Narrativas autobiográficas no/do cárcere horizontes e possibilidades de resistências às colonialidades

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Godinho, Ana Cláudia Ferreira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Fernandes, Victória Mello
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/264347
Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar como as narrativas autobiográficas de sujeitos privados de liberdade podem protagonizar formas de resistência à colonialidade de poder, de saber e de ser. A narrativa trabalhada foi Diário de um Detento (2016), escrita por Jocenir Prado durante sua privação de liberdade no sistema prisional paulista nos anos 1990. Para refletir sobre as suas potencialidades de reescrita das histórias subalternizadas, o estudo baseia-se no pensamento decolonial, admitindo as histórias e saberes deslegitimados socialmente como essenciais à resistência à colonialidade e à constituição de saberes decoloniais. Para a análise, foi necessário contextualizar o sistema penitenciário brasileiro, as práticas de aprisionamento e os sujeitos que são mais afetados pelas lógicas coloniais de subalternização, marginalização e criminalização. Os resultados indicaram que as narrativas autobiográficas possibilitam a superação das visões assistencialistas e estigmatizantes, bem como promovem o reconhecimento e a humanização dos sujeitos em privação de liberdade.
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