Os sentidos produzidos pelas crônicas do Jornal Hoje : o exótico, o grandioso e o encantamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Iarema de Lima
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/137795
Resumo: Esta monografia propõe-se a identificar os sentidos produzidos pelas reportagens do Crônicas do Jornal Hoje sobre as identidades estrangeiras. Para isso, foram selecionadas seis reportagens, de seis capitais entre 2010, ano em que foi criado o quadro, até 2015. A crônica é entendida como um espaço no qual o repórter tem liberdade de escrita, no qual ele pode desvencilhar-se das amarras do hard News para escrever um texto informativo, mas mais fluido e subjetivo. No que diz respeito à identidade, elas não podem ser vistas como imaculadas (HALL, 2011), ou seja, os indivíduos têm suas peculiaridades identitárias, mas essas diferenças convivem com outros modos vida. O jornalismo, para conseguir abarcar essa complexa realidade, precisa aprender a ir além das tipificações (BERGER; LUCKMANN, 2008) e praticar a alteridade (DIONÍZIO, 2010), aceitar as diferenças culturais e não impor ao outro um padrão de comportamento filtrado pelas vivências de quem relata a realidade.A análise de discurso de linha francesa foi a metodologia adotada para auxiliar no mapeamento das três formações discursivas identificadas: o exótico, o grandioso e o encantamento. Notou-se que a construção das matérias é firmada no “eu”, ou seja, na identidade, subjetividade e vivências do repórter. Independentemente do ano em que foi produzida, da cidade e do jornalista responsável pela reportagem, as tipificações sobre a identidade do outro tendem a se repetir os sentidos construídos sobre o senso comum.
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