Avaliação do potencial de adsorção do engaço de uva : um estudo bibliográfico

• Autor(a) principal: Casagranda, Juliano Carraro
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235752
• topic: Resíduos agroindustriais; Vitivinicultura; Adsorventes; Adsorbents; Biosorbents; Grape stalk; Wine residues; Wastewater treatment

O vinho é um produto consumido em larga escala no mundo todo, e sua produção começa com o plantio das uvas. No Brasil, o principal produtor de uva é o Rio Grande do Sul, sendo responsável por 46% da produção da fruta no ano de 2019. Nesse contexto, um dos principais resíduos da indústria vitivinícola é o engaço da uva. O engaço é um composto de natureza lignocelulósica (tendo celulose, hemicelulose e lignina como componentes estruturais) carac-terística que lhe confere um alto potencial de uso como adsorvente. Devido à ineficiência de processos de tratamento de efluentes tradicionais em remover totalmente determinados compostos, o uso da adsorção tem apresentado grande potencial, especialmente com a apli-cação de biossorventes, que estão disponíveis em grande quantidade. Assim, o presente tra-balho analisou os parâmetros que influenciam no processo de adsorção de metais, fármacos, pesticidas e corantes quando se utiliza o engaço da uva como adsorvente. A pesquisa consistiu em buscas de artigos em plataformas de referência e avaliação dos parâmetros experimentais e resultados apresentados pelos autores. Os resultados demonstram que o engaço apresenta capacidade de adsorção comparável com outros biossorventes e com carvão ativado comer-cial. Além disso, demonstrou que o pH interfere significativamente nos mecanismos de sorção e que a faixa de pH influencia na capacidade de adsorção, sendo que para metais o pH mais ácido demonstrou ser satisfatório, já para outros compostos, é preciso avaliar a estrutura quí-mica para entender os mecanismos. Além disso, a cinética de pseudo-segunda ordem ade-quou-se aos dados experimentais na maioria dos casos. A técnica de remoção de contaminan-tes com engaço se mostrou satisfatória e passível de aplicação em diversas situações.