Adolescência, ato infracional e educação : Um estudo de caso em centro de atendimento socioeducativo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/72582 |
Resumo: | A pesquisa foi realizada no Centro de Atendimento Socioeducativo localizado no município de Novo Hamburgo e contou com a participação de 56 adolescentes autores de ato infracional internados nesta instituição. O objetivo deste trabalho foi investigar quais as relações que estes jovens estabelecem com a educação escolar e que sentidos atribuem a ela, além de tentar compreender o alto índice de evasão escolar destes jovens antes de serem internados na Unidade de Internação. A metodologia utilizada na pesquisa possui caráter quanti-qualitativo do tipo estudo de caso. Os principais referenciais teóricos utilizados neste trabalho de pesquisa foram Alba Zaluar, que trata sobre o comportamento e práticas sociais das classes populares, Mário Volpi, que trata sobre o adolescente e o ato infracional, e Carmem Craidy, que tratam sobre medidas socioeducativas e educação. Dentre os resultados obtidos na pesquisa, a maioria dos jovens entrevistados, antes mesmo de serem internados na Fase, já estavam, há muito tempo, excluídos do ambiente escolar, tendo passado por inúmeros “fracassos” escolares. Portanto, a escola já não possuía significados positivos para estes adolescentes. Grande parte dos jovens entrevistados vive em condições financeiras bastante precárias. Muitos precisaram começar a trabalhar cedo para ajudar no sustento da família. Também é frequente a questão do desajuste familiar e do uso de drogas que colaboram para o afastamento deste jovem do ambiente escolar, além da falta de supervisão familiar no que se refere à frequência escolar. A partir da pesquisa realizada, pode-se concluir que há um movimento dinâmico de idas e vindas destes jovens do processo de escolarização e que a escola não constitui prioridade na vida destes sujeitos. As necessidades da vida cotidiana estão em primeiro lugar. No entanto, é preciso lembrar o quanto a própria escola, com suas práticas, rotinas e propostas pedagógicas inadequadas, pode estar sendo responsável pelo afastamento dos alunos que acabam desiludidos pela inadequação da oferta em relação ao que vem buscar. |
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