Recurtimento de couro wet-blue com taninos de acácia (Acacia mearnsii ) e de tara (Caesalpinia spinosa)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wermuth, Bernardo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255900
Resumo: A maior parte do couro produzido no mundo é curtido com sais de cromo, sendo que as características finais do produto, específicas para cada aplicação são conferidas no acabamento. No acabamento molhado é feito o recurtimento, onde agentes recurtentes são aplicados no couro para corrigir as deficiências do curtimento. Dentre os recurtentes, um grupo de grande interesse são os taninos vegetais, extraídos de plantas. Diferentes espécies de plantas produzem taninos de diferentes composições, com características próprias de cada espécie vegetal. Além do recurtente empregado, as condições do banho de recurtimento também afetam a qualidade do produto final. Neste trabalho foram analisados os efeitos do uso de taninos vegetais de acácia (Acacia mearnsii) e de tara (Caesalpinia spinosa) no recurtimento de couro curtido ao cromo (wet-blue), em diferentes concentrações de tanino e volumes de banho. Verificou-se que esses três fatores têm impacto na cor do couro acabado, sendo que ambos taninos tornam o couro mais escuro e amarelo, efeitos que se intensificam com o aumento da quantidade de tanino ou do volume de banho utilizados. O recurtimento reduziu a capacidade do couro de absorver água, com resultados semelhantes entre as formulações de recurtimento, independentemente da quantidade ou espécie de tanino empregado. Em relação às propriedades mecânicas dos couros, como elasticidade e resistência da flor à ruptura, não foi possível concluir que há efeito significativo do processo de recurtimento. Os resultados dos testes mecânicos e de absorção de água apontam para poucas diferenças entre as espécies de taninos testadas quanto aos efeitos sobre as características do couro recurtido, e as diferenças na medida de cor indicam o tanino de tara como sendo mais vantajoso, por ter menor impacto na cor do couro recurtido e consequentemente menor impacto no tingimento. Não houve indícios de vantagens significativas ao empregar-se concentrações de tanino mais elevadas e maiores volumes de banho.
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Neste trabalho foram analisados os efeitos do uso de taninos vegetais de acácia (Acacia mearnsii) e de tara (Caesalpinia spinosa) no recurtimento de couro curtido ao cromo (wet-blue), em diferentes concentrações de tanino e volumes de banho. Verificou-se que esses três fatores têm impacto na cor do couro acabado, sendo que ambos taninos tornam o couro mais escuro e amarelo, efeitos que se intensificam com o aumento da quantidade de tanino ou do volume de banho utilizados. O recurtimento reduziu a capacidade do couro de absorver água, com resultados semelhantes entre as formulações de recurtimento, independentemente da quantidade ou espécie de tanino empregado. Em relação às propriedades mecânicas dos couros, como elasticidade e resistência da flor à ruptura, não foi possível concluir que há efeito significativo do processo de recurtimento. Os resultados dos testes mecânicos e de absorção de água apontam para poucas diferenças entre as espécies de taninos testadas quanto aos efeitos sobre as características do couro recurtido, e as diferenças na medida de cor indicam o tanino de tara como sendo mais vantajoso, por ter menor impacto na cor do couro recurtido e consequentemente menor impacto no tingimento. Não houve indícios de vantagens significativas ao empregar-se concentrações de tanino mais elevadas e maiores volumes de banho.Most leather produced in the world is tanned with chromium salts, with the final characteristics of the product, specific to each use, being bestowed in the finishing. The retanning is conducted in the wet-finishing step, where retanning agents are applied to leather to correct the deficiencies of tanned leather. Among the retanning agents, vegetable tannins are a group of great interest, extracted from plants. Different species of plants produce tannins of different compositions, with characteristics specific to each vegetable species. Besides the retanning agent, the conditions of the retanning bath also affect the characteristics of the final product. In this work, the effects of acacia (Acacia mearnsii) and tara (Caesalpinia spinosa) tannins in the retanning of chrome-tanned (wet-blue) leather were analyzed, in different tannin concentrations and bath volumes. It was observed that these three factors impact in the color of the finished leather, with both tannins darkening and yellowing the leather, and these effects intensifying with the usage of greater tannin quantities or bath volumes. The retanning reduced the leather’s capacity to absorb water, with similar results between the different formulations, independent of the quantity or species of tannin used. In regards to the mechanical properties of the leathers, such as elasticity and resistance of grain to cracking, it was not possible to conclude that there are significative effects from the retanning process. The results of the mechanical and water absorption test results indicate little difference between these species of tannins in regards to their effect on these properties of retanned leather, and the differences in the color measurements indicate that the tara tannin is more advantageous, as it has a lesser impact on the color of the retanned leather, and consequently a lesser impact in the dyeing. There were no evidences of significant advantages to employing higher concentrations of tannin or greater volumes of water.application/pdfporCouro : TratamentoTanino vegetalRetanningVegetables tanninsAcaciaTaraRecurtimento de couro wet-blue com taninos de acácia (Acacia mearnsii ) e de tara (Caesalpinia spinosa)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2022Engenharia Químicagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001157736.pdf.txt001157736.pdf.txtExtracted Texttext/plain62173http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255900/2/001157736.pdf.txt06669b1f05fabd73e1be223beec16b0dMD52ORIGINAL001157736.pdfTexto completoapplication/pdf1172805http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255900/1/001157736.pdffd3445ae63f13bf5306ee604e3060b20MD5110183/2559002023-03-19 03:34:20.897032oai:www.lume.ufrgs.br:10183/255900Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-03-19T06:34:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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