A percepção do processo menstrual entre mulheres jovens discentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Giovanni Copello e
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/239276
Resumo: Esta monografia busca apresentar as percepções das mulheres jovens discentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sobre o fenômeno de menstruar. O entendimento da menstruação, ao menos do ponto de vista científico no campo biológico, está esclarecido: sabe se de maneira aprofundada quais são os mecanismos fisiológicos que a envolvem, no entanto existe uma polêmica de natureza social que ainda a condiciona como um tabu. Argumenta-se que o surgimento da crença de apontar a menstruação como suja, impura e até mesmo nociva possa ser uma estratégia biopolítica de poder, favorecendo os ideais patriarcais e machistas (LAQUEUR, 2001; FOUCAULT, 1980). A escola, importante Instituição constituidora do pensamento reflexivo, parece fazer vistas grossas à problemática da menstruação, inclusive disciplinas de biologia e/ou ciências estão deixando de ofertar instrução julgada adequada sobre fisiologia e anatomia dos órgãos sexuais da mulher. Tendo em vista a menstruação praticamente como um acontecimento comum a todas as mulheres e ocorrer por longo período em suas vidas, faz-se importante avaliar quais estão sendo os entendimentos sobre este assunto, do ponto de vista da juventude; quais são os construtores desta compreensão atual. O presente estudo foi realizado junto a um grupo de mulheres aplicando a metodologia Bola de Neve (DEWES, 2013) para captação das voluntárias e a metodologia de entrevista semi-estruturada (BONI E QUARESMA, 2005) para obtenção dos depoimentos. Quais notou-se que as percepções sobre o menstruar estão em suma sendo positivas e atribuem muito esse fato a abertura de maior espaço de debate entre a sociedade, muito impulsionado pelas redes sociais (internet). Menstruar também vem sendo compreendida como sinônimo de saúde. No entanto, isso não significou que as voluntárias gostam de menstruar, inclusive desconfortos relativos a cólicas menstruais foram muito mencionados.
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