Preditores de infecção no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica
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Data de Publicação: | 2011 |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/61552 |
Resumo: | Introdução: Embora a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) seja uma boa alternativa terapêutica na doença arterial grave, pode evoluir com complicações, especialmente infecções. Objetivos: Determinar a incidência de infecção no pósoperatório de CRM e seus preditores clínicos em um centro de referência cardiológico brasileiro. Métodos: Estudo de coorte. Foram coletados dados de todos os pacientes submetidos à CRM entre janeiro/2004 e fevereiro/2006, excluindo-se cirurgias de urgência, sem glicemia pré-operatória e com infecção prévia à cirurgia. Análise estatística: teste t-Student, qui quadrado e regressão logística. Resultados: Foram avaliados 717 pacientes, 61,9 ± 11 anos, 67,1% homens, 29,6% com diabetes, dos quais 137 (19,1%) desenvolveram infecção (62% respiratória, 25% superficial de ferida operatória, 9,5% urinária, 3,6% profunda de ferida operatória). Diabetes foi mais prevalente naqueles que desenvolveram infecção, assim como maior tempo de permanência do cateter venoso central (79,3 ± 40,5 vs. 61,0 ± 19,3 h, P<0,001). Após análise multivariada (modelo ajustado para dislipidemia, hipertensão, tabagismo e leucócitos), tanto diabetes (OR 4,18 [2,60-6,74]), quanto tempo de permanência do cateter venoso central (OR 1,019 [1,00-1,02]) e cateterismo cardíaco durante a internação (OR 2,03 [1,14- 3,60] mantiveram-se preditores do desfecho infecção (P<0,001). Apesar do diabetes estar associado a maior percentual de infecções (P<0,001), glicemia do pré-operatório não se associou a maior risco de infecção. Conclusões: Diabetes e tempo de permanência do cateter venoso central se associaram ao desenvolvimento de infecção no pós-operatório de CRM. A glicemia pré-operatória não foi preditora de risco de infecção, provavelmente havendo necessidade de caracterização mais detalhada do controle glicêmico trans e pós-operatório imediato. |
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Ledur, Priscila dos SantosAlmeida, Lúcia FreitasPellanda, Lucia CamposSchaan, Beatriz D'Agord2012-11-29T01:39:57Z20111678-9741http://hdl.handle.net/10183/61552000795093Introdução: Embora a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) seja uma boa alternativa terapêutica na doença arterial grave, pode evoluir com complicações, especialmente infecções. Objetivos: Determinar a incidência de infecção no pósoperatório de CRM e seus preditores clínicos em um centro de referência cardiológico brasileiro. Métodos: Estudo de coorte. Foram coletados dados de todos os pacientes submetidos à CRM entre janeiro/2004 e fevereiro/2006, excluindo-se cirurgias de urgência, sem glicemia pré-operatória e com infecção prévia à cirurgia. Análise estatística: teste t-Student, qui quadrado e regressão logística. Resultados: Foram avaliados 717 pacientes, 61,9 ± 11 anos, 67,1% homens, 29,6% com diabetes, dos quais 137 (19,1%) desenvolveram infecção (62% respiratória, 25% superficial de ferida operatória, 9,5% urinária, 3,6% profunda de ferida operatória). Diabetes foi mais prevalente naqueles que desenvolveram infecção, assim como maior tempo de permanência do cateter venoso central (79,3 ± 40,5 vs. 61,0 ± 19,3 h, P<0,001). Após análise multivariada (modelo ajustado para dislipidemia, hipertensão, tabagismo e leucócitos), tanto diabetes (OR 4,18 [2,60-6,74]), quanto tempo de permanência do cateter venoso central (OR 1,019 [1,00-1,02]) e cateterismo cardíaco durante a internação (OR 2,03 [1,14- 3,60] mantiveram-se preditores do desfecho infecção (P<0,001). Apesar do diabetes estar associado a maior percentual de infecções (P<0,001), glicemia do pré-operatório não se associou a maior risco de infecção. Conclusões: Diabetes e tempo de permanência do cateter venoso central se associaram ao desenvolvimento de infecção no pós-operatório de CRM. A glicemia pré-operatória não foi preditora de risco de infecção, provavelmente havendo necessidade de caracterização mais detalhada do controle glicêmico trans e pós-operatório imediato.Background: Although coronary artery bypass grafting (CABG) is a good alternative therapy in severe arterial disease, it may evolve with complications, especially infections. Objectives: To determine the incidence of infection in post-CABG and its clinical predictors in a cardiology reference center in Brazil. Methods: Cohort study. Data were collected from all patients undergoing CABG between January/2004 and February/2006, excluding emergency surgery, absent record of glucose blood levels preoperatively and infection prior to surgery. Statistical analysis: Student’s t test, chi square, logistic regression. Results: We evaluated 717 patients, 61.9 ± 11 years old, 67.1% were men, 29.6% with diabetes, of whom 137 (19.1%) developed infection (62% respiratory, 25% superficial wound, 9.5% urinary, 3.6% deep wound). Diabetes was more prevalent in those who developed infection, as well as prolonged time of indwelling central venous catheter (79.3 ± 40.5 vs. 61.0 ± 19.3 hours, P<0.001). After multivariate analysis (model adjusted for dyslipidemia, hypertension, smoking and leukocytes), both diabetes (OR 4.18 [2.60-6.74]), prolonged central venous line (OR 1.019 [1.00-1.02] and cardiac catheterism (OR 2.03 [1.14-3.60] remained predictors of infection. While diabetes is associated with a higher percentage of infections (P <0.001), preoperative serum glucose was not associated with increased risk of infection. Conclusions: Diabetes and permanence of central venous catheters were associated with development of infection in post-CABG. The preoperative blood glucose was not a predictor of risk of infection. It is probably necessary to study with greater detail glycemic control trans- and postoperatively.application/pdfporRevista brasileira de cirurgia cardiovascular. São José do Rio Preto, SP. Vol. 26, n. 2 (2011), p. 190-196Diabetes mellitusRevascularização miocárdicaInfecçõesRiscoMyocardial revascularizationInfectionRiskPreditores de infecção no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdicaPredictors of infection in post-coronary artery bypass graft surgery info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000795093.pdf000795093.pdfTexto completoapplication/pdf161601http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61552/1/000795093.pdfe84ec4e78539806f493d008d7bce4991MD51000795093-02.pdf000795093-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf93526http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61552/2/000795093-02.pdf734bd1af7435af309cd4c93621eae209MD52TEXT000795093-02.pdf.txt000795093-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain29443http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61552/3/000795093-02.pdf.txtbe6f53b89a2e9c98e5f320223e90b120MD53000795093.pdf.txt000795093.pdf.txtExtracted Texttext/plain31460http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61552/4/000795093.pdf.txt339fab5fcba9fb30c0e18536218d155bMD54THUMBNAIL000795093.pdf.jpg000795093.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2010http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61552/5/000795093.pdf.jpg67b9a77c286e2ff5ff558c80266b0ff3MD55000795093-02.pdf.jpg000795093-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2107http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61552/6/000795093-02.pdf.jpg8930cde3a220fca10eada11cb401ee61MD5610183/615522023-07-01 03:40:30.875604oai:www.lume.ufrgs.br:10183/61552Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-07-01T06:40:30Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: Embora a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) seja uma boa alternativa terapêutica na doença arterial grave, pode evoluir com complicações, especialmente infecções. Objetivos: Determinar a incidência de infecção no pósoperatório de CRM e seus preditores clínicos em um centro de referência cardiológico brasileiro. Métodos: Estudo de coorte. Foram coletados dados de todos os pacientes submetidos à CRM entre janeiro/2004 e fevereiro/2006, excluindo-se cirurgias de urgência, sem glicemia pré-operatória e com infecção prévia à cirurgia. Análise estatística: teste t-Student, qui quadrado e regressão logística. Resultados: Foram avaliados 717 pacientes, 61,9 ± 11 anos, 67,1% homens, 29,6% com diabetes, dos quais 137 (19,1%) desenvolveram infecção (62% respiratória, 25% superficial de ferida operatória, 9,5% urinária, 3,6% profunda de ferida operatória). Diabetes foi mais prevalente naqueles que desenvolveram infecção, assim como maior tempo de permanência do cateter venoso central (79,3 ± 40,5 vs. 61,0 ± 19,3 h, P<0,001). Após análise multivariada (modelo ajustado para dislipidemia, hipertensão, tabagismo e leucócitos), tanto diabetes (OR 4,18 [2,60-6,74]), quanto tempo de permanência do cateter venoso central (OR 1,019 [1,00-1,02]) e cateterismo cardíaco durante a internação (OR 2,03 [1,14- 3,60] mantiveram-se preditores do desfecho infecção (P<0,001). Apesar do diabetes estar associado a maior percentual de infecções (P<0,001), glicemia do pré-operatório não se associou a maior risco de infecção. Conclusões: Diabetes e tempo de permanência do cateter venoso central se associaram ao desenvolvimento de infecção no pós-operatório de CRM. A glicemia pré-operatória não foi preditora de risco de infecção, provavelmente havendo necessidade de caracterização mais detalhada do controle glicêmico trans e pós-operatório imediato. |
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