Performance e performatividade: a dança do grupo Dzi Croquettes como (des)construção de gênero

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Manganelli, Bruno Belmonte
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/190034
Resumo: Esta pesquisa objetiva analisar a performance em dança do grupo brasileiro Dzi Croquettes (1972-1976) enquanto um processo identitário disruptivo, no que tange a questão de gênero. Na primeira parte deste trabalho, fez-se necessária uma contextualização do surgimento daquilo que conhecemos por Teoria Queer, a partir da qual problematizamos a noção de gênero, através das ideias de performatividade e paródias subversivas. Em seguida, traçamos uma recuperação histórica da dança enquanto uma prática na qual operam discursos e representações culturais, analisando também o gesto em dança enquanto produtor de sentido. Termina-se esta parte do trabalho com uma discussão acerca da dança cênica como uma prática social e cultural na qual, desde cedo, operaram papeis e expectativas de gênero. Em seguida, após uma breve contextualização dos quatro anos de existência do grupo Dzi Croquettes, partimos dos debates feitos nas etapas teóricas do trabalho para analisar o nosso corpus, este composto por fragmentos de quatro performances do grupo, encontradas no documentário Dzi Croquettes (2009) de Tatiana Issa e Raphael Alvarez. As performances, escolhidas por sua perceptível relevância dentro da discussão de gênero, são analisadas sob três eixos: movimentação, caracterização e temática. Com base nessas três linhas de análise, chegamos a concepção de um sujeito que chamamos de dzi croquético, que constrói sua identidade de gênero de forma performativa, através da performance em dança. Conclui-se esta monografia com a ideia de que, em sua performance, os Dzi Croquettes faziam emergir signos de gênero conflitantes que propunham a constituição de um sujeito que não é nem feminino e nem masculino, mas transitório.
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