Fatores que influenciam na evolução da barreira holocênica das regiões de Rio Grande, Torres/RS E Araranguá/SC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132666 |
Resumo: | A Planície Costeira da Bacia de Pelotas abrange aproximadamente 33.000 km², chegando até 100 km de largura, é considerada a mais expressiva do país, preservando muito bem o registro geológico e geomorfológico do Quaternário. A praticamente retilínea linha de costa estende-se por cerca de 900 km, desde o Alto de Florianópolis, ao norte, até o Cabo Polônio no Uruguai, ao sul. A Geologia da costa se baseia em um amplo sistema de leques aluviais, nas porções mais internas, e no desenvolvimento de quatro sistemas deposicionais do tipo laguna/barreira que estão situados lateralmente aos depósitos de leques aluviais ao oeste. Ao observar os depósitos da última barreira instalada (holocênica), verifica-se uma diferenciação entre os cordões litorâneos de Rio Grande e Torres no Rio Grande do Sul e os de Araranguá em Santa Catarina. Deste modo, a problemática se baseia em porque se diferenciaram dentre eles, sendo que participam de um mesmo período evolutivo (de lento rebaixamento do nível do mar) e ambos apresentam desembocaduras de corpos aquáticos em suas linhas de costa. Assim geraram-se quatro hipóteses para tentar explicar este fato, dentre elas: o paleocontorno da linha de costa, gerando embaiamentos ou projeções; o aporte sedimentar, proporcionando um crescimento maior ou menor; a dinâmica dos canais, interferindo no registro dos depósitos; e a declividade da plataforma interna, a qual se instalaram, afetando nas dimensões das barreiras. Com isso, o objetivo desta monografia é comparar os cordões litorâneos das três regiões, através da análise de trabalhos já realizados, de cartas náuticas e do sensoriamento remoto. Os resultados obtidos mostraram que a diferenciação dos cordões litorâneos das três áreas não ocorre simplesmente por uma das hipóteses, mas sim por uma relação diferenciada entre elas. De forma isolada, a declividade da plataforma interna mostrou-se muito significativa na expressão das dimensões dos depósitos. O paleocontorno da linha de costa, juntamente com a deriva litorânea, exibiu-se capaz de definir o padrão de empilhamento dos estratos (na escala de tempo analisada). O aporte sedimentar resultante da deriva litorânea caracterizou-se como principal meio de chegada de sedimentos nas três regiões. E, por fim, a dinâmica dos canais apresentou-se intensa para as regiões de Torres e Araranguá. |
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Crippa, Lucas MagalhãesBarboza, Eduardo GuimarãesDillenburg, Sergio Rebello2016-02-05T02:03:38Z2015http://hdl.handle.net/10183/132666000983676A Planície Costeira da Bacia de Pelotas abrange aproximadamente 33.000 km², chegando até 100 km de largura, é considerada a mais expressiva do país, preservando muito bem o registro geológico e geomorfológico do Quaternário. A praticamente retilínea linha de costa estende-se por cerca de 900 km, desde o Alto de Florianópolis, ao norte, até o Cabo Polônio no Uruguai, ao sul. A Geologia da costa se baseia em um amplo sistema de leques aluviais, nas porções mais internas, e no desenvolvimento de quatro sistemas deposicionais do tipo laguna/barreira que estão situados lateralmente aos depósitos de leques aluviais ao oeste. Ao observar os depósitos da última barreira instalada (holocênica), verifica-se uma diferenciação entre os cordões litorâneos de Rio Grande e Torres no Rio Grande do Sul e os de Araranguá em Santa Catarina. Deste modo, a problemática se baseia em porque se diferenciaram dentre eles, sendo que participam de um mesmo período evolutivo (de lento rebaixamento do nível do mar) e ambos apresentam desembocaduras de corpos aquáticos em suas linhas de costa. Assim geraram-se quatro hipóteses para tentar explicar este fato, dentre elas: o paleocontorno da linha de costa, gerando embaiamentos ou projeções; o aporte sedimentar, proporcionando um crescimento maior ou menor; a dinâmica dos canais, interferindo no registro dos depósitos; e a declividade da plataforma interna, a qual se instalaram, afetando nas dimensões das barreiras. Com isso, o objetivo desta monografia é comparar os cordões litorâneos das três regiões, através da análise de trabalhos já realizados, de cartas náuticas e do sensoriamento remoto. Os resultados obtidos mostraram que a diferenciação dos cordões litorâneos das três áreas não ocorre simplesmente por uma das hipóteses, mas sim por uma relação diferenciada entre elas. De forma isolada, a declividade da plataforma interna mostrou-se muito significativa na expressão das dimensões dos depósitos. O paleocontorno da linha de costa, juntamente com a deriva litorânea, exibiu-se capaz de definir o padrão de empilhamento dos estratos (na escala de tempo analisada). O aporte sedimentar resultante da deriva litorânea caracterizou-se como principal meio de chegada de sedimentos nas três regiões. E, por fim, a dinâmica dos canais apresentou-se intensa para as regiões de Torres e Araranguá.The coastal plain of the Pelotas basin covers about 33.000 km2, reaching up to 100 km wide. Is considerate the most expressive coastal plain of Brazil, preserving very well the geologic and geomorphologic record of the Quaternary. The very straight coastline extends for about 900 km, from Florianópolis High (north), to Polônio High in Uruguay (south). The coastal geology is based in a large system of alluvial fans, in the proximal portions, and in the development of four lagoon/barrier systems located laterally of the alluvial fans (west). To watch the deposits of last barrier installed (holocenic), differentiations is checked between Rio Grande/RS, Torre/RS and Araranguá/SC. That way, the problematic is based in reason of their differentiation, being that their participated of same evolutionary event (of slow abasement of relative sea level) and both of them show inlets of aquatic bodies in their coastline. This way, four hypotheses are generated to explain this fact, amount them: the coastline paleo contour, generated embayments or projections; the sediments supply, providing a bigger or lower growth; the channel dynamics, interfering in deposits record; the slope of the inner shelf, which their installed, affecting of barrier size. With that, the objective this monograph is compares the three barriers, through of analysis of past paper, nautical charts and remote sensing. The results acquired showed the differentiations of barriers don’t occur simply because of one hypotheses, but also because of a differentiated relation between both of them. The slope of inner shelf showed very significant in size deposits expression. The coastline paleo contour, together with littoral drift, exhibited able for define stacking pattern of stratum (in the time scale analysis). The sediment supply of the littoral drift resultant it was characterized as main way of arrival of sediments in the study areas. And, for finish, the channels dynamics showed very intense for regions of Torres and Araranguá.application/pdfporPlanície costeiraGeomorfologiaEvolução costeiraRio Grande do Sul coastal plainSanta Catarina coastal plainGeomorphologyCoastal evolutionFatores que influenciam na evolução da barreira holocênica das regiões de Rio Grande, Torres/RS E Araranguá/SCinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2015Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000983676.pdf000983676.pdfTexto completoapplication/pdf3829423http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132666/1/000983676.pdf6d8d5299707a8efa5b97c00386ba62a7MD51TEXT000983676.pdf.txt000983676.pdf.txtExtracted Texttext/plain91518http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132666/2/000983676.pdf.txt67ba94c21473c5df27caa9112ad56abcMD52THUMBNAIL000983676.pdf.jpg000983676.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1151http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132666/3/000983676.pdf.jpg9d717a9e8b8d919d3a89f6b5e5cfa706MD5310183/1326662024-03-22 05:05:25.650883oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132666Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-22T08:05:25Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A Planície Costeira da Bacia de Pelotas abrange aproximadamente 33.000 km², chegando até 100 km de largura, é considerada a mais expressiva do país, preservando muito bem o registro geológico e geomorfológico do Quaternário. A praticamente retilínea linha de costa estende-se por cerca de 900 km, desde o Alto de Florianópolis, ao norte, até o Cabo Polônio no Uruguai, ao sul. A Geologia da costa se baseia em um amplo sistema de leques aluviais, nas porções mais internas, e no desenvolvimento de quatro sistemas deposicionais do tipo laguna/barreira que estão situados lateralmente aos depósitos de leques aluviais ao oeste. Ao observar os depósitos da última barreira instalada (holocênica), verifica-se uma diferenciação entre os cordões litorâneos de Rio Grande e Torres no Rio Grande do Sul e os de Araranguá em Santa Catarina. Deste modo, a problemática se baseia em porque se diferenciaram dentre eles, sendo que participam de um mesmo período evolutivo (de lento rebaixamento do nível do mar) e ambos apresentam desembocaduras de corpos aquáticos em suas linhas de costa. Assim geraram-se quatro hipóteses para tentar explicar este fato, dentre elas: o paleocontorno da linha de costa, gerando embaiamentos ou projeções; o aporte sedimentar, proporcionando um crescimento maior ou menor; a dinâmica dos canais, interferindo no registro dos depósitos; e a declividade da plataforma interna, a qual se instalaram, afetando nas dimensões das barreiras. Com isso, o objetivo desta monografia é comparar os cordões litorâneos das três regiões, através da análise de trabalhos já realizados, de cartas náuticas e do sensoriamento remoto. Os resultados obtidos mostraram que a diferenciação dos cordões litorâneos das três áreas não ocorre simplesmente por uma das hipóteses, mas sim por uma relação diferenciada entre elas. De forma isolada, a declividade da plataforma interna mostrou-se muito significativa na expressão das dimensões dos depósitos. O paleocontorno da linha de costa, juntamente com a deriva litorânea, exibiu-se capaz de definir o padrão de empilhamento dos estratos (na escala de tempo analisada). O aporte sedimentar resultante da deriva litorânea caracterizou-se como principal meio de chegada de sedimentos nas três regiões. E, por fim, a dinâmica dos canais apresentou-se intensa para as regiões de Torres e Araranguá. |
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