Aqueles que vão para o mar : o risco e o mar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Le Breton, David
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Reuillard, Patrícia Chittoni Ramos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/184773
Resumo: A existência individual oscila entre segurança e vulnerabilidade, risco e certezas, atalhos e caminhos traçados. Justamente por nada ser garantido é que o gosto pela vida acompanha a relação do homem com o mundo, com a natureza. O mar, na contemporaneidade, é atravessado de inúmeras formas. Na imaginação, ele sempre o foi; mas, agora, todos os meios servem. A lógica vigente enfatiza o desafio individual, de uma busca íntima de legitimidade, de notoriedade, de reconhecimento, instrumentalizando o mar como elemento do perigo a ser superado. A figura do marinheiro, então, é evocada e levanta inúmeras reflexões. Nesse contexto, as discussões apresentadas neste artigo apontam que se a sociedade fracassa ao dar ao indivíduo um sentimento que torna a vida digna de ser vivida, a natureza, aqui o mar, em um jogo simbólico com a morte, confere o acordo de uma verdade incontestável pela prova. A morte, simbolicamente vencida, permite continuar a viver sob a luz de uma nova legitimidade.
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spelling Le Breton, DavidReuillard, Patrícia Chittoni Ramos2018-11-17T03:12:08Z20070101-3289http://hdl.handle.net/10183/184773000646440A existência individual oscila entre segurança e vulnerabilidade, risco e certezas, atalhos e caminhos traçados. Justamente por nada ser garantido é que o gosto pela vida acompanha a relação do homem com o mundo, com a natureza. O mar, na contemporaneidade, é atravessado de inúmeras formas. Na imaginação, ele sempre o foi; mas, agora, todos os meios servem. A lógica vigente enfatiza o desafio individual, de uma busca íntima de legitimidade, de notoriedade, de reconhecimento, instrumentalizando o mar como elemento do perigo a ser superado. A figura do marinheiro, então, é evocada e levanta inúmeras reflexões. Nesse contexto, as discussões apresentadas neste artigo apontam que se a sociedade fracassa ao dar ao indivíduo um sentimento que torna a vida digna de ser vivida, a natureza, aqui o mar, em um jogo simbólico com a morte, confere o acordo de uma verdade incontestável pela prova. A morte, simbolicamente vencida, permite continuar a viver sob a luz de uma nova legitimidade.Individual existence fluctuates between security and vulnerability, risk and certainty, short-cuts and long routes. It is because nothing in life can be guaranteed that human beings take pleasure in their relationship with the world, with nature. In today´s world, the sea is crossed in innumerous ways. In the human imagination, as it always has been; but now, there are a plethora of other means at our disposal. Current societal logic emphasizes individual challenge, the search for legitimacy, notoriety and recognition that in turn instrumentalizes the sea as a danger to be overcome. The figure of the sailor, therefore, is evoked and becomes a point of numerous reflections. Within this context, the discussions of the present article show that when society is unable to give individuals the feeling that life is worth living, nature, and in this case, the ocean can; through a symbolic game with life and death, it confers what seems to be an uncontestable truth. Death, symbolically defeated, allows one to continue to live, under the guise of a new legitimacy.La existencia individual oscila entre la seguridad y la vulnerabilidad, el riesgo y la seguridad, atajos y caminos trazados. Justo por no haber garantía de nada es que el gusto por la vida acompaña la relación del hombre con el mundo, con la naturaleza. El mar, en la actualidad, está atravesado de muchas formas. En el imaginario, él siempre ha sido; pero ahora, todos los medios sirven. La lógica vigente enfatiza el reto individual, de una búsqueda íntima de legitimidad, de notoriedad, de reconocimiento, instrumentalizando el mar como elemento del peligro a ser superado. La figura del marinero, entonces, es evocada y evoca innumeras reflexiones. En este contexto, las discusiones presentadas en este artículo, apuntan para el fracaso de la sociedad para dar al individuo un sentimiento que torna la vida digna de ser vivida, la naturaleza, aquí el mar, en un juego simbólico con la muerte, confiere el acuerdo de una verdad incontestable por la prueba. La muerte, simbólicamente vencida, permite continuar a vivir bajo la luz de una nueva legitimidad.application/pdfporRevista Brasileira de Ciencias do Esporte. Sao Paulo. Vol. 28, n. 3 (maio 2007), p. 9-19RiscoAventuraRiskAdventureNatureSportOceanRiesgoAventuraNaturalezaOcioMarAqueles que vão para o mar : o risco e o marThe Seaward: risk and the oceanAquellos que van para el mar: el riesgo y el marinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000646440.pdf.txt000646440.pdf.txtExtracted Texttext/plain30368http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184773/2/000646440.pdf.txt5b3a3345559781a43cfa6437562ac7a1MD52ORIGINAL000646440.pdfTexto completoapplication/pdf59331http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184773/1/000646440.pdf4d64b0e7873ea675c7b02ce2b3ac10b7MD5110183/1847732023-04-27 03:33:13.686657oai:www.lume.ufrgs.br:10183/184773Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-27T06:33:13Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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