Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adrião, Álden de Brito
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/131928
Resumo: Na região de Rosário do Sul e arredores, intrusivo na borda sudeste da Bacia do Paraná, existe uma região afetada por uma antiga manifestação vulcânica conhecida como Província Kimberlítica de Rosário do Sul. Nela afloram diversos pequenos corpos vulcânicos agrupados em quatro cluster’s. O corpo estudado pertence ao cluster Rosário do Sul, próximo ao rio Ibicuí da Armada, tem aproximadamente 7m2 de rocha aflorante e encontra-se encaixado em uma drenagem. Este afloramento é especial pois a rocha é coesa pouco e alterada, o que é raro para este tipo litológico. O estudo e compreenção deste vulcanismo no Rio Grande do Sul se faz necessário para a contrução de modelos de evolução mantélica e crustal para esta região e de outras similares. O objetivo deste trabalho é caracterizar a rocha de forma detalhada e precisa. Para o estudo de caracterização petrológica deste corpo vulcânico foram necessárias saídas de campo para coleta de amostras e de informações in situ, inclusive um levantamento geofísico basico de magnetometria e gravimetrometria. Para petrografia de detalhe e a geoquímica de elementos maiores, foram realizadas análises usando técnicas como MEV-EDS, XRD e XRF, para melhor identificação dos constituintes. Apartir de dados de campo e literatura foi constatado que o corpo está alinhado com zonas de transcorrência antigas e profundas e.g. como o lineamento Ibaré e com falhas N-NE posteriores. Sabendo que kimberlitos geralmente aproveitam tais estruturas, por certo que estas rochas funcionam como delimitadores de terrenos e descontinuidades profundas. A rocha possui textura inequigranular com megacristais (>1cm) de olivina e xenólitos envoltos por uma matríz ígnea microlítica (<0,0625mm). A mineralogia é composta basicamente por fenocristais euédricos e subédricos de forsterita (serpentinizados), alguns destes cristais apresentam caracteristicas óticas anômalas, além de cristais de flogopita, perovskita, apatita e ilmenita. Em menores quantidades é encontrado diopsídio, magnesita, kalsilita, cromita, sulfetos e fases estranhas. Nas amostras menos alteradas é possível perceber que a matriz é levemente heterogênea com segregações magmáticas. A presença de componentes reabsorvidos (tardi-cristalinos) é marcante, resultado de uma mudança nos parâmetros de equilíbrio na formação desta rocha. Existem também lápilis de diversos tamanhos, estes interpretados como uma concentração de elementos voláteis cristalizados de forma circular e elíptica. O C.I. (Contamination Index) é relativamente baixo e o Mg# é relativamente alto. Os dados químicos de elementos maiores comprovam sua natureza ultrabásica, rica em K, Ca e Ti. A comparação com dados de rochas similares certificam sua classificação kimberlítica e sugerem forte semelhança com os kimberlitos tipo II da África do Sul.
id UFRGS-2_e5aa0f81dec4cc48ac1345852a1a0d04
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131928
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Adrião, Álden de BritoConceição, Rommulo VieiraLenz, Cristine2016-01-19T02:41:51Z2011http://hdl.handle.net/10183/131928000837805Na região de Rosário do Sul e arredores, intrusivo na borda sudeste da Bacia do Paraná, existe uma região afetada por uma antiga manifestação vulcânica conhecida como Província Kimberlítica de Rosário do Sul. Nela afloram diversos pequenos corpos vulcânicos agrupados em quatro cluster’s. O corpo estudado pertence ao cluster Rosário do Sul, próximo ao rio Ibicuí da Armada, tem aproximadamente 7m2 de rocha aflorante e encontra-se encaixado em uma drenagem. Este afloramento é especial pois a rocha é coesa pouco e alterada, o que é raro para este tipo litológico. O estudo e compreenção deste vulcanismo no Rio Grande do Sul se faz necessário para a contrução de modelos de evolução mantélica e crustal para esta região e de outras similares. O objetivo deste trabalho é caracterizar a rocha de forma detalhada e precisa. Para o estudo de caracterização petrológica deste corpo vulcânico foram necessárias saídas de campo para coleta de amostras e de informações in situ, inclusive um levantamento geofísico basico de magnetometria e gravimetrometria. Para petrografia de detalhe e a geoquímica de elementos maiores, foram realizadas análises usando técnicas como MEV-EDS, XRD e XRF, para melhor identificação dos constituintes. Apartir de dados de campo e literatura foi constatado que o corpo está alinhado com zonas de transcorrência antigas e profundas e.g. como o lineamento Ibaré e com falhas N-NE posteriores. Sabendo que kimberlitos geralmente aproveitam tais estruturas, por certo que estas rochas funcionam como delimitadores de terrenos e descontinuidades profundas. A rocha possui textura inequigranular com megacristais (>1cm) de olivina e xenólitos envoltos por uma matríz ígnea microlítica (<0,0625mm). A mineralogia é composta basicamente por fenocristais euédricos e subédricos de forsterita (serpentinizados), alguns destes cristais apresentam caracteristicas óticas anômalas, além de cristais de flogopita, perovskita, apatita e ilmenita. Em menores quantidades é encontrado diopsídio, magnesita, kalsilita, cromita, sulfetos e fases estranhas. Nas amostras menos alteradas é possível perceber que a matriz é levemente heterogênea com segregações magmáticas. A presença de componentes reabsorvidos (tardi-cristalinos) é marcante, resultado de uma mudança nos parâmetros de equilíbrio na formação desta rocha. Existem também lápilis de diversos tamanhos, estes interpretados como uma concentração de elementos voláteis cristalizados de forma circular e elíptica. O C.I. (Contamination Index) é relativamente baixo e o Mg# é relativamente alto. Os dados químicos de elementos maiores comprovam sua natureza ultrabásica, rica em K, Ca e Ti. A comparação com dados de rochas similares certificam sua classificação kimberlítica e sugerem forte semelhança com os kimberlitos tipo II da África do Sul.Around the Rosário do Sul city, there is a region affected by an ancient volcanic activity known as Rosário do Sul Kimberlitic Province, geologically located on the southeast edge of the Paraná Basin. In this Province, there are many small volcanic outcrops grouped into four cluster’s. The outcrop studied belongs the Rosário do Sul cluster, near the Ibicuí da Armada river, it has 7m2 of rock exposure and is located together with a drainage. The rock found in this outcrop is in excellent conservation state, something unusual for this kind of rock. The study and comprehension of this type of volcanism in Rio Grande do Sul is necessary for the construction of mantelic and crustal evolution models for this region and others alike. The objective of this work is to do a detailed petrographic study of this volcanic outcrop, together with major elements geochemistry analysis. To study the petrological characterization of the volcanic body were required field trips to collect samples and information in situ, including a basic gravimetrometry and magnetometry geophysical mapping. The detailed petrography work and major elements geochemistry, was done with MEV-EDS, XRD and XRF analysis to better minerals identification. Using field data and literature was found that the body is aligned with areas of old deep shear zones like Ibaré shear zone and with N-NE later faults. Knowing that kimberlites often make use of these structures for granted that these rocks act as delimiters of terrains and deep discontinuities. The rock has inequigranular texture with olivine megacrysts (>1cm) and xenoliths surrounded by a fine microlithic igneous matrix (<0.0625mm). The mineralogy consists mainly of euhedral and subhedral phenocrysts of forsterite (serpentinized), some of these crystals exhibit anomalous optical characteristics, moreover crystals of phlogopite, perovskite, apatite and ilmenite. In smaller quantities is found diopside, magnesite, kalsilita, chromite, sulfide and some strange phases. In the less altered samples you can see that the matrix is slightly heterogeneous with magmatic segregations. The presence of absorbed components (late-crystalline) is marked, and is result of a change in the equilibrium parameters of the former rock. There are also several sizes of lápilli, they are interpreted as a concentration of volatile elements crystallized in a circular and elliptical. The C.I. (contamination index) is relatively low and the Mg # is relatively high. The chemical data of major elements show ultrabasic nature, rich in K, Ca and Ti. A comparison with data of similar rocks certify its kimberlitic classification and suggest a strong resemblance to the kimberlites type II of South África.application/pdfporPetrologiaRosário do Sul (RS)KimberliteUltrapotassicPerovskiteCaracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2011Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000837805.pdf000837805.pdfTexto completoapplication/pdf4525879http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131928/1/000837805.pdf4179352806fb310facb8bac814df41b9MD51TEXT000837805.pdf.txt000837805.pdf.txtExtracted Texttext/plain84871http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131928/2/000837805.pdf.txt00083cc9de333179dd0945fa94c66715MD52THUMBNAIL000837805.pdf.jpg000837805.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1139http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131928/3/000837805.pdf.jpg3149a3e3b2a45ef5027db2dd900115a7MD5310183/1319282018-10-25 10:14:48.737oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131928Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T13:14:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
title Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
spellingShingle Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
Adrião, Álden de Brito
Petrologia
Rosário do Sul (RS)
Kimberlite
Ultrapotassic
Perovskite
title_short Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
title_full Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
title_fullStr Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
title_full_unstemmed Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
title_sort Caracterização petrográfica do Kimberlito Rosário 06 da Província Kimberlítica de Rosário do Sul/RS
author Adrião, Álden de Brito
author_facet Adrião, Álden de Brito
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Adrião, Álden de Brito
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Conceição, Rommulo Vieira
Lenz, Cristine
contributor_str_mv Conceição, Rommulo Vieira
Lenz, Cristine
dc.subject.por.fl_str_mv Petrologia
Rosário do Sul (RS)
topic Petrologia
Rosário do Sul (RS)
Kimberlite
Ultrapotassic
Perovskite
dc.subject.eng.fl_str_mv Kimberlite
Ultrapotassic
Perovskite
description Na região de Rosário do Sul e arredores, intrusivo na borda sudeste da Bacia do Paraná, existe uma região afetada por uma antiga manifestação vulcânica conhecida como Província Kimberlítica de Rosário do Sul. Nela afloram diversos pequenos corpos vulcânicos agrupados em quatro cluster’s. O corpo estudado pertence ao cluster Rosário do Sul, próximo ao rio Ibicuí da Armada, tem aproximadamente 7m2 de rocha aflorante e encontra-se encaixado em uma drenagem. Este afloramento é especial pois a rocha é coesa pouco e alterada, o que é raro para este tipo litológico. O estudo e compreenção deste vulcanismo no Rio Grande do Sul se faz necessário para a contrução de modelos de evolução mantélica e crustal para esta região e de outras similares. O objetivo deste trabalho é caracterizar a rocha de forma detalhada e precisa. Para o estudo de caracterização petrológica deste corpo vulcânico foram necessárias saídas de campo para coleta de amostras e de informações in situ, inclusive um levantamento geofísico basico de magnetometria e gravimetrometria. Para petrografia de detalhe e a geoquímica de elementos maiores, foram realizadas análises usando técnicas como MEV-EDS, XRD e XRF, para melhor identificação dos constituintes. Apartir de dados de campo e literatura foi constatado que o corpo está alinhado com zonas de transcorrência antigas e profundas e.g. como o lineamento Ibaré e com falhas N-NE posteriores. Sabendo que kimberlitos geralmente aproveitam tais estruturas, por certo que estas rochas funcionam como delimitadores de terrenos e descontinuidades profundas. A rocha possui textura inequigranular com megacristais (>1cm) de olivina e xenólitos envoltos por uma matríz ígnea microlítica (<0,0625mm). A mineralogia é composta basicamente por fenocristais euédricos e subédricos de forsterita (serpentinizados), alguns destes cristais apresentam caracteristicas óticas anômalas, além de cristais de flogopita, perovskita, apatita e ilmenita. Em menores quantidades é encontrado diopsídio, magnesita, kalsilita, cromita, sulfetos e fases estranhas. Nas amostras menos alteradas é possível perceber que a matriz é levemente heterogênea com segregações magmáticas. A presença de componentes reabsorvidos (tardi-cristalinos) é marcante, resultado de uma mudança nos parâmetros de equilíbrio na formação desta rocha. Existem também lápilis de diversos tamanhos, estes interpretados como uma concentração de elementos voláteis cristalizados de forma circular e elíptica. O C.I. (Contamination Index) é relativamente baixo e o Mg# é relativamente alto. Os dados químicos de elementos maiores comprovam sua natureza ultrabásica, rica em K, Ca e Ti. A comparação com dados de rochas similares certificam sua classificação kimberlítica e sugerem forte semelhança com os kimberlitos tipo II da África do Sul.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-01-19T02:41:51Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/131928
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000837805
url http://hdl.handle.net/10183/131928
identifier_str_mv 000837805
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131928/1/000837805.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131928/2/000837805.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131928/3/000837805.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 4179352806fb310facb8bac814df41b9
00083cc9de333179dd0945fa94c66715
3149a3e3b2a45ef5027db2dd900115a7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224496634396672