Efeito agudo da utilização do cicloergômetro durante atendimento fisioterapêutico em pacientes críticos ventilados mecanicamente
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/163214 |
Resumo: | Pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) e ventilados mecanicamente comumente apresentam disfunção muscular devido à inatividade física, à presença de processos inflamatórios e ao uso de agentes farmacológicos. O objetivo deste estudo foi comparar a utilização aguda do cicloergômetro em pacientes críticos ventilados mecanicamente internados em UTI. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, no qual foram incluídos 25 pacientes em ventilação mecânica na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram coletadas, pré e pós-intervenção, variáveis hemodinâmicas e respiratórias, bem como foram avaliadas a troca gasosa, por meio da gasometria arterial, os níveis de lactato e proteína C reativa. O protocolo consistiu de diagonais do método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva de membros superiores e inferiores e técnicas de higiene brônquica, quando necessário. Já no grupo intervenção foi realizado, além da fisioterapia descrita previamente, o cicloergômetro passivo. A análise foi realizada mediante o programa SPSS 18.0. Os dados contínuos foram expressos em média e desvio-padrão, e o nível de significância adotado foi de 5%. Observou-se alteração estatisticamente significativa em relação à pressão de pico (pré: 25,1±5,9; pós: 21,0±2,7cmH2O; p=0,03) no grupo convencional e ao bicarbonato (pré: 23,5±4,3; pós: 20,6±3,0; p=0,002) no grupo intervenção. Concluiu-se que a utilização do cicloergômetro num protocolo de mobilização precoce não altera a mecânica respiratória, nem a hemodinâmica e não resulta em respostas fisiológicas agudas. |
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Coutinho, William MaiaSantos, Laura Jurema dosFernandes, João Carlos da CunhaVieira, Silvia Regina RiosForgiarini Júnior, Luiz AlbertoDias, Alexandre Simões2017-06-21T02:51:14Z20161809-2950http://hdl.handle.net/10183/163214001021856Pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) e ventilados mecanicamente comumente apresentam disfunção muscular devido à inatividade física, à presença de processos inflamatórios e ao uso de agentes farmacológicos. O objetivo deste estudo foi comparar a utilização aguda do cicloergômetro em pacientes críticos ventilados mecanicamente internados em UTI. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, no qual foram incluídos 25 pacientes em ventilação mecânica na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram coletadas, pré e pós-intervenção, variáveis hemodinâmicas e respiratórias, bem como foram avaliadas a troca gasosa, por meio da gasometria arterial, os níveis de lactato e proteína C reativa. O protocolo consistiu de diagonais do método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva de membros superiores e inferiores e técnicas de higiene brônquica, quando necessário. Já no grupo intervenção foi realizado, além da fisioterapia descrita previamente, o cicloergômetro passivo. A análise foi realizada mediante o programa SPSS 18.0. Os dados contínuos foram expressos em média e desvio-padrão, e o nível de significância adotado foi de 5%. Observou-se alteração estatisticamente significativa em relação à pressão de pico (pré: 25,1±5,9; pós: 21,0±2,7cmH2O; p=0,03) no grupo convencional e ao bicarbonato (pré: 23,5±4,3; pós: 20,6±3,0; p=0,002) no grupo intervenção. Concluiu-se que a utilização do cicloergômetro num protocolo de mobilização precoce não altera a mecânica respiratória, nem a hemodinâmica e não resulta em respostas fisiológicas agudas.Mechanically ventilated patients admitted to intensive care units (ICU) usually have muscle dysfunction due to physical inactivity, inflammatory processes, and to the use of pharmacological agents. The objective of this study was to compare the intense use of cycle ergometer in critical mechanically ventilated patients admitted to the intensive care unit (ICU). This is a randomized clinical trial with 25 mechanically ventilated ICU patients from Porto Alegre Teaching Hospital. We collected, pre- and post-intervention, hemodynamic and respiratory variables, and we also assessed the C-reactive protein, through the arterial blood gas test, and lactate levels and gas exchange. The protocol included upper and lower extremity diagonals from the Proprioceptive Neuromuscular Facilitation method and bronchial hygiene exercises when necessary. In the intervention group, in addition of the abovementioned physiotherapy, the group underwent passive cycle ergometer exercises. The analysis was carried out using SPSS 18.0. We used mean and standard deviation to describe continuous data and adopted significance level of 5%. Statistically significant change was observed for peak pressure (pre=25.1±5.9 and post=21.0±2.7 cmH2O; p=0.03) in the conventional group and for bicarbonate (pre: 23.5±4.3 and post: 20.6±3.0; p=0.002) in the intervention group. We concluded thus that neither does cycle ergometer in a protocol for early mobilization alter hemodynamic and respiratory mechanics, nor does it result in acute physiological responses.Los pacientes hospitalizados en unidades de cuidados intensivos (UCI) y ventilados mecánicamente en general presentan disfunción muscular debido a la falta de practicar actividad física, a la presencia de procesos inflamatorios y a la utilización de fármacos. En este estudio se comparó el uso agudo del cicloergómetro en pacientes críticos ventilados mecánicamente hospitalizados en UCI. Se trata de un estudio clínico aleatorio, en el cual se incluyeron 25 pacientes en ventilación mecánica en la UCI del Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Se recolectaron, pré y posintervención, las variables hemodinámicas y respiratorias, así como se evaluaron el cambio de gases, mediante la gasometría arterial, los niveles de lactato y la proteína C reactiva. El protocolo estaba formado de diagonales del método de Facilitación Neuromuscular Propioceptiva de los miembros superiores e inferiores y técnicas de higienización de los bronquios, cuando necesarios. En el grupo intervención se realizó, además de la fisioterapia descriptiva preestablecida, el cicloergómetro pasivo. Se realizó el análisis a través del programa SPSS 18.0. Los datos fueron expresados en promedio y desviación-estándar, y el nivel de significación fue de 5%. Se observó alteraciones significativas estadísticamente en relación a la presión máxima (pré: 25,1±5,9; pos: 21,0±2,7cmH2O; p=0,03) en el grupo convencional y al bicarbonato (pré: 23,5±4,3; pos: 20,6±3,0; p=0,002) en el grupo intervención. Se concluyó que el empleo del cicloergómetro en el protocolo de movilización precoz no altera la mecánica respiratoria, la hemodinámica y tampoco resulta en respuestas fisiológicas agudas. Palabras clave | Respiración Artificial; Unidades deapplication/pdfporFisioterapia e pesquisa. São Paulo. Vol. 23, n. 3 (jul./set. 2016), p. 278-283Respiração artificialUnidades de terapia intensivaArtificial respirationIntensive care unitsRespiración artificialUnidades de cuidados intensivosEfeito agudo da utilização do cicloergômetro durante atendimento fisioterapêutico em pacientes críticos ventilados mecanicamenteAcute effect of the use of cycle ergometer during physical therapy treatment in mechanically ventilated critically ill patients Efectos agudos de la utilización del cicloergómetro durante la fisioterapia en pacientes críticos ventilados mecánicamente info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001021856.pdf001021856.pdfTexto completoapplication/pdf130363http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163214/1/001021856.pdf7362090683cfbe402e3cd76c1765202aMD51TEXT001021856.pdf.txt001021856.pdf.txtExtracted Texttext/plain30002http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163214/2/001021856.pdf.txt596cf3fed64771f2b5d7a99cd3931ce0MD52THUMBNAIL001021856.pdf.jpg001021856.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1794http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163214/3/001021856.pdf.jpgb16d60d8075179c26ac1bc0fbdf930caMD5310183/1632142023-05-17 03:28:45.489399oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163214Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2023-05-17T06:28:45Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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