De cara com o preconceito linguístico : os linguístas e a reação social ao reconhecimento da variação na escola
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/31915 |
Resumo: | O presente trabalho visa problematizar o conceito de ―preconceito linguístico‖, permeando a abordagem que o termo recebe por parte de linguistas e professores de Ensino Superior de Letras até o impacto que gera no aluno ingressante no curso em questão e na sociedade como um todo. O fator motivador principal para a iniciação do projeto foi a releitura do livro ―Preconceito Linguístico: o que é, como se faz‖, de Marcos Bagno, trabalhado na primeira etapa do curso de Letras da UFRGS e de outras instituições de nível superior. Uma visão mais analítica da obra deixa em exposição problemas de coesão e coerência, bem como carência de base teórica na exposição de certos argumentos, o que torna questionável sua utilização por parte de futuros profissionais da língua, sobretudo alunos iniciantes. No período de confecção deste trabalho, eclodiu uma polêmica de nível nacional, gerada pela aprovação por parte do MEC de um material didático de Língua Portuguesa destinado a alunos de EJA. Tal livro, cujo capítulo sobre português tem a assinatura da professora Heloísa Ramos, apresenta exemplos de trechos oriundos do português falado brasileiro, os quais estão em discordância com a denominada pela autora ―norma culta‖, motivo principal causador da massiva quantidade de críticas destinadas a ela e ao ministério por parte da mídia e da sociedade como um todo. Esse conflito tão ferrenho que se estabeleceu entre linguistas de um lado, e gramáticos e professores de português conservadores (apoiados pela sociedade) de outro, vai ao encontro da problematização citada anteriormente: foi preciso rever o próprio conceito de preconceito, com o apoio teórico da Sociologia, para que então fosse reformulado o conceito de preconceito para a Sociolinguística, ou seja, o preconceito linguístico. Mais que isso, foi necessário trabalhar um fator que, em verdade, é determinante para que se analise criticamente o preconceito, sobretudo o linguístico: o viés da sociedade e dos grupos sociais. Ao final são avaliados os ganhos e perdas da discussão da variação e do preconceito linguístico no ambiente escolar. |
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Giácomo, Henrique AzeredoGoldnadel, Marcos2011-09-22T06:01:37Z2011http://hdl.handle.net/10183/31915000785065O presente trabalho visa problematizar o conceito de ―preconceito linguístico‖, permeando a abordagem que o termo recebe por parte de linguistas e professores de Ensino Superior de Letras até o impacto que gera no aluno ingressante no curso em questão e na sociedade como um todo. O fator motivador principal para a iniciação do projeto foi a releitura do livro ―Preconceito Linguístico: o que é, como se faz‖, de Marcos Bagno, trabalhado na primeira etapa do curso de Letras da UFRGS e de outras instituições de nível superior. Uma visão mais analítica da obra deixa em exposição problemas de coesão e coerência, bem como carência de base teórica na exposição de certos argumentos, o que torna questionável sua utilização por parte de futuros profissionais da língua, sobretudo alunos iniciantes. No período de confecção deste trabalho, eclodiu uma polêmica de nível nacional, gerada pela aprovação por parte do MEC de um material didático de Língua Portuguesa destinado a alunos de EJA. Tal livro, cujo capítulo sobre português tem a assinatura da professora Heloísa Ramos, apresenta exemplos de trechos oriundos do português falado brasileiro, os quais estão em discordância com a denominada pela autora ―norma culta‖, motivo principal causador da massiva quantidade de críticas destinadas a ela e ao ministério por parte da mídia e da sociedade como um todo. Esse conflito tão ferrenho que se estabeleceu entre linguistas de um lado, e gramáticos e professores de português conservadores (apoiados pela sociedade) de outro, vai ao encontro da problematização citada anteriormente: foi preciso rever o próprio conceito de preconceito, com o apoio teórico da Sociologia, para que então fosse reformulado o conceito de preconceito para a Sociolinguística, ou seja, o preconceito linguístico. Mais que isso, foi necessário trabalhar um fator que, em verdade, é determinante para que se analise criticamente o preconceito, sobretudo o linguístico: o viés da sociedade e dos grupos sociais. Ao final são avaliados os ganhos e perdas da discussão da variação e do preconceito linguístico no ambiente escolar.This work aims to problematize the concept of ―language bias‖, analyzing from the approach the term is given by linguists and teachers from the course of Letters until the impact it causes on the student who starts the referred course and the society in general. The triggering factor for this project was the reading of ―Preconceito Linguístico: o que é, como se faz‖, by Marcos Bagno, which is studied on the first term of the course of Letters in the federal university of Rio Grande do Sul, Brazil, as well as in other higher education institutions: a more analytical analysis on the piece of work exposes some cohesion and coherence problems, such as lack of theoretical foundation on the building of arguments, which leads the specialists to question its use by the future language teachers or researchers, especially beginners. During the period this research was being made, a polemic issue caused an outbrake in the whole educational system: the Brazilian ministry of culture and education (MEC) approved to be worked on GED school a courseware in which the chapter the deals with Portuguese language (written by former teacher Heloísa Ramos) shows some examples of Portuguese speech, which have dissonance with the standard Portuguese. That was the ignition of the massive criticism that society poured on her and on the ministry. This conflict divided linguists and Grammarians/traditional Portuguese teachers (supported by society as a whole) matches the mentioned problematization: it was necessary to review the very concept of prejudice (based on Sociology) so that Sociolinguistics prejudice (language bias) could be reformulated. Moreover, a factor proved to be essential to be analyzed so that the concept of prejudice found critical ground, especially in terms of linguistics: the point of view of society and social groups. Finally, an overall view is made to evaluate the gains and losses generated by the approach of variation and language bias on school environment.application/pdfporPreconceito lingüísticoSociolingüísticaVariação lingüísticaPrejudiceLanguage biasStandard languageGrammarLinguistic variationDe cara com o preconceito linguístico : os linguístas e a reação social ao reconhecimento da variação na escolainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2011Letras: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000785065.pdf.txt000785065.pdf.txtExtracted Texttext/plain120073http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31915/2/000785065.pdf.txtd567ee4a38a07d80035f5af833538c57MD52ORIGINAL000785065.pdf000785065.pdfTexto completoapplication/pdf655312http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31915/1/000785065.pdf8c41ad03546b2c597dae02a0a2fc8b99MD51THUMBNAIL000785065.pdf.jpg000785065.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1060http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31915/3/000785065.pdf.jpgc7b53219fc401408f96f898a175ae921MD5310183/319152022-08-06 04:49:23.673145oai:www.lume.ufrgs.br:10183/31915Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:49:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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