A solidariedade não tem fronteiras : o grupo Clamor e a rede de direitos humanos na resistência às ditaduras do Cone Sul

• Autor(a) principal: Fraga, Guilherme Barboza de
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/67217
• topic: Direitos humanos; Solidariedade; Perseguição política; Ditadura civil-militar; Desaparecidos políticos; Cone Sul

A presente monografia visa analisar a constituição de uma rede integrada de defesa dos direitos humanos no final da década de 1970 a partir do estudo da trajetória do grupo Clamor. Criado a partir da necessidade de prestar solidariedade aos perseguidos políticos dos regimes repressivos do Cone Sul, o Clamor atuou com diversas outras entidades de direitos humanos e grupos de familiares de vítimas visando denunciar as arbitrariedades cometidas pelas ditaduras de Segurança Nacional, dar abrigo aos refugiados e auxiliar na localização de desaparecidos políticos. O Clamor, grupo de caráter ecumênico vinculado a Arquidiocese de São Paulo, atuou de 1978 a 1991 na defesa dos direitos humanos em Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia. A trajetória do grupo e sua relação com demais entidades foram estudadas a partir de boletins do grupo, atas de encontros e correspondências trocadas dentro da rede de modo a perceber sua atuação conjunta. Com o uso de métodos não-violentos de denúncia e de ajuda humanitária, o Clamor e a rede ligada a ele constituíram forte resistência ao aparelho repressivo e sua atuação além fronteiras representou uma oposição ao esquema repressivo conhecido como Operação Condor.