Aplicação da Teoria de Resposta ao Item no Questionário de Frequência Alimentar para estimação do Consumo Calórico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães, Luciano Santos Pinto
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/29125
Resumo: Introdução: Há na teoria estatística um conjunto de modelos que permitem estimar uma variável não observável através de variáveis observáveis. Esse conjunto recebe o nome de Teoria da Resposta ao Item (TRI). O objetivo principal dessa pesquisa foi encontrar o melhor modelo TRI para estimar o consumo calórico, a partir de um questionário de freqüência alimentar (QFA), selecionando apenas itens alimentares que contribuam para essa estimação. Métodos: O estudo foi baseado numa amostra de 152 gestantes proveniente de usuárias do SUS de dois municípios do estado do Rio Grande do Sul. Para cada item alimentar as respostas das gestantes ao QFA foram dicotomizadas da forma consome/não consome. A partir da Análise de Componentes Principais Focada foram selecionados os itens alimentares correlacionados positivamente com o R24h (método de referência). Com esses alimentos utilizou-se os modelos unidimensionais para itens dicotômicos da TRI para estimar o consumo calórico. Para comparar os resultados da estimação pela TRI foram usado os o gráfico de Bland-Altman e a correlação de Pearson. Resultados: Foram selecionados 19 itens alimentares dos 88 iniciais para a modelagem TRI. O modelo logístico de 2 parâmetros foi o que melhor se adequou aos dados pelo teste da razão de verossimilhança (p<0,001). O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,32 (p<0,001). O viés entre as estimações da TRI e o R24h foi de -14,1 (IC95:-1616,0; 1587,7). Conclusão: A estimação do consumo calórico pela TRI apresentou melhor correlação com a estimativa do consumo calórico medida pelo R24h do que a estimativa do consumo calórico medido pelo QFA da maneira tradicional (r=0,32 e r=0,17). A nova metodologia também reduziu o viés (de 851,32 para -14,1) e a amplitude do intervalo de concordância (de 4859,6 para 3203,7). Isso corrigiu a superestimação encontrada pelo método tradicional do QFA, com redução dos itens empregados, dicotomizando a resposta e sem depender de tabelas nutricionais.
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