Análise dos padrões de encalhes de tartarugas marinhas no litoral norte e médio do Rio Grande do Sul entre 1994 e 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luz, Pedro Blaya
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/200540
Resumo: Dados provenientes de encalhes vem sendo utilizados para o estudo de diversos grupos de animais marinhos, frequentemente naqueles envolvendo tartarugas, sendo possível a realização de inferências entre os encalhes e a mortalidade desse animais nas águas adjacentes. Este trabalho analisou 1055 registros de tartarugas marinhas encalhadas no litoral norte e médio do Rio Grande do Sul entre 1994 e 2015. Estes dados tem origem principalmente em monitoramentos de praia realizados pelo Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR) e pelo Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS). Foram registradas todas as cinco espécies conhecidas no litoral brasileiro: Caretta caretta (n=541), Chelonia mydas (n=410), Dermochelys coriacea (n=57), Lepidochelys olivacea (n=10) e Eretmochelys imbricata (n=6), além de 31 registros sem identificação de espécie. Foi encontrado um padrão sazonal nas taxas de encalhe ao longo do ano: notavelmente, encalhes tornam-se mais comuns entre o final da primavera e começo do verão. Comparações com modelos lineares simples demonstraram um aumento dos encalhes de C, caretta e C. mydas com o passar dos anos, o que indica que esta ocorrendo uma maior mortalidade dessas espécies no mar. Mesmo que esse aumento possa ser, pelo menos em 4 parte, explicado pelo crescimento das populações graças à proteção das praias de desova, é possível que este aumento esteja relacionado com um aumento do impacto humano, particularmente da atividade pesqueira, mostrando-se urgente a necessidade de maiores estudos sobre a mesma, bem como de planos de manejo para a redução de impactos desta.
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