Descrição de uma ferramenta de triagem e avaliação nutricional e associação com desfechos clínicos em recém-nascidos prematuros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Belin, Christy Hannah Sanini
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/205964
Resumo: Introdução: Recém-nascidos prematuros estão em maior risco nutricional e de morbimortalidade. A avaliação e a triagem nutricional destes bebês identifica o risco nutricional com o objetivo de realizar intervenção precoce. Assim, percebe-se a importância de avaliar suas características e facilitar a identificação daqueles que necessitam de uma maior assistência. Objetivo: Descrever e avaliar uma ferramenta de avaliação e triagem nutricional para recém-nascidos prematuros internados na Unidade de Internação Neonatal e sua associação com os desfechos clínicos. Metodologia: Estudo longitudinal retrospectivo que avaliou recém-nascidos prematuros (abaixo de 37 semanas) hospitalizados, desenvolvido na Unidade de Neonatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com variáveis da internação e alta de maio de 2018 a janeiro de 2019. Foram coletados dados de peso, comprimento e perímetro cefálico (PC) para a realização da avaliação nutricional. Após, foi realizada a aplicação do protocolo de triagem nutricional para recém-nascidos prematuros utilizado no hospital, que define os níveis assistenciais (NA) para a sistematização do cuidado em nutrição (NA 2, 3 ou 4). Também, foi avaliada a presença dos seguintes desfechos: displasia broncopulmonar (DBP), hemorragia peri intraventricular (HPIV), retinopatia da prematuridade (ROP), enterocolite necrosante, sepse tardia, tempo de internação e mortalidade, além de variáveis nutricionais, como tempo de dieta enteral e parenteral. Resultados: A amostra foi constituída de 110 recém-nascidos, com mediana de idade gestacional de 34 (31 - 35) semanas. Na triagem nutricional no momento da internação, o peso médio foi de 1914,92 g (±657,7), o comprimento foi de 42,2 cm (±4,45) e o PC de 29,9 cm (±2,97). A maioria dos pacientes encontrou-se adequado para a idade gestacional (82,7%). Em relação ao nível assistencial na internação, 41,8% (n=46) das crianças se encontravam no nível 2, 41,8% (n=46) no nível 3 e 16,4% (n=18) no nível 4. Os pacientes classificados como NA 3 e NA 4 apresentaram maior proporção de desfechos clínicos, como DBP (p=0,04), ROP (p=0,024), HPIV (p=0,07), sepse tardia (p=0,09), maior tempo de dieta parenteral e enteral (p<0,001) e tempo de internação (p<0,001). Todos os pacientes que foram a óbito tiveram sua classificação NA 4 (p<0,001). Conclusões: Os pacientes classificados como NA 3 e NA 4 apresentaram maior frequência de desfechos como ROP, HPIV, sepse, óbito e maior tempo de uso de 4 nutrição parenteral e enteral. Pacientes com NA ≥3 tiveram maior tempo de permanência hospitalar que pacientes classificados como NA 2. A ferramenta de avaliação e triagem nutricional nos mostra que os pacientes classificados como NA 3 e NA 4 na internação podem ter maior risco de desnutrição.
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