Construção de escalas clínicas do desenho da figura humana para crianças de 6 a 12 anos : normas e evidências de validade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Sérgio Eduardo Silva de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/95473
Resumo: O Desenho da Figura Humana (DFH) é uma técnica antiga de avaliação psicológica e amplamente utilizada. Contudo sua aplicabilidade e cientificidade ainda são questionadas. Dada a dificuldade de se relacionar o DFH com algum construto psicológico específico e considerando sua capacidade de discriminar crianças com algum tipo de problema psíquico daquelas sadias, foi objetivo desta pesquisa construir escalas clínicas do DFH para crianças de seis a 12 anos de idade. Foram analisados 804 desenhos de dois bancos de dados (Laboratório de Mensuração – LabHutz e Grupo de Estudo, Aplicação e Pesquisa em Avaliação Psicológica – GEAPAP da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS), sendo estes estratificados por sexo (Masculino n=539 e Feminino n=265), faixa etária (6-8 anos n=401 e 9-12 anos n=403) e grupo (Clínico n=403 e Não-Clínico n=401). Foram analisados 103 itens comuns aos dois bancos, os quais foram codificados com concordância entre juízes variando de 82 a 100%. As escalas foram construídas por meio de testes de qui-quadrado (χ2) e de regressão binária logística. Os resultados da construção das escalas indicaram que as escalas das meninas de 6 a 8 e de 9 a 12 anos ficaram com 13 e 11 itens respectivamente, enquanto que as dos meninos de 6 a 8 e de 9 a 12 anos ficaram com 20 e 19 itens respectivamente. O estudo normativo sugeriu os pontos de corte 6 e 4, para as meninas de 8-6 e 9-12 anos respectivamente, e 8 e 6 para os meninos de 8-6 e 9-12 anos respectivamente. A acurácia diagnóstica das escalas apresentou-se adequada sinalizando certa fragilidade nas escalas dos meninos, principalmente os de 9-12 anos. A validade de construto indicou que as escalas do DFH das meninas estão mais relacionadas com problemas de isolamento, sociais, de atenção, de agressividade e de problemas externalizantes. As escalas dos meninos se relacionaram mais com problemas cognitivos e externalizantes. A presente pesquisa propõe uma nova perspectiva para entender o DFH, assim como seu sistema de pontuação. Os resultados, de modo geral, indicam que o instrumento apresenta adequada capacidade de discriminar grupos e validade para indicação de uma avaliação psicológica. Sugerem-se novos estudos, com outras amostras, para verificar a replicabilidade da capacidade discriminativa das escalas.
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