Brazil‟s power capabilities in the period 1995-2009. The secondary objective is to verify the country‟s relative condition of power. The primary hypothesis is that there was an increase of the referred capabilities. The secondary hypothesis stated that Brazil did not ascend to the great power status. The purpose of such analysis is to verify whether the Brazilian foreign policy has at its disposal the resources needs to implement the stated intentions. The analysis of power capabilities proposed in this paper shows that, on the one hand, several vulnerabilities have been reduced, making room on the political agenda for thinking Brazil's position in the world. The continuous control of inflation, the recent fiscal adjustment, the declining income inequality and the sharp fall in external vulnerability confirm that. However, on the other hand, the Brazil‟s relative position of power in the world did not change significantly, since, both in military and economic ways, no radical development that highlighted the country and fundamentally alter their power bases occurred. Indeed, Brazil‟s capabilities have increased between 1995 and 2009, since most of the indicators examined showed a positive trend. However, the improvement is due more to reducing vulnerabilities that were present in Brazil for several years and less to the improvement of the country's relative position in regard of some elements of power. It is also evident that Brazil has not reached the great power status, since it lacks the requirements for such characterization. On the one hand, the budgetary resources of the armed forces are insufficient and the equipment is outdated. Second, the country lacks the necessary strategic weapons to be able to put itself at war with the United States, a nuclear power with military capabilities vastly superior. Brazil seems to remain in medium power category that comprises those countries that are in the middle range of resources and have a double insertion, both at regional and global levels.application/pdfporPolítica externaSegurança nacionalIndicadores econômicosIndicadores sociaisPoderBrasilBrazilCapabilitiesForeign policyNational defenseSecuritySocio-economic indexesA evolução das capacidades de poder do Brasil no período 1995-2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPorto Alegre, BR-RS2010Relações Internacionaisgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000770742.pdf.txt000770742.pdf.txtExtracted Texttext/plain305593http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28366/2/000770742.pdf.txtd2f02d315e7f056a395a76b20a0715e3MD52ORIGINAL000770742.pdf000770742.pdfTexto completoapplication/pdf1112874http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28366/1/000770742.pdf12777fa41d0fd6d7ce136d311329d8b6MD51THUMBNAIL000770742.pdf.jpg000770742.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg981http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28366/3/000770742.pdf.jpg1946a213cb58f01c466baea28a1d1cb4MD5310183/283662018-10-17 08:09:46.037oai:www.lume.ufrgs.br:10183/28366Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-17T11:09:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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