A faculdade do pensar e as faculdades do espírito
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/188764 |
Resumo: | A crítica de Hegel às Psicologias do entendimento revela que o principal problema em conceber a alma a partir de suas faculdades é o risco de embaralhar a articulação entre o espírito e a natureza. Isso ocorre na medida em que se compreendem essas faculdades como fixas e imutáveis, isto é, como naturais à sua constituição, adotando-se, dessa maneira, uma prática de enumeração, de descrição e de averiguação do funcionamento de faculdades diversas. Tal concepção estática do espírito pressupõe a fixação de suas faculdades como se elas fossem parte de uma natureza referencial, ao abrigo de mudanças substanciais na sua constituição fundamental. A crítica hegeliana consiste em mostrar que dessa maneira perdese a característica essencial do espírito, ou seja, a sua faculdade de autodeterminação, entendida como movimento de reposição espiritual dos conteúdos que ele naturalmente recebe. Essa faculdade de mediação do espírito sobre as imediatidades recebidas opõe-se à pressuposição de qualquer elemento imediato, natural, que servisse de ponto de referência universal e necessário para o raciocínio sobre as coisas do espírito humano. A partir desse ponto de vista crítico dá-se o surgimento especulativo dos conceitos de vontade livre e eticidade. |
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Pertille, José Pinheiro2019-02-14T02:32:41Z20101980-8372http://hdl.handle.net/10183/188764000815620A crítica de Hegel às Psicologias do entendimento revela que o principal problema em conceber a alma a partir de suas faculdades é o risco de embaralhar a articulação entre o espírito e a natureza. Isso ocorre na medida em que se compreendem essas faculdades como fixas e imutáveis, isto é, como naturais à sua constituição, adotando-se, dessa maneira, uma prática de enumeração, de descrição e de averiguação do funcionamento de faculdades diversas. Tal concepção estática do espírito pressupõe a fixação de suas faculdades como se elas fossem parte de uma natureza referencial, ao abrigo de mudanças substanciais na sua constituição fundamental. A crítica hegeliana consiste em mostrar que dessa maneira perdese a característica essencial do espírito, ou seja, a sua faculdade de autodeterminação, entendida como movimento de reposição espiritual dos conteúdos que ele naturalmente recebe. Essa faculdade de mediação do espírito sobre as imediatidades recebidas opõe-se à pressuposição de qualquer elemento imediato, natural, que servisse de ponto de referência universal e necessário para o raciocínio sobre as coisas do espírito humano. A partir desse ponto de vista crítico dá-se o surgimento especulativo dos conceitos de vontade livre e eticidade.Hegel’s criticism of the psicology of understanding reveals that he sees the principal problem of the conception of soul which is based on the notion of faculties in the risk of distorting the compreension of the relation between spirit and nature. This happens insofar as the faculties are understood as fixed and unchangeable, that is, as natural, which leads to the adoption of the practices of enumeration, description and identification of the functioning of the different faculties. Such a static conception of spirit presupposes a fixation of its faculties, as if they were part of a natural point of reference which cannot change in its basic structure. The hegelian criticism consists in showing that this conception looses sight of the essencial caracteristic of spirit, which is its faculty of self-determination, understood as the movement of the spiritual transformation of the contents which it receives as natural data. This faculty of mediation escapes any presupposition of imediate, natural givenness, which could serve as the starting-point for the compreension of the spirit. It is on the base of this critical view that Hegel formulates the speculative view of free will and ethical life.application/pdfporRevista Eletrônica Estudos Hegelianos. Recife, PE. Vol. 7, n. 13 (jul/dez. 2010), p. 41-55Hegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831Filosofia modernaFilosofia alemãFilosofia hegelianaFilosofia da PsicologiaPensamento (Filosofia)Teoria da almaFilosofia do espíritoFaculdade da razãoFaculdade do entendimentoEticidadeVontade (Filosofia)FacultyThinkingSpiritA faculdade do pensar e as faculdades do espíritoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000815620.pdf.txt000815620.pdf.txtExtracted Texttext/plain39092http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188764/2/000815620.pdf.txtad09f54c1d4a7680c420fa60909c8895MD52ORIGINAL000815620.pdfTexto completoapplication/pdf202559http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188764/1/000815620.pdf328772903851155730181d07c2a390fbMD5110183/1887642019-02-15 02:33:42.498352oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188764Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2019-02-15T04:33:42Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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