Avaliação da presença de heterorresistência à polimixina B em Klebsiella pneumoniae produtora de Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) isolada em hemoculturas de paciente em tratamento com este antibiótico
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/158040 |
Resumo: | Klebsiella spp. pertencente à família Enterobacteriaceae é um importante patógeno responsável por causar graves infecções comunitárias e nosocomiais. Atualmente, as taxas de resistência aos carbapenêmicos identificadas em isolados dessa espécie vem aumentando, gerando grande preocupação quanto ao manejo no tratamento, já que são poucas as opções eficazes de antibióticos no mercado. Desse modo, medicamentos antigos como as polimixinas retornaram à prática clínica, mas relatos de fenômenos de heterorresistência a esta classe de antibióticos já são descritos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença do fenômeno de heterorresistência em amostras de Klebsiella pneumoniae isoladas de paciente hospitalizada em tratamento com polimixina B. A pesquisa da heterorresistência foi realizada através da análise do perfil populacional (PAP), que trata-se da observação de subpopulações resistentes quando inoculadas diferentes diluições do isolado em meio de cultura sólido contendo antibióticos em concentrações maiores que aquela correspondente à concentração inibitória mínima (CIM). Também foi realizada técnica de tipagem molecular (PFGE), entre as populações originais e respectivas subpopulações resistentes e ensaios de microdiluição em caldo para determinação das CIMs. Foram avaliados 7 isolados de Klebsiella pneumoniae (Kp1.1, Kp2.1, Kp2.2, Kp2.3, Kp3.1, Kp3.2 e Kp3.3), coletados de paciente hospitalizada que apresentava infecção em corrente sanguínea, em 3 diferentes dias. As suas CIMs para polimixina B, realizadas por microdiluição em caldo, foram entre 0,125 e 16μg/mL, demonstrando valor mais elevado gradativamente, até atingir completa resistência no último grupo de amostras coletadas. Todas as amostras com perfil sensível a polimixina B foram analisadas através do PAP e demonstraram heterorresistência, das quais três cresceram em concentrações acima do breakpoint para polimixinas (Kp1.1H em 6 μg/mL, Kp2.1H em 16 μg/mL, Kp2.2H em 8 μg/mL e Kp2.3H em 64 μg/mL) e uma cresceu em 1 μg/mL (Kp1.1H’). Suas CIMs após passagem em meio livre de antibiótico se mantiveram altas em sua grande maioria – entre 1 μg/mL, e 64μg/mL. Através de análise do PFGE verificou-se a presença de dois perfis clonais. A partir de série bioquímica e sequenciamento do gene 16S pode-se observar que na primeira amostra encontravam-se duas espécies, Klebsiella oxytoca e Klebsiella pneumoniae, porém, após exposição ao tratamento com polimixina B, a segunda espécie se manteve nas amostras subsequentes e a K. oxytoca desapareceu. As subpopulações heterorresistentes representaram 0,00001% a 0,0045% de suas populações originais. |
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