Como diferentes usos do solo afetam a densidade de jaguatiricas (Leopardus pardalis) no Pantanal (Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Júlia Diniz Beduschi Travassos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/170302
Resumo: Nos últimos anos muitos estudos na África vêm demonstrando uma diminuição na população de espécies de mamíferos, inclusive no interior de unidades de conservação, devido a atividades antrópicas e especialmente devido à prática da pecuária extensiva. O Brasil é o país com o segundo maior rebanho bovino do mundo, porém pouco se sabe sobre o efeito da pecuária sobre a fauna brasileira. Com o objetivo de avaliar a pressão da pecuária sobre populações da fauna silvestre, utilizamos o bioma Pantanal (bioma fortemente ocupado por latifúndios pecuaristas) como área de estudo e a jaguatirica (Leopardus pardalis) como modelo animal de hábito florestal. Estimamos a densidade e abundância populacional de em três áreas com diferentes usos do solo no Pantanal (Brasil): área de conservação, latifúndio utilizado para pecuária e área com minifúndios e vilarejos. Para isso, fizemos modelos de captura-recaptura espacialmente explícitos, utilizando armadilhas fotográficas como detector. Capturamos 151 indivíduos com 41 recapturas. A densidade estimada foi de 20,99 indivíduos por 100 km² na área de conservação, 8,48 nos latifúndios e 1,21 nos minifúndios. Os resultados demonstraram uma densidade 17 vezes superior na unidade de conservação em comparação com os minifúndios e duas vezes superior em comparação com o latifúndio. A menor densidade estimada nos minifúndios e latifúndios pode ser resultado da maior densidade humana e da conversão de áreas florestais em áreas de pastagens, mostrando que a pressão da pecuária afeta negativamente a população de jaguatiricas e pode estar afetando da mesma forma animais que possuem hábitos florestais.
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