Desenvolvimentismo no primeiro governo Dilma : intencionalidade, capacidades políticas e financeirização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stein, Alexandre de Queiroz
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/148528
Resumo: O trabalho busca avaliar se o primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014) pode ser considerado como desenvolvimentista. Para tal, tomou-se como referencial teórico o conceito de desenvolvimentismo proposto por Fonseca (2015). Primeiro é apresentada uma revisão do debate sobre o retorno ao desenvolvimentismo no governo Lula. Posteriormente, visando identificar a intencionalidade do governo Dilma, analisa-se o Plano Plurianual 2012-2015 da União e a execução da política industrial, o Plano Brasil Maior. As conclusões apontam que, apesar dos planos iniciais do governo apresentarem um caráter muito próximo ao desenvolvimentismo, a atuação do governo no período foi muito mais anticíclica e corretiva do que propriamente voltado à transformação da base industrial no longo prazo, de forma que não pode ser identificado como desenvolvimentista. No último capítulo são levantadas duas hipóteses para explicar o descolamento entre os planos do governo e aquilo que foi executado. A primeira aborda como a deficiência nas capacidades políticas do governo dificultou a formação de uma coalizão entre as classes sociais que legitimasse a adoção de uma estratégia nacional de desenvolvimento. A segunda hipótese traz um questionamento sobre quais as possibilidades da existência de um Estado desenvolvimentista em uma economia financeirizada, apresentando uma proposta de adaptação do modelo de Epstein (2001) para o caso brasileiro.
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