Avaliação da relação entre peso ao nascer e variáveis relacionadas ao comportamento alimentar em escolares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/143054 |
Resumo: | Introdução: A relação entre crescimento intrauterino restrito (CIUR) e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta (ex.: obesidade, diabetes melito tipo II, hipertensão) está bem estabelecido. Mais recentemente novas evidências sugerem que indivíduos que sofreram CIUR têm comportamento e preferências alimentares alterados desde a infância, preferindo o consumo de alimentos ricos em açúcares ou gorduras e consumindo menos frutas e vegetais. Uma questão que pode surgir é se as regras alimentares parentais podem influenciar este processo, uma vez que uma família criando uma criança de baixo peso ao nascer poderia ser mais permissiva em relação ao consumo de alimentos mais calóricos como forma de estimular seu crescimento. Este estudo objetiva determinar 1) se o baixo peso ao nascer está associado a um maior consumo de açúcares e/ou gorduras entre 6-12 anos de idade e 2) se as regras alimentares parentais diferem entre as crianças de baixo peso ao nascer e as de peso normal ao nascer nesta idade. Métodos: 616 famílias foram recrutadas de 9 comunidades da área metropolitana de Montreal para uma entrevista telefônica de 50 minutos a respeito de dados demográficos, antropometria das crianças (peso e altura) e atividades físicas. Uma subamostra de 254 famílias também respondeu questões adicionais em um questionário online, incluindo regras alimentares parentais e um questionário de frequência alimentar completo. A razão de crescimento fetal (birth weight ratio, BWR) foi calculada (peso ao nascimento/ média de peso ao nascimento da população, ajustada para sexo e idade gestacional) e foram considerados CIUR aqueles com BWR menor que 0,85. Resultados: A amostra incluiu 130 meninos (25 CIUR) e 124 meninas (13 CIUR) (p=0,06) sem diferenças de idade, renda familiar, idade gestacional, escore Z de índice de massa corporal atual ou etnia entre os grupos. Um modelo de regressão linear generalizada mostrou uma interação entre sexo e BWR contínuo na porcentagem de calorias derivadas de gorduras no consumo habitual [Wald=4,949; df=1; p=0,026], na qual os meninos mostraram maior consumo deste macronutriente conforme o BWR reduz [B=-4,988, CI -10,276; 0,299], sem correlação nas meninas [B=3,695, CI -2,166; 9,555]. Em relação às regras parentais, os domínios controle alimentar, regras de encorajamento e de restrição não diferiram entre os grupos. Conclusão: Este estudo mostra que meninos com CIUR tem preferência aumentada por dietas ricas em gorduras e que regras alimentares parentais não parecem ter um papel específico neste comportamento. É provável que fatores biológicos como programação fetal de rotas homeostáticas e/ou hedônicas possam estar envolvidos. |
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Bischoff, Adrianne RahdeSilveira, Patrícia Pelufo2016-06-29T02:19:37Z2016http://hdl.handle.net/10183/143054000991701Introdução: A relação entre crescimento intrauterino restrito (CIUR) e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta (ex.: obesidade, diabetes melito tipo II, hipertensão) está bem estabelecido. Mais recentemente novas evidências sugerem que indivíduos que sofreram CIUR têm comportamento e preferências alimentares alterados desde a infância, preferindo o consumo de alimentos ricos em açúcares ou gorduras e consumindo menos frutas e vegetais. Uma questão que pode surgir é se as regras alimentares parentais podem influenciar este processo, uma vez que uma família criando uma criança de baixo peso ao nascer poderia ser mais permissiva em relação ao consumo de alimentos mais calóricos como forma de estimular seu crescimento. Este estudo objetiva determinar 1) se o baixo peso ao nascer está associado a um maior consumo de açúcares e/ou gorduras entre 6-12 anos de idade e 2) se as regras alimentares parentais diferem entre as crianças de baixo peso ao nascer e as de peso normal ao nascer nesta idade. Métodos: 616 famílias foram recrutadas de 9 comunidades da área metropolitana de Montreal para uma entrevista telefônica de 50 minutos a respeito de dados demográficos, antropometria das crianças (peso e altura) e atividades físicas. Uma subamostra de 254 famílias também respondeu questões adicionais em um questionário online, incluindo regras alimentares parentais e um questionário de frequência alimentar completo. A razão de crescimento fetal (birth weight ratio, BWR) foi calculada (peso ao nascimento/ média de peso ao nascimento da população, ajustada para sexo e idade gestacional) e foram considerados CIUR aqueles com BWR menor que 0,85. Resultados: A amostra incluiu 130 meninos (25 CIUR) e 124 meninas (13 CIUR) (p=0,06) sem diferenças de idade, renda familiar, idade gestacional, escore Z de índice de massa corporal atual ou etnia entre os grupos. Um modelo de regressão linear generalizada mostrou uma interação entre sexo e BWR contínuo na porcentagem de calorias derivadas de gorduras no consumo habitual [Wald=4,949; df=1; p=0,026], na qual os meninos mostraram maior consumo deste macronutriente conforme o BWR reduz [B=-4,988, CI -10,276; 0,299], sem correlação nas meninas [B=3,695, CI -2,166; 9,555]. Em relação às regras parentais, os domínios controle alimentar, regras de encorajamento e de restrição não diferiram entre os grupos. Conclusão: Este estudo mostra que meninos com CIUR tem preferência aumentada por dietas ricas em gorduras e que regras alimentares parentais não parecem ter um papel específico neste comportamento. É provável que fatores biológicos como programação fetal de rotas homeostáticas e/ou hedônicas possam estar envolvidos.Introduction: The relationship between intrauterine growth restriction (IUGR) and the development of chronic non-communicable diseases later in life (e.g. obesity, type II diabetes, hypertension) is well established. More recently, evidences suggest that individuals with IUGR have altered feeding behavior and food preferences from early infancy, favoring the intake of foods rich in sugar or fat and consuming less fruits and vegetables. One question that may arise is if parental food rules may influence in this process, as a family raising an IUGR child could be more permissive in relation to the intake of highly caloric foods in order to stimulate growth. In this study we aimed at verifying 1) if IUGR was associated with increased intake of sugar and/or fat at 6-12 years of age and 2) if parental food rules were different between IUGR and normal birth weight children at this age. Methods: 616 families were recruited from 9 communities in the Montreal Metropolitan Area for a 50-minute telephone interview regarding to household demographic information, children’s anthropometrics (height and weight) and physical activities. A subsample of 254 families also answered additional questions on a two-hour online follow-up, including family food rules and a complete food frequency questionnaire. Birth weight ratio (BWR) was calculated (observed birth weight/ mean population birth weight, sex and gestational age-specific), and considered IUGR those having a BWR lower than 0.85. Results: There were 130 boys (25 IUGR) and 124 girls (13 IUGR) in the sample (p=0.06), and no differences were seen between the groups or sexes regarding age, family income, gestational age, current body mass index Z scores or ethnicity. A generalized linear model regression showed an interaction between sex and continuous BWR on the percent calories derived from fat in the habitual food intake [Wald=4.949; df=1; p=0.026], in which boys showed an increased intake of this macronutrient as BWR decreases [B=-4.988, CI -10.276; 0.299], with no correlation in girls [B=3.695, CI -2.166; 9.555]. Food control, encouragement and restriction rules were not different between the groups. Food control, encouragement and restriction rules were not different between the groups. Conclusion: The study shows that IUGR boys have increased preference for high-fat diets and parental food rules do not seem to play a specific role on this behavior. It is likely that biological factors such as fetal programming of homeostatic and/or hedonic pathways functioning are involved.application/pdfporPediatriaComportamento alimentarRetardo do crescimento fetalIntrauterine growth restrictionFeeding behaviorAvaliação da relação entre peso ao nascer e variáveis relacionadas ao comportamento alimentar em escolaresEvaluation of the relationship between birth weight and associated variables related to feeding behavior at school age info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisHospital de Clínicas de Porto AlegrePorto Alegre, BR-RS2016especializaçãoPrograma de Residência Médica em Pediatriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000991701.pdf000991701.pdfTexto completoapplication/pdf990748http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143054/1/000991701.pdf2053475f178f92cdb195008ed24246fdMD51TEXT000991701.pdf.txt000991701.pdf.txtExtracted Texttext/plain66661http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143054/2/000991701.pdf.txta9edab113e701a4ec26d594cdf7e732eMD52THUMBNAIL000991701.pdf.jpg000991701.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1161http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143054/3/000991701.pdf.jpge8751b304dfa58a10007d9e2594dab41MD5310183/1430542022-01-07 05:26:59.747153oai:www.lume.ufrgs.br:10183/143054Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-01-07T07:26:59Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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