Análise das cirurgias em sala de urgência/emergência em um hospital terciário do sul do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/254700 |
Resumo: | Introdução: A sala cirúrgica está entre os ambientes mais dispendiosos e entre os mais lucrativos de uma instituição hospitalar. Uma das queixas mais comuns dos cirurgiões é o tempo ocioso e a espera para operar em dias cirúrgicos - que pode culminar em 50% de tempo de ato operatório em um dia de trabalho das 7-17 horas. Tais fatores implicam diretamente na produtividade e efetividade hospitalar, na boa prática médica e bem estar dos profissionais de saúde e dos pacientes. Materiais e métodos: Fez-se um estudo observacional, analítico, retrospectivo e comparativo, com um N de 382 pacientes operados nos meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022 na sala de emergência de um hospital terciário referência do Sul do Brasil. As variáveis estudadas foram: Sexo, idade, GMR ( Presença de germe multirresistente), setor de origem, turno da cirurgia, ASA (Classificação anestésica), intervalos de uso da sala: tempo entre entrada na sala e início da cirurgia, duração da cirurgia, tempo entre fim da cirurgia e saída da sala, tempo entre a saída de sala e entrada do próximo paciente – este útimo também chamado de “turn over’. Resultados: 51,% dos pacientes operados eram do sexo feminino, sendo 2,4% GMR. Pacientes com ASA II e III foram predominantes (30,9% e 45,8% respectivamente). A maioria absoluta de cirurgias foram de cirurgias pelo SUS (94%), e em relação a origem, 43,5% dos pacientes vieram da emergência, 50% da internação, e os demais provenientes da UTI e outros setores. As equipes de cirurgia geral e digestiva realizaram a maioria dos procedimentos, predominando, dentre todos, as laparotomias exploradoras (17,8%). O tempo cirúrgico sofreu alterações conforme o tipo de cirurgia, localização e o turno em que foi realizada a operação. O turn-over médio foi de 1 hora e 15 minutos. Conclusões: A disponibilidade de uma única sala de urgência em hospital de grande porte é um ponto desafiador na gestão e manejo da mesma. O uso sequencial de uma sala cirúrgico já é algo trabalhoso, e se torna ainda mais difícil quando compartilhada por equipes de diversas especialidades e procedimentos das mais variadas complexidades. Analisar dados hospitalares se mostra essencial na identificação de problemas, elaboração de protocolos e otimização do uso do bloco cirúrgico. |
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