Quedas em idosos e sua relação com uso de medicamentos e sedentarismo : visão de uma população na atenção primária
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/184057 |
Resumo: | O envelhecimento populacional acelerado brasileiro traz sérios desafios: aumento das quedas e redução da capacidade funcional. A relação de quedas nesta faixa etária com medicamentos e sedentarismo é bem conhecida. Materiais direcionados aos pacientes e profissionais de saúde carecem da subjetividade popular, focando nos fatores de risco ambientais e epidemiologia. Este estudo analisou qualitativamente entrevistas de 13 frequentadores de 47 a 87 anos de idade de um posto de saúde de Porto Alegre, com o objetivo de registrar os aspectos subjetivos do conhecimento popular da relação existente entre a ocorrência de quedas, sedentarismo e uso de medicamentos em idosos. Metas derivadas dessa principal são sensibilizar profissionais de saúde para a implementação de ações educativas e elaborar um material educativo para esses profissionais. Entrevistas realizadas em duplas ou trios sob roteiro semiestruturado foram gravadas utilizando-se telefone celular. Dados obtidos submetidos à análise de conteúdo do tipo temática descrita por Minayo. Vídeos foram editados e disponibilizados restritamente como parte do material. Doenças, sintomas, equilíbrio e medicamentos é categoria que destacou benzodiazepínicos e analgésicos como favorecedores de quedas, assim como doenças, dores, automedicação e falta de cálcio. Analgésicos e ansiolíticos protegeriam de quedas, paradoxalmente, assim como cálcio, vitamina D e alendronato. Ambiente, atividade física e envelhecimento destaca inadequação estrutural e de acessibilidade, dinapenia, sarcopenia, alterações de memória, marcha, equilíbrio e flexibilidade, além da redução da acuidade visual e atenção como favorecedores de quedas. Exercícios físicos, mesmo tardios, estruturas físicas dos lares, banhos de sol, condicionamento físico, caminhar, subir escadas, musculação e atividades domésticas preveniram quedas. Outra categoria, elementos de apoio, destacou ansiedade, depressão, desânimo, medo de cair novamente, isolamento social, ausência de apoio familiar ou de bengala como favorecedores de quedas. Acompanhamento médico e psicológico, presença de familiar ou acompanhante ao sair, estímulo ao autocuidado, diminuição da ansiedade, uso de bengalas, orientações aos pedestres e aos cuidadores de idosos e forte rede de relações as preveniram. |
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Santos, Milton Humberto Schanes dosMoriguchi, Emílio HideyukiBlank, Danilo2018-10-27T03:12:30Z20182525-507Xhttp://hdl.handle.net/10183/184057001077564O envelhecimento populacional acelerado brasileiro traz sérios desafios: aumento das quedas e redução da capacidade funcional. A relação de quedas nesta faixa etária com medicamentos e sedentarismo é bem conhecida. Materiais direcionados aos pacientes e profissionais de saúde carecem da subjetividade popular, focando nos fatores de risco ambientais e epidemiologia. Este estudo analisou qualitativamente entrevistas de 13 frequentadores de 47 a 87 anos de idade de um posto de saúde de Porto Alegre, com o objetivo de registrar os aspectos subjetivos do conhecimento popular da relação existente entre a ocorrência de quedas, sedentarismo e uso de medicamentos em idosos. Metas derivadas dessa principal são sensibilizar profissionais de saúde para a implementação de ações educativas e elaborar um material educativo para esses profissionais. Entrevistas realizadas em duplas ou trios sob roteiro semiestruturado foram gravadas utilizando-se telefone celular. Dados obtidos submetidos à análise de conteúdo do tipo temática descrita por Minayo. Vídeos foram editados e disponibilizados restritamente como parte do material. Doenças, sintomas, equilíbrio e medicamentos é categoria que destacou benzodiazepínicos e analgésicos como favorecedores de quedas, assim como doenças, dores, automedicação e falta de cálcio. Analgésicos e ansiolíticos protegeriam de quedas, paradoxalmente, assim como cálcio, vitamina D e alendronato. Ambiente, atividade física e envelhecimento destaca inadequação estrutural e de acessibilidade, dinapenia, sarcopenia, alterações de memória, marcha, equilíbrio e flexibilidade, além da redução da acuidade visual e atenção como favorecedores de quedas. Exercícios físicos, mesmo tardios, estruturas físicas dos lares, banhos de sol, condicionamento físico, caminhar, subir escadas, musculação e atividades domésticas preveniram quedas. Outra categoria, elementos de apoio, destacou ansiedade, depressão, desânimo, medo de cair novamente, isolamento social, ausência de apoio familiar ou de bengala como favorecedores de quedas. Acompanhamento médico e psicológico, presença de familiar ou acompanhante ao sair, estímulo ao autocuidado, diminuição da ansiedade, uso de bengalas, orientações aos pedestres e aos cuidadores de idosos e forte rede de relações as preveniram.Accelerated aging in Brazil brings serious challenges: increased falls and reduced functional capacity. The relationship of falls in this age group with medications use and sedentary lifestyle is well known. Materials targeted to patients and health professionals lack popular subjectivity, focusing on environmental risk factors and epidemiology. This study qualitatively analyzed interviews of 13 attendees aged 47 to 87 years of age of health clinic in Porto Alegre, aiming to formulate educational material for health professionals that relates popular knowledge and subjectivity to the scientific literature. Interviews conducted in pairs or trios under semi-structured script were recorded using a cellular phone. Data obtained submitted to thematic type content analysis technique described by Minayo. Videos have been edited and made available as part of the material. Diseases, Symptoms, Balance and Medicines is category that highlighted benzodiazepines and analgesics as fall leading factors, as well as diseases, pains, self-medication and lack of calcium. Analgesics and anxiolytics would protect from falls, paradoxically, as well as calcium, vitamin D and alendronate. Environment, physical activity and aging highlights structural and accessibility inadequacy, dynapenia, sarcopenia, memory alterations, gait, balance and flexibility, as well as the reduction of visual acuity and attention as fall leading factors. Physical, even late physical exercises, home physical structures, sunbathing, physical conditioning, walking, climbing stairs, bodybuilding, and housework would prevent falls. Another category, elements of support, highlighted anxiety, depression, discouragement, fear of falling again, social isolation, lack of family support or flare as fall leading factors. Medical and psychological follow-up, presence of family member or companion on leaving, self-care, anxiety reduction, use of walking sticks, guidelines for pedestrians and caregivers of elderly people and a strong network of relationships would prevent them.El envejecimiento poblacional acelerado brasileño trae serios desafíos: aumento de las caídas y reducción de la capacidad funcional. La relación de caídas en este grupo de edad con drogas y inactividad física es bien conocida. Los materiales dirigidos a los pacientes y los profesionales de la salud carecen de la subjetividad popular, enfocándose en los factores de riesgo ambiental y epidemiología. Este estudio analizó cualitativamente entrevistas de 13 asistentes de 47 a 87 años de un puesto de salud de Porto Alegre, con el objetivo de formular material educativo a los profesionales de salud que alias conocimiento popular y subjetividad a la literatura científica. Entrevistas realizadas en dobles o tríos bajo guión semiestructurado se grabaron utilizando el teléfono móvil. Los datos obtenidos sometidos al análisis de contenido del tipo temático descrito por Minayo. Los vídeos fueron editados y disponibles de forma restringida como parte del material. Las enfermedades, los síntomas, el equilibrio y las drogas es una categoría que destacó benzodiacepinas y analgésicos como favorecedores de caídas, así como enfermedades, dolores, automedicación y falta de calcio. Los analgésicos y los ansiolíticos protegerían de caídas, paradójicamente, así como el calcio, la vitamina D y el alendronato. El ambiente, la actividad física y el envejecimiento, presentan una inadecuación estructural y de accesibilidad, dinapenia, sarcopenia, cambios de memoria, marcha, equilibrio y flexibilidad, además de la reducción de la agudeza visual y atención como favorecedores de caídas. Ejercicios físicos, incluso tardíos, estructuras físicas de los hogares, baños de sol, condicionamiento físico, caminar, subir escaleras, musculación y actividades domésticas prevenían caídas. Otra categoría, elementos de apoyo, destacó ansiedad, depresión, desánimo, miedo a caer nuevamente, aislamiento social, ausencia de apoyo familiar o de bengala como favorecedores de caídas. Acompañamiento médico y psicológico, presencia de familiar o acompañante al salir, estímulo al autocuidado, disminución de la ansiedad, uso de bastones, orientaciones a los peatones ya los cuidadores de ancianos y fuerte red de relaciones las previnieran.application/pdfporRevista saberes plurais : educação na saúde. Vol. 2, n. 2 (2018), p. 82-109Saúde do idosoEstilo de vida sedentárioUso de medicamentosExercícioAtenção primária à saúdeEducação em saúdeElderlyFallsMedicinesPhysical activityPersonas mayoresCaídasDrogasActividad físicaQuedas em idosos e sua relação com uso de medicamentos e sedentarismo : visão de uma população na atenção primáriaFalls in elderly people and their relationship with the use of medicines and sedentarism : vision of a population in primary careCaídas en ancianos y su relación con el uso de medicamentos y sedentarismo : visión de una población en la atención primariainfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001077564.pdfTexto completoapplication/pdf478061http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184057/1/001077564.pdfe6dd39bf60f888448e09bd63de3e9494MD51TEXT001077564.pdf.txt001077564.pdf.txtExtracted Texttext/plain76155http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184057/2/001077564.pdf.txte7b1e4aeafd7870f9f2529bf42523054MD52THUMBNAIL001077564.pdf.jpg001077564.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2399http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184057/3/001077564.pdf.jpg97ceb0435d6193175135f987312c21faMD5310183/1840572018-10-29 07:31:40.562oai:www.lume.ufrgs.br:10183/184057Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-29T10:31:40Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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