O comportamento do investimento direto estrangeiro em anos de crise: seus efeitos no brasil no período 2008-2020

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kulczynski, Eduarda Sfoggia
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/258408
Resumo: Desde o maior surgimento das empresas multinacionais na metade do século XX, o investimento direto estrangeiro tornou-se uma das ferramentas fundamentais para a internacionalização das empresas. No Brasil, este processo ganhou força na década de 1990, quando o governo dependia do IDE para que ajudasse a atingir objetivos econômicos. Com o aumento do fluxo de IDEno país, o Brasil se tornou, a partir de 1996, o principal receptordeste tipo de investimento estrangeiro daAmérica Latina e Caribe, e um dos principais no mundo. O IDE é considerado capital de risco, pois possui baixa liquidez e há incerteza no prazo de retorno e na rentabilidade do capital investido. Em momentos de crises econômicas, esta incerteza tende a crescer, levando à contração dos IDEs. A atração de IDE depende de fatores nacionais como o tamanho e crescimento do mercado, a disponibilidade de mão-de-obra e osseus custos, os níveis de inflação e de endividamento externo. No século XXI, já ocorreram duas crises econômicas mundiais, a crise do subprimeem 2008 e a crise da pandemia da COVID-19, em 2020. Dado estes cenários, o objetivo do trabalho será analisar ocomportamento do fluxo de IDE do Brasil em momentos de crise, especificamente durante as crises financeiras de 2008 e a da pandemia da COVID-19, e seu impacto em indicadores econômicos selecionados do país, sendo esses PIB, taxa de juros e taxa de câmbio,visto que esses são determinantes importantes do fluxo de IDE, e apresentam variações significativas em momentos de crise. A hipótese do trabalho é que o comportamento dos fluxos de IDE no Brasil tem relação com o desempenho dos indicadores econômicos selecionados. A principal conclusão deste trabalho é que as mudanças nos fluxos de IDE em momentos de crise estão correlacionadas aos comportamentos dos indicadores econômicos selecionados. A situação da economia do país não gera grande atratividade do IDE, assim como a desvalorização do câmbio brasileiro. Por fim, as participações de ambos osfluxos de IDE sofreram consideráveis reduções na composição do PIB brasileiro.
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spelling Kulczynski, Eduarda SfoggiaHaffner, Jacqueline Angélica Hernández2023-05-24T03:25:46Z2023http://hdl.handle.net/10183/258408001167359Desde o maior surgimento das empresas multinacionais na metade do século XX, o investimento direto estrangeiro tornou-se uma das ferramentas fundamentais para a internacionalização das empresas. No Brasil, este processo ganhou força na década de 1990, quando o governo dependia do IDE para que ajudasse a atingir objetivos econômicos. Com o aumento do fluxo de IDEno país, o Brasil se tornou, a partir de 1996, o principal receptordeste tipo de investimento estrangeiro daAmérica Latina e Caribe, e um dos principais no mundo. O IDE é considerado capital de risco, pois possui baixa liquidez e há incerteza no prazo de retorno e na rentabilidade do capital investido. Em momentos de crises econômicas, esta incerteza tende a crescer, levando à contração dos IDEs. A atração de IDE depende de fatores nacionais como o tamanho e crescimento do mercado, a disponibilidade de mão-de-obra e osseus custos, os níveis de inflação e de endividamento externo. No século XXI, já ocorreram duas crises econômicas mundiais, a crise do subprimeem 2008 e a crise da pandemia da COVID-19, em 2020. Dado estes cenários, o objetivo do trabalho será analisar ocomportamento do fluxo de IDE do Brasil em momentos de crise, especificamente durante as crises financeiras de 2008 e a da pandemia da COVID-19, e seu impacto em indicadores econômicos selecionados do país, sendo esses PIB, taxa de juros e taxa de câmbio,visto que esses são determinantes importantes do fluxo de IDE, e apresentam variações significativas em momentos de crise. A hipótese do trabalho é que o comportamento dos fluxos de IDE no Brasil tem relação com o desempenho dos indicadores econômicos selecionados. A principal conclusão deste trabalho é que as mudanças nos fluxos de IDE em momentos de crise estão correlacionadas aos comportamentos dos indicadores econômicos selecionados. A situação da economia do país não gera grande atratividade do IDE, assim como a desvalorização do câmbio brasileiro. Por fim, as participações de ambos osfluxos de IDE sofreram consideráveis reduções na composição do PIB brasileiro.Since the emergence of multinational companies in the mid-twentieth century, foreign direct investment has become one of the key tools for companies’ internationalization. In Brazil, this process gained strength in the 1990s, when the government relied on FDI to help achieve economic goals. With the increase in the FDI flow into the country, Brazil has become, since 1996, the main recipient of this type of foreign investment in Latin America and the Caribbean, and one of the main ones in the world. FDI is considered risk capital, as it has low liquidity and there is uncertainty regarding the return period and profitability of the invested capital. In times of economic crisis, this uncertainty tends to grow, leading to a contraction of FDI. The attraction of FDI depends on national factors such as the market size and its growth, the labor supply and its costs, the inflation levels and external debt. In the 21st century, two global economic crises have already occurred, the subprime crisis in 2008 and the COVID-19 pandemic crisis in 2020. Given these scenarios, the purpose of this study is to analyze FDI’s flow behavior in Brazil in timesof crisis, specifically during the 2008 financial crisis and the COVID-19 pandemic crisis, and their impact on the country’s selected economic indicators, namely GDP, interest rate and exchange rate, as these are important determinants of FDI flow and show significant variations in times of crisis. The study hypothesizes that the behavior of FDI flows in Brazil is related to the performance of these selected economic indicators. The main conclusion of this essay is that the changes in FDI flow in times of crisis are correlated with the behavior of the selected economic indicators. The situation of the country's economy does not generate great attractiveness for foreign direct investment flows. Based on data from the period 2008 -2020, analyzed in this study, it was noticed that the low interest rates and profitability of the real against the dollar do not generate the high expected return on FDI, which would compensate for its high level of risk. The low interest rate in times of economic crisis, in 2008 and 2020, inhibits the attractiveness of FDI, as well as the devaluation of the Brazilian exchange rate. Finally, the shares of both FDI flows suffered considerable reductions in the composition of the Brazilian GDP.application/pdfporEconomiaInvestimento estrangeiroCrise econômica : BrasilInternacionalizaçãoForeign direct investmentEconomic crisisBrazilO comportamento do investimento direto estrangeiro em anos de crise: seus efeitos no brasil no período 2008-2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPorto Alegre, BR-RS2023Ciências Econômicasgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001167359.pdf.txt001167359.pdf.txtExtracted Texttext/plain137866http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258408/2/001167359.pdf.txtd1e269894952180a727b6ba23a67e811MD52ORIGINAL001167359.pdfTexto completoapplication/pdf795015http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258408/1/001167359.pdfa403a51cf953c4e2d6d41d55b391e7d8MD5110183/2584082024-10-18 06:55:33.961192oai:www.lume.ufrgs.br:10183/258408Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-10-18T09:55:33Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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