Metáforas vividas : letra e voz nas narrativas orais urbanas da Restinga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Cristina Mielczarski
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/21503
Resumo: Este trabalho refere-se à análise de metáforas, provérbios e outras expressões nas narrativas orais urbanas dos narradores da Restinga, zona periférica de Porto Alegre. A perspectiva principal é demonstrar a natureza criativa dos narradores. Essa natureza é inerente a todo indivíduo, embora nem todos a desenvolvam plena ou parcialmente. Uma das características dessa habilidade pode ser observada no modo como o sujeito apodera-se dos significados pré-existentes no mundo e os ressignifica. No contexto deste trabalho de conclusão, essa singularidade corporifica-se por intermédio das metáforas, da recriação das formas proverbiais e do modo como expressões cristalizadas denotam situações conflitivas. Os narradores por intermédio dessas construções demonstram o poder criativo, a sua sabedoria de dizer as coisas. Assim como os xamãs, aedos e griots, necessitam da memória como instrumento de perpetuação de seu passado e da palavra como ferramenta de transmissão de suas memórias. Desse modo, o narrador oral urbano, que se evidencia aqui, tem a urgência de se fazer escutar, não deseja falar de lendas de um passado distante, mas deseja, sim, falar de suas próprias lendas, onde é protagonista de sua história. Para desenvolver esse trabalho, foi necessário um diálogo com conceitos teóricos da Antropologia, da Teoria literária, da Literatura escrita, da Literatura oral, da Linguística e dos Estudos da performance. Salientam-se autores como Paul Zumthor, Walter Benjamin e Mikhail Bakhtin, entre outros.
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