Tempo sem mudança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Segalin, Jéferson
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/246472
Resumo: A concepção aristotélica de tempo implica na necessidade da mudança para que haja a sua passagem. Embora as discussões sobre o tempo sempre tenham estado na pauta da filosofia, a relação necessária entre a sua passagem e a mudança foi uma questão bastante pacífica no pensamento ocidental por mais de dois milênios. Com a publicação em 1969 do artigo de Sydney Shoemaker, que sustenta a possibilidade, ao menos lógica, da passagem de tempo sem mudança, essa discussão começa a receber novamente atenção. O argumento de Shoemaker envolve um experimento mental onde o leitor é convidado a conceber um mundo imaginário regido por leis bastante peculiares e estranhas ao mundo real. Tal argumento está alinhado com o substantivismo em relação ao tempo e, a partir dessa concepção, pretende mostrar que não é logicamente contraditório que ocorra a passagem de tempo sem que haja mudança. Além disso, revela como seria possível inferir quanto tempo transcorre entre o início e fim de um ciclo de total ausência de mudança no seu mundo imaginário. O trabalho de Shoemaker não coloca uma nova pedra sobre a questão da relação entre tempo e mudança, pois certas objeções podem ser feitas ao seu trabalho. Algumas são aqui discutidas. Porém, se não troca a pedra, ao menos mexe um pouco naquela colocada por Aristóteles.
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