Estudo comparativo da tolerância ao sombreamento de Araucaria angustifolia e Podocarpus lambertii

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fagundes, Paula Braga
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/26170
Resumo: Em ambientes florestais, as espécies lidam com grandes variações espaciais e temporais na irradiância, fator considerado como o mais importante para a regeneração e crescimento de árvores nas florestas. Os dois únicos gêneros nativos de gimnospermas do Brasil co-ocorrem na América do Sul desde o Mesozóico, e atualmente, Araucaria angustifolia e Podocarpus lambertii, espécies representantes destes gêneros, coocorrem regenerando-se no sub-bosque da Floresta Ombrófila Mista no Sul do Brasil. Apesar dos inúmeros relatos desta co-existência de longa data, pouco se sabe sobre as semelhanças e as diferenças na ecologia destas duas espécies. Este estudo, realizado em condições de campo na Floresta Nacional de São Francisco de Paula (FLONA), comparou plantas juvenis de P. lambertii e de A. angustifolia quanto aos mecanismos de tolerância ao sombreamento. O estudo foi realizado com indivíduos de A. angustifolia e P. lambertii com alturas entre 25 e 125 cm. Foram selecionadas 20 plantas de cada espécie em diferentes locais do sub-bosque. Os indivíduos selecionados foram marcados e a abertura do dossel acima dos mesmos foi estimada. Em cada planta também foram avaliados o grau de estiolamento e de ramificação caulinar, a massa foliar por área (MFA), a concentração de clorofilas a, b e total e a razão clorofila a/clorofila b. A abertura do dossel, o grau de estiolamento e a ramificação não diferiram significativamente entre as duas espécies. Porém, a MFA, importante indicador de tolerância ao sombreamento, foi significativamente maior em P. lambertii (95,0 g m-2) do que em A. angustifolia, (83,8 g m-2). A razão clorofila a/clorofila b foi menor em P. lambertii, (1,6) do que em A. angustifolia. Estas diferenças apontam para uma maior tolerância de P. lambertii ao sombreamento.
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