Qualidade da anticoagulação oral em ambulatório especializado de hospital terciário : um estudo piloto
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/164291 |
Resumo: | Introdução: A anticoagulação oral constitui prática complexa, requerendo monitorização contínua de INR, educação do paciente e da equipe assistente, que deve dispor, ainda, de estrutura para manejo das complicações do tratamento. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Anticoagulação Oral do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e identificar a porcentagem de pacientes dentro do INR alvo determinado. Material e métodos: Estudo descritivo, retrospectivo com a análise das fichas de acompanhamento ambulatorial dos pacientes vinculados ao Ambulatório de Anticoagulação Oral do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram registrados características dos pacientes, doenças associadas, medicamentos em uso, indicação da anticoagulação, INR alvo, eventos embólicos e sangramentos e porcentagem de pacientes dentro do INR alvo ao longo das consultas, entre outros Resultados: Foram analisados 189 pacientes (60±16 anos), com tempo de acompanhamento médio de 15±10 meses e média de consultas por paciente de 10,3 ± 6,3. A média de consultas até ser atingindo o INR alvo foi de 3±2,3. As indicações mais freqüentes de anticoagulação crônica foram a presença de fibrilação atrial em 95 (50,3%) pacientes e as próteses valvulares mecânicas em 119 (63%) pacientes. Os anticoagulantes em uso foram varfarina em 80% dos casos e femprocumona em 20%. Em relação à porcentagem de consultas em que os pacientes se mantiveram dentro do INR alvo observou-se que apenas 7% dos pacientes estiveram dentro do INR alvo em 81-100% das consultas. Considerando a primeira, décima e vigésima consultas, 63%, 40% e 25% dos pacientes encontravam-se fora do INR alvo (P<0,01). Sangramentos ocorreram em 65 (34.4%) pacientes, e eventos tromboembólicos ocorreram em apenas 3 pacientes (1,6% do total). Conclusão: As baixas taxas de anticoagulação em nível terapêutico encontradas neste ambulatório especializado são similares aos achados referidos na literatura internacional. Novos estudos são necessários para identificar e corrigir os obstáculos para uma anticoagulação crônica adequada e segura. |
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Prado, Aline Defaveri doWeber, Cristiane SeganfredoAnjos, Gabriel Marques dosSouza, Leonardo Reis deRohde, Luis Eduardo Paim2017-07-22T02:39:51Z20060101-5575http://hdl.handle.net/10183/164291000546130Introdução: A anticoagulação oral constitui prática complexa, requerendo monitorização contínua de INR, educação do paciente e da equipe assistente, que deve dispor, ainda, de estrutura para manejo das complicações do tratamento. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Anticoagulação Oral do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e identificar a porcentagem de pacientes dentro do INR alvo determinado. Material e métodos: Estudo descritivo, retrospectivo com a análise das fichas de acompanhamento ambulatorial dos pacientes vinculados ao Ambulatório de Anticoagulação Oral do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram registrados características dos pacientes, doenças associadas, medicamentos em uso, indicação da anticoagulação, INR alvo, eventos embólicos e sangramentos e porcentagem de pacientes dentro do INR alvo ao longo das consultas, entre outros Resultados: Foram analisados 189 pacientes (60±16 anos), com tempo de acompanhamento médio de 15±10 meses e média de consultas por paciente de 10,3 ± 6,3. A média de consultas até ser atingindo o INR alvo foi de 3±2,3. As indicações mais freqüentes de anticoagulação crônica foram a presença de fibrilação atrial em 95 (50,3%) pacientes e as próteses valvulares mecânicas em 119 (63%) pacientes. Os anticoagulantes em uso foram varfarina em 80% dos casos e femprocumona em 20%. Em relação à porcentagem de consultas em que os pacientes se mantiveram dentro do INR alvo observou-se que apenas 7% dos pacientes estiveram dentro do INR alvo em 81-100% das consultas. Considerando a primeira, décima e vigésima consultas, 63%, 40% e 25% dos pacientes encontravam-se fora do INR alvo (P<0,01). Sangramentos ocorreram em 65 (34.4%) pacientes, e eventos tromboembólicos ocorreram em apenas 3 pacientes (1,6% do total). Conclusão: As baixas taxas de anticoagulação em nível terapêutico encontradas neste ambulatório especializado são similares aos achados referidos na literatura internacional. Novos estudos são necessários para identificar e corrigir os obstáculos para uma anticoagulação crônica adequada e segura.Introducion: Oral anticoagulation management is a complex issue. It needs continuing INR monitoring, patient and clinical team education and support for dealing with complications of the treatment. Objective: To describe the profile of the patients assisted by the Oral Anticoagulation Ambulatory from the Cardiology Department of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Methods: The records of ambulatory appointments from patients in the Oral Anticoagulation Ambulatory were reviewed and analyzed in a descriptive, retrospective study. Data related to patient demographics, associated diseases, associated medications, target INR, bleeding and embolic events, percentage of patients achieving the target INR range were registered. Results: 189 patients (60±16 years old) were analyzed. The average period of follow-up was 15±10 months. The average number of appointments per patient was 10,3 ± 6,3. The average number of visits to get to the target INR was 3±2,3. The most frequent indications for chronic anticoagulation were atrial fibrillation in 95 (50,3%) patients and mechanical prosthetic valves in 119 (63%) patients. Warfarin and phenprocumon were the prescribed medications in 80% and 20% of cases, respectively. Only 7% of patients were within the target INR range during 81-100 % of the visits. Considered the first, tenth and twentieth visits, 63%, 40% and 25% of patients were outside the target INR range (p<0,01). Bleedings occurred in 65 (34,4%) patients and embolic events occurred in only three people (1,6% of total). Conclusion: The low percentage of patients in the target INR therapeutic range found in our study is similar to international data available. New research is necessary to identify and overcome the management anticoagulation difficulties in order to achieve a safer and more adequate chronic oral anticoagulation ambulatory control.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 26, n. 1 (abr. 2006), p. 38-44AnticoagulantesOral anticoagulationTarget INRAmbulatoryQualidade da anticoagulação oral em ambulatório especializado de hospital terciário : um estudo pilotoQuality of oral anticoagulation in a specialized outpatient clinic of a terciary care center : a pilot studyinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000546130.pdf000546130.pdfTexto completoapplication/pdf1265383http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164291/1/000546130.pdf9668cd17042c9823e02a7810718c7cc6MD51TEXT000546130.pdf.txt000546130.pdf.txtExtracted Texttext/plain22596http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164291/2/000546130.pdf.txt40e4bb9489da2a4507e6cffaf71e42a0MD52THUMBNAIL000546130.pdf.jpg000546130.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1531http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164291/3/000546130.pdf.jpg6d65fbde03b1f2cffac8f7b99f9e98d5MD5310183/1642912021-07-09 04:37:54.99398oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164291Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2021-07-09T07:37:54Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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