Diodos emissores de luz no manejo da mucosite oral induzida por tratamentos antineoplásicos : uma revisão sistemática

• Autor(a) principal: Lara, Amanda Collaziol
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265999
• topic: Fotobiomodulação; Diodo emissor de luz; Mucosite; Câncer; Photobiomodulation; Light-emitting diode; Wound healing; Oral mucositis; Cancer

A mucosite oral (MO) é um efeito adverso agudo significativo em pacientes submetidos a protocolos de quimioterapia, transplante de células-tronco hematopoiéticas e radioterapia de cabeça e pescoço. A dor é o sintoma mais comum e impacta negativamente na qualidade de vida dos pacientes. A MO pode ser o motivo do aumento da necessidade de nutrição parenteral, internações hospitalares prolongadas, interrupção do tratamento, estando associada ao aumento dos custos para o paciente, plano de saúde e sistema de saúde. A aplicação do diodo emissor de luz (LED) tem sido estabelecida no tratamento de lesões ulcerativas por promover a cicatrização de feridas, mas ainda há poucas evidências. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura disponível sobre o tratamento preventivo e terapêutico da MO proveniente das terapias anticancerígenas usando fotobiomodulação (FBM) com LED, abordando os protocolos utilizados e seus respectivos resultados. As buscas desta revisão forão realizadas em maio de 2022, em quatro bases de dados eletrônicas (Embase, PubMed, Web of Science e Scopus) e literatura cinza (Google Scholar, ProQuest e OpenGrey), seguindo a pergunta: “A terapia de fotobiomodulação com diodos emissores de luz é eficaz como tratamento preventivo e terapêutico para mucosite oral induzida por tratamentos anticancerígenos?”. Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos ou estudos pré-clínicos de FBM usando LED associada a MO induzida por tratamento antineoplásico. Das 1387 referências reunidas na primeira coleta, 11 estudos publicados entre 2002 e 2022 compuseram a análise (328 animais e 336 indivíduos). Os achados indicam que o LED demonstra ser viável e seguro; eficaz para reduzir a inflamação, a gravidade, a prescrição de analgésicos e antiinflamatórios; acelerar a cicatrização de feridas; prevenir MO; controlar a dor. Além disso, quando comparados, o LED tem efeitos semelhantes ao laser de baixa potência (LBP) para prevenir e tratar MO. O presente estudo contribui para a elucidação do potencial do LED no manejo da MO e apresenta resultados promissores desse recurso para lidar com essa complicação tão debilitante que, por vezes, nos casos severos, está significativamente associada ao aumento da morbidade, que é a MO induzida por tratamentos antineoplásicos.