Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Samir Kahl de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/35941
Resumo: O metabolismo anaeróbico da glicose é utilizado para manter a homeostasia do trifosfato de adenosina, em tecidos e em situações distintas. O lactato gerado em tais condições é utilizado como substrato para a gliconeogênese ou é oxidado e convertido à ATP. Esse estudo verificou a lactacidemia materna, fetal e placentária em ratos, logo após parto normal ou cesáreo, comparando os níveis de lactato de animais obtidos em condições de normoxia e de asfixia intrauterina. Procuramos identificar a origem do lactato fetal, compreender sua importância para o neonato, e comparar os benefícios do parto normal em relação ao cesáreo. Ratas Wistar no 22° dia de gestação submetidas à cesariana. Um corno uterino foi isolado e mantido em solução salina 0,9% a 37°C por 15 min (asfixiado) (n=9) enquanto era realizada a histerectomia do outro corno, obtendo-se neonatos controle (n=8). Alguns controles foram estimulados a respirarem e mantidos a 34ºC por 60 min (n=7). Ao término da asfixia, alguns neonatos foram decapitados imediatamente, enquanto outros, estimulados a respirarem e mantidos a 34ºC por 60 min (n=7). Na coleta do sangue, foram utilizados tubos tratados com fluoreto de sódio (100mM) e centrifugados (2500G, 10min). Para determinar os níveis plasmáticos de lactato utilizou-se o método enzimático colorimétrico com Kit Katal e os resultados expressos em mmol/L. Os resultados indicam que a asfixia intra-uterina (15 min) aumentou significativamente (p<0,05) os níveis de lactato. Os animais submetidos à asfixia intra-uterina demonstraram lactacidemia maior após recuperação (normóxia) de 60 min. Os níveis de lactato dos animais nascidos de parto normal não apresentaram diferença significativa em relação aos neonatos controle de parto cesáreo. Porém, apresentaram diminuição significativa (p<0,05) dos níveis de lactato após 60 min de recuperação (normoxia). Os níveis de lactato materno após PN foram (p<0,05) menores que os obtidos após PC. Asfixia intra-uterina aumentou (p<0,05) os níveis de lactato nas placentas em relação ao grupo controle e PN. Não houve diferença entre os níveis de lactato obtidos de placentas após parto normal ou grupo cesáreo controle. Conclui-se que os asfixiados não foram capazes de reverterem à acidose metabólica, sugerindo que não utilizaram o lactato como substrato energético. Neonatos de parto normal apresentaram habilidade em reduzir os níveis de lactato plasmático, fato que os diferenciou dos neonatos controle de parto cesáreo. Os resultados sugerem que existe uma transferência placentária de lactato para os fetos.
id UFRGS-2_e992fd7bf67a7b79404b01fa7e4cd732
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/35941
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Souza, Samir Kahl deFrizzo, Marcos Emilio dos SantosGerhardt, Luiza Maria2012-01-03T01:18:43Z2011http://hdl.handle.net/10183/35941000816682O metabolismo anaeróbico da glicose é utilizado para manter a homeostasia do trifosfato de adenosina, em tecidos e em situações distintas. O lactato gerado em tais condições é utilizado como substrato para a gliconeogênese ou é oxidado e convertido à ATP. Esse estudo verificou a lactacidemia materna, fetal e placentária em ratos, logo após parto normal ou cesáreo, comparando os níveis de lactato de animais obtidos em condições de normoxia e de asfixia intrauterina. Procuramos identificar a origem do lactato fetal, compreender sua importância para o neonato, e comparar os benefícios do parto normal em relação ao cesáreo. Ratas Wistar no 22° dia de gestação submetidas à cesariana. Um corno uterino foi isolado e mantido em solução salina 0,9% a 37°C por 15 min (asfixiado) (n=9) enquanto era realizada a histerectomia do outro corno, obtendo-se neonatos controle (n=8). Alguns controles foram estimulados a respirarem e mantidos a 34ºC por 60 min (n=7). Ao término da asfixia, alguns neonatos foram decapitados imediatamente, enquanto outros, estimulados a respirarem e mantidos a 34ºC por 60 min (n=7). Na coleta do sangue, foram utilizados tubos tratados com fluoreto de sódio (100mM) e centrifugados (2500G, 10min). Para determinar os níveis plasmáticos de lactato utilizou-se o método enzimático colorimétrico com Kit Katal e os resultados expressos em mmol/L. Os resultados indicam que a asfixia intra-uterina (15 min) aumentou significativamente (p<0,05) os níveis de lactato. Os animais submetidos à asfixia intra-uterina demonstraram lactacidemia maior após recuperação (normóxia) de 60 min. Os níveis de lactato dos animais nascidos de parto normal não apresentaram diferença significativa em relação aos neonatos controle de parto cesáreo. Porém, apresentaram diminuição significativa (p<0,05) dos níveis de lactato após 60 min de recuperação (normoxia). Os níveis de lactato materno após PN foram (p<0,05) menores que os obtidos após PC. Asfixia intra-uterina aumentou (p<0,05) os níveis de lactato nas placentas em relação ao grupo controle e PN. Não houve diferença entre os níveis de lactato obtidos de placentas após parto normal ou grupo cesáreo controle. Conclui-se que os asfixiados não foram capazes de reverterem à acidose metabólica, sugerindo que não utilizaram o lactato como substrato energético. Neonatos de parto normal apresentaram habilidade em reduzir os níveis de lactato plasmático, fato que os diferenciou dos neonatos controle de parto cesáreo. Os resultados sugerem que existe uma transferência placentária de lactato para os fetos.application/pdfporLactatoParto normalCesáreaEstudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2011Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000816682.pdf.txt000816682.pdf.txtExtracted Texttext/plain63168http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35941/2/000816682.pdf.txt1d6dbe756af40b465fd6a74ad9808d97MD52ORIGINAL000816682.pdf000816682.pdfTexto completoapplication/pdf334823http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35941/1/000816682.pdfbc7fb4a29767f6bdd6d9e43996561786MD51THUMBNAIL000816682.pdf.jpg000816682.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1104http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35941/3/000816682.pdf.jpgfc8051def2274b65c39ae6db5dba37acMD5310183/359412018-10-10 07:41:07.543oai:www.lume.ufrgs.br:10183/35941Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-10T10:41:07Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
title Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
spellingShingle Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
Souza, Samir Kahl de
Lactato
Parto normal
Cesárea
title_short Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
title_full Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
title_fullStr Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
title_full_unstemmed Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
title_sort Estudo comparativo dos níveis de lactato materno, placentário e fetal em ratos no parto normal e cesáreo com e sem asfixia intrauterina
author Souza, Samir Kahl de
author_facet Souza, Samir Kahl de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza, Samir Kahl de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Frizzo, Marcos Emilio dos Santos
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Gerhardt, Luiza Maria
contributor_str_mv Frizzo, Marcos Emilio dos Santos
Gerhardt, Luiza Maria
dc.subject.por.fl_str_mv Lactato
Parto normal
Cesárea
topic Lactato
Parto normal
Cesárea
description O metabolismo anaeróbico da glicose é utilizado para manter a homeostasia do trifosfato de adenosina, em tecidos e em situações distintas. O lactato gerado em tais condições é utilizado como substrato para a gliconeogênese ou é oxidado e convertido à ATP. Esse estudo verificou a lactacidemia materna, fetal e placentária em ratos, logo após parto normal ou cesáreo, comparando os níveis de lactato de animais obtidos em condições de normoxia e de asfixia intrauterina. Procuramos identificar a origem do lactato fetal, compreender sua importância para o neonato, e comparar os benefícios do parto normal em relação ao cesáreo. Ratas Wistar no 22° dia de gestação submetidas à cesariana. Um corno uterino foi isolado e mantido em solução salina 0,9% a 37°C por 15 min (asfixiado) (n=9) enquanto era realizada a histerectomia do outro corno, obtendo-se neonatos controle (n=8). Alguns controles foram estimulados a respirarem e mantidos a 34ºC por 60 min (n=7). Ao término da asfixia, alguns neonatos foram decapitados imediatamente, enquanto outros, estimulados a respirarem e mantidos a 34ºC por 60 min (n=7). Na coleta do sangue, foram utilizados tubos tratados com fluoreto de sódio (100mM) e centrifugados (2500G, 10min). Para determinar os níveis plasmáticos de lactato utilizou-se o método enzimático colorimétrico com Kit Katal e os resultados expressos em mmol/L. Os resultados indicam que a asfixia intra-uterina (15 min) aumentou significativamente (p<0,05) os níveis de lactato. Os animais submetidos à asfixia intra-uterina demonstraram lactacidemia maior após recuperação (normóxia) de 60 min. Os níveis de lactato dos animais nascidos de parto normal não apresentaram diferença significativa em relação aos neonatos controle de parto cesáreo. Porém, apresentaram diminuição significativa (p<0,05) dos níveis de lactato após 60 min de recuperação (normoxia). Os níveis de lactato materno após PN foram (p<0,05) menores que os obtidos após PC. Asfixia intra-uterina aumentou (p<0,05) os níveis de lactato nas placentas em relação ao grupo controle e PN. Não houve diferença entre os níveis de lactato obtidos de placentas após parto normal ou grupo cesáreo controle. Conclui-se que os asfixiados não foram capazes de reverterem à acidose metabólica, sugerindo que não utilizaram o lactato como substrato energético. Neonatos de parto normal apresentaram habilidade em reduzir os níveis de lactato plasmático, fato que os diferenciou dos neonatos controle de parto cesáreo. Os resultados sugerem que existe uma transferência placentária de lactato para os fetos.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-01-03T01:18:43Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/35941
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000816682
url http://hdl.handle.net/10183/35941
identifier_str_mv 000816682
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35941/2/000816682.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35941/1/000816682.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35941/3/000816682.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 1d6dbe756af40b465fd6a74ad9808d97
bc7fb4a29767f6bdd6d9e43996561786
fc8051def2274b65c39ae6db5dba37ac
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447069776674816