Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viau, Vitória Soares
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/273191
Resumo: Introdução: A sobrevida após o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) pediátrica é desafiadora, exigindo atenção ao estado nutricional, impactado pelo tratamento. Crianças submetidas ao TCTH enfrentam riscos nutricionais devido à demanda energética aumentada durante a doença e tratamento, combinada aos maiores requerimentos em razão do /período de crescimento e desenvolvimento. Sendo assim, é comum que elas necessitem de suporte nutricional. Objetivo: Analisar a Terapia Nutricional Enteral (TNE) nos centros brasileiros de TCTH pediátricos. Metodologia: Foi conduzido um estudo transversal envolvendo centros brasileiros de TCTH pediátrico no período de maio a outubro de 2023, através de um questionário. Resultados: Foram mapeados 17 centros transplantadores que cumpriram os critérios de elegibilidade e responderam ao questionário. Destes, a maioria eram localizados na região sudeste, 7 centros. 9 centros realizavam TCTH pediátrico e adulto e 14 realizavam TCTH autólogo e alogênico. A passagem profilática da sonda nasoenteral (SNE), é adotada por 82,4% dos centros, sendo a primeira escolha a fórmula enteral polimérica em 82,35% e 82,4% utilizam as fórmulas normocalóricas (0,9 - 1,2 kcal/ml) como a primeira escolha na TNE. A conduta mais utilizada em casos de sintomas gastrointestinais adversos foi a “diminuição do volume da dieta enteral” (30,6%). A maioria dos centros (47,06%) costuma utilizar fórmulas enterais destinadas a adultos em crianças a partir de 10 anos, devido à falta de fórmulas apropriadas para a faixa etária entre 10 e 18 anos. Conclusão: A TNE é reconhecida como uma opção segura e eficaz para no TCTH pediátrico, tanto como primeira escolha de TN, como quanto o seu uso profilático, indo de encontro aos achados no presente estudo. Em relação a escolha da fórmula padrão para esses pacientes e para a faixa etária dos 10 aos 18 anos, carecem de estudos que esclareçam as abordagens mais eficazes, que levem em conta as necessidades energéticas aumentadas nessa população, além dos sintomas gastrointestinais que podem afetar a tolerância à TNE em crianças e adolescentes durante o TCTH.
id UFRGS-2_eb35ab0361606f1079b720507ee4ce28
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/273191
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Viau, Vitória SoaresBehling, Estela BeatrizSilva, Andressa Florencio da2024-03-09T05:03:06Z2024http://hdl.handle.net/10183/273191001197942Introdução: A sobrevida após o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) pediátrica é desafiadora, exigindo atenção ao estado nutricional, impactado pelo tratamento. Crianças submetidas ao TCTH enfrentam riscos nutricionais devido à demanda energética aumentada durante a doença e tratamento, combinada aos maiores requerimentos em razão do /período de crescimento e desenvolvimento. Sendo assim, é comum que elas necessitem de suporte nutricional. Objetivo: Analisar a Terapia Nutricional Enteral (TNE) nos centros brasileiros de TCTH pediátricos. Metodologia: Foi conduzido um estudo transversal envolvendo centros brasileiros de TCTH pediátrico no período de maio a outubro de 2023, através de um questionário. Resultados: Foram mapeados 17 centros transplantadores que cumpriram os critérios de elegibilidade e responderam ao questionário. Destes, a maioria eram localizados na região sudeste, 7 centros. 9 centros realizavam TCTH pediátrico e adulto e 14 realizavam TCTH autólogo e alogênico. A passagem profilática da sonda nasoenteral (SNE), é adotada por 82,4% dos centros, sendo a primeira escolha a fórmula enteral polimérica em 82,35% e 82,4% utilizam as fórmulas normocalóricas (0,9 - 1,2 kcal/ml) como a primeira escolha na TNE. A conduta mais utilizada em casos de sintomas gastrointestinais adversos foi a “diminuição do volume da dieta enteral” (30,6%). A maioria dos centros (47,06%) costuma utilizar fórmulas enterais destinadas a adultos em crianças a partir de 10 anos, devido à falta de fórmulas apropriadas para a faixa etária entre 10 e 18 anos. Conclusão: A TNE é reconhecida como uma opção segura e eficaz para no TCTH pediátrico, tanto como primeira escolha de TN, como quanto o seu uso profilático, indo de encontro aos achados no presente estudo. Em relação a escolha da fórmula padrão para esses pacientes e para a faixa etária dos 10 aos 18 anos, carecem de estudos que esclareçam as abordagens mais eficazes, que levem em conta as necessidades energéticas aumentadas nessa população, além dos sintomas gastrointestinais que podem afetar a tolerância à TNE em crianças e adolescentes durante o TCTH.Introduction: Survival following pediatric hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) is challenging, requiring attention to nutritional status impacted by the treatment. Children undergoing HSCT face nutritional risks due to increased demand during illness and treatment, combined with higher requirements due to the period of growth and development. Consequently, it is common for them to require nutritional support. Objective: Analyze Enteral Nutritional Therapy (ENT) in Brazilian Pediatric HSCT centers. Methodology: A cross-sectional study was conducted involving Brazilian pediatric HSCT centers from May to October 2023, through a questionnaire. Results: Seventeen transplant centers that met the eligibility criteria and responded to the questionnaire were mapped. The majority were located in the southeast region, with 7 centers. Nine centers performed pediatric and adult HSCT, while 14 conducted autologous and allogeneic HSCT. Prophylactic nasoenteral tube (NET) placement was adopted by 82.4% of the centers, with polymeric enteral formula being the first choice in 82.35% of cases, and 82.4% using normocaloric formulas (0.9 - 1.2 kcal/ml) as the first choice in ENT. Conclusion: ENT is recognized as a safe and effective option for pediatric HSCT, both as the first choice of NT and in its prophylactic use, aligning with the findings in the present study. Regarding the choice of the standard formula for these patients and for the age group from 10 to 18 years, there is a lack of studies that elucidate the most effective approaches, taking into consideration the increased energy needs in this population, in addition to the gastrointestinal symptoms that can affect the tolerance to ENT in children and adolescents during HSCT.application/pdfporTransplante de células-tronco hematopoéticasNutrição enteralDesnutriçãoHematopoietic stem cell transplantationNutritional supportChild nutritionMalnutritionPráticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2024Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001197942.pdf.txt001197942.pdf.txtExtracted Texttext/plain35587http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273191/2/001197942.pdf.txtba9d916ca0c098f1f76fcb5d4142288eMD52ORIGINAL001197942.pdfTexto parcialapplication/pdf326345http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273191/1/001197942.pdfb219722f9c72aa2776ae0690e45a2ee9MD5110183/2731912024-03-10 04:53:44.389073oai:www.lume.ufrgs.br:10183/273191Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-10T07:53:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
title Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
spellingShingle Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
Viau, Vitória Soares
Transplante de células-tronco hematopoéticas
Nutrição enteral
Desnutrição
Hematopoietic stem cell transplantation
Nutritional support
Child nutrition
Malnutrition
title_short Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
title_full Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
title_fullStr Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
title_full_unstemmed Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
title_sort Práticas de terapia nutricional enteral pediátrica nos centros transplantadores de células tronco hematopoéticas no Brasil
author Viau, Vitória Soares
author_facet Viau, Vitória Soares
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Viau, Vitória Soares
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Behling, Estela Beatriz
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Silva, Andressa Florencio da
contributor_str_mv Behling, Estela Beatriz
Silva, Andressa Florencio da
dc.subject.por.fl_str_mv Transplante de células-tronco hematopoéticas
Nutrição enteral
Desnutrição
topic Transplante de células-tronco hematopoéticas
Nutrição enteral
Desnutrição
Hematopoietic stem cell transplantation
Nutritional support
Child nutrition
Malnutrition
dc.subject.eng.fl_str_mv Hematopoietic stem cell transplantation
Nutritional support
Child nutrition
Malnutrition
description Introdução: A sobrevida após o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) pediátrica é desafiadora, exigindo atenção ao estado nutricional, impactado pelo tratamento. Crianças submetidas ao TCTH enfrentam riscos nutricionais devido à demanda energética aumentada durante a doença e tratamento, combinada aos maiores requerimentos em razão do /período de crescimento e desenvolvimento. Sendo assim, é comum que elas necessitem de suporte nutricional. Objetivo: Analisar a Terapia Nutricional Enteral (TNE) nos centros brasileiros de TCTH pediátricos. Metodologia: Foi conduzido um estudo transversal envolvendo centros brasileiros de TCTH pediátrico no período de maio a outubro de 2023, através de um questionário. Resultados: Foram mapeados 17 centros transplantadores que cumpriram os critérios de elegibilidade e responderam ao questionário. Destes, a maioria eram localizados na região sudeste, 7 centros. 9 centros realizavam TCTH pediátrico e adulto e 14 realizavam TCTH autólogo e alogênico. A passagem profilática da sonda nasoenteral (SNE), é adotada por 82,4% dos centros, sendo a primeira escolha a fórmula enteral polimérica em 82,35% e 82,4% utilizam as fórmulas normocalóricas (0,9 - 1,2 kcal/ml) como a primeira escolha na TNE. A conduta mais utilizada em casos de sintomas gastrointestinais adversos foi a “diminuição do volume da dieta enteral” (30,6%). A maioria dos centros (47,06%) costuma utilizar fórmulas enterais destinadas a adultos em crianças a partir de 10 anos, devido à falta de fórmulas apropriadas para a faixa etária entre 10 e 18 anos. Conclusão: A TNE é reconhecida como uma opção segura e eficaz para no TCTH pediátrico, tanto como primeira escolha de TN, como quanto o seu uso profilático, indo de encontro aos achados no presente estudo. Em relação a escolha da fórmula padrão para esses pacientes e para a faixa etária dos 10 aos 18 anos, carecem de estudos que esclareçam as abordagens mais eficazes, que levem em conta as necessidades energéticas aumentadas nessa população, além dos sintomas gastrointestinais que podem afetar a tolerância à TNE em crianças e adolescentes durante o TCTH.
publishDate 2024
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-03-09T05:03:06Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2024
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/273191
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001197942
url http://hdl.handle.net/10183/273191
identifier_str_mv 001197942
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273191/2/001197942.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273191/1/001197942.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv ba9d916ca0c098f1f76fcb5d4142288e
b219722f9c72aa2776ae0690e45a2ee9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447361192722432