Trabalho de pista : a micropolítica das cidades nas festas de rua
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/229563 |
Resumo: | O presente trabalho buscou entender de que forma os coletivos que produzem festas de rua podem atuar como dispositivos clínico-políticos nas cidades. O estudo teve como foco o coletivo Arruaça, que atua em Porto Alegre desde 2014 – do qual faço parte desde sua criação. A pesquisa utilizou-se do método cartográfico, compondo pesquisa bibliográfica e construção de narrativas ficcionais. Para investigar o fenômeno das festas de rua foram mobilizados três analisadores – política, arte e trabalho –, dando visibilidade a um campo de tensionamentos que atravessa o cotidiano dos coletivos artivistas, grupos que atuam com arte e política. Identificou-se um destaque a tais formas de organização política alternativa nos últimos anos, sobretudo após as Jornadas de Junho (2013) no Brasil. O estudo explorou a potência dos lugares ambíguos ocupados pelos coletivos, que acolhem as “contradições” inerentes à pratica política no capitalismo contemporâneo. Percebemos que os coletivos de festa de rua, assim como as próprias festas, têm um efeito micropolítico na vida das cidades, produzindo deslocamentos nas formas de viver o espaço urbano e nas relações entre as pessoas. Ao mesmo tempo, podem produzir reiterações de fronteiras e lógicas prescritivas, além de alimentarem o feed do capitalismo cognitivo midiático – inventando modas que são metabolizadas pelas agências de marketing, transformando performatividades dissidentes em mercadoria. |
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Bernardo, Gabriel VargasCosta, Luis Artur2021-09-04T04:47:56Z2021http://hdl.handle.net/10183/229563001130780O presente trabalho buscou entender de que forma os coletivos que produzem festas de rua podem atuar como dispositivos clínico-políticos nas cidades. O estudo teve como foco o coletivo Arruaça, que atua em Porto Alegre desde 2014 – do qual faço parte desde sua criação. A pesquisa utilizou-se do método cartográfico, compondo pesquisa bibliográfica e construção de narrativas ficcionais. Para investigar o fenômeno das festas de rua foram mobilizados três analisadores – política, arte e trabalho –, dando visibilidade a um campo de tensionamentos que atravessa o cotidiano dos coletivos artivistas, grupos que atuam com arte e política. Identificou-se um destaque a tais formas de organização política alternativa nos últimos anos, sobretudo após as Jornadas de Junho (2013) no Brasil. O estudo explorou a potência dos lugares ambíguos ocupados pelos coletivos, que acolhem as “contradições” inerentes à pratica política no capitalismo contemporâneo. Percebemos que os coletivos de festa de rua, assim como as próprias festas, têm um efeito micropolítico na vida das cidades, produzindo deslocamentos nas formas de viver o espaço urbano e nas relações entre as pessoas. Ao mesmo tempo, podem produzir reiterações de fronteiras e lógicas prescritivas, além de alimentarem o feed do capitalismo cognitivo midiático – inventando modas que são metabolizadas pelas agências de marketing, transformando performatividades dissidentes em mercadoria.The present work sought to understand how street party collectives can act as clinical political devices in the cities. The study focused on the collective Arruaça, which has been operating in Porto Alegre since 2014 – and of which I have been part since the creation. The research used the cartographic method, composing bibliographic research and the construction of fictional narratives. In order to investigate the street parties phenomenon, three analyzers were mobilized: politics, art and work. It was given visibility, thus, to a field of tension that crosses the daily life of artivist collectives – i.e.,groups that work with art and politics. It was identified a prominence in those forms of alternative political organization after the June 2013 protests in Brazil. The study explored the potency of the ambiguous places occupied by collectives, which welcome the "contradictions" inherent in contemporary capitalism's political practice. We perceived that street party collectives, as well as the parties themselves, have a micropolitical effect on city life, producing displacements in the ways of living the urban space and in the relationships between people. At the same time, they can produce reiterations of boundaries and prescriptive logics, in addition to feeding the feed of media-cognitive capitalism – inventing trends that are metabolized by marketing agencies and transforming dissident performances into merchandise.application/pdfporArtePolíticaComportamento coletivoMovimento estudantilFestasCidades : Aspectos sociaisStreet partyCollectivesCityArtivismElectronic musicTrabalho de pista : a micropolítica das cidades nas festas de ruainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2021Psicologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130780.pdf.txt001130780.pdf.txtExtracted Texttext/plain312398http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/229563/2/001130780.pdf.txt8110218350d061c9944454c264d46794MD52ORIGINAL001130780.pdfTexto completoapplication/pdf2543092http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/229563/1/001130780.pdf4bde2bbbff80e15a17148d712fa0d857MD5110183/2295632021-09-19 04:35:28.48511oai:www.lume.ufrgs.br:10183/229563Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-09-19T07:35:28Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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