Desospitalização da criança dependente de tecnologia em saúde : um olhar sobre a atuação do enfermeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/219089 |
Resumo: | Introdução: Crianças dependentes de tecnologia em saúde são crianças com necessidades especiais de saúde (CRIANES) que necessitam de cuidados complexos para a manutenção da vida. As condições crônicas complexas em saúde na população pediátrica têm demandado cuidados cada vez maiores e cuidados por profissionais qualificados, devido aos avanços tecnológicos e em pesquisas na área da saúde que possibilitam a continuação da vida dessas crianças. Cuidar de CRIANES representa um desafio tanto para a família, quanto para a equipe de saúde. É essencial que o enfermeiro atue junto à família para prestar os cuidados em saúde que cuidadores familiares necessitam, não apenas durante a internação, mas no ambiente domiciliar. O enfermeiro possui expertise para potencializar as habilidades e competências para o cuidador prover o cuidado durante o processo de desospitalização, de forma segura e continuada, através das redes de atenção domiciliar e ambulatorial. QUESTÃO NORTEADORA: Como o enfermeiro atua no processo de desospitalização e na transição do cuidado da criança dependente de tecnologia em saúde nos diferentes níveis de atenção à saúde? OBJETIVOS: Conhecer a atuação do enfermeiro no processo de desospitalização e na transição do cuidado da criança dependente de tecnologia em saúde nos diferentes níveis de atenção à saúde, analisar os mecanismos utilizados pelo enfermeiro na capacitação do cuidador para a transição do cuidado da criança dependente de tecnologia em saúde para os diferentes níveis de atenção (internação pediátrica, ambulatório e atenção básica), descrever as percepções e experiências dos enfermeiros (as) pediatras referentes às capacitações dos familiares para a alta hospitalar e identificar estratégias utilizadas pelos enfermeiros para capacitação dos cuidadores familiares sobre os cuidados específicos às demandas de saúde da criança/adolescente no domicílio. MÉTODO: Estudo exploratório descritivo de abordagem qualitativa. Analisa a atuação do enfermeiro no processo de desospitalização da criança dependente de tecnologia em saúde nos diferentes níveis de atenção à saúde. Participaram treze (13) enfermeiros (as) da internação pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Ambulatório de Enfermagem Pediátrica do HCPA e enfermeiros da Atenção Básica que prestam assistência aos pacientes referenciados pelos profissionais da internação pediátrica e do ambulatório do HCPA. Esses enfermeiros realizam capacitações e acompanhamento dos cuidadores familiares das CRIANES por meio do Programa de Apoio à Família (PAF), Programa de Reabilitação Intestinal, Programa Enfermagem no Transplante Hepático Infantil, Programa Enfermagem na Fibrose Cística, ou estratégias específicas (Cuidados com estomias, lesão de pele, e capacitações para leigos em ressuscitação cardiorrespiratória). Os materiais qualitativos foram obtidos por meio de entrevistas individuais, semiestruturadas, online ou presenciais, agendadas, gravadas e transcritas pela pesquisadora. Para análise dos dados foi utilizada a técnica de análise temática de conteúdo. Resultados: A capacitação dos familiares para o cuidado é realizada mediante estratégias específicas e a transição do cuidado é desenvolvida pela maioria dos enfermeiros, articulada com os profissionais da rede. Assim, emergiram como temas: Cuidado de enfermagem à família e à criança dependente de tecnologia em saúde; Desospitalização: alta hospitalar e a transição do cuidado; Um Olhar para a Prevenção de Reinternações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo possibilitou verificar as estratégias que os enfermeiros realizam durante o processo de desospitalização de CRIANES nos diferentes níveis de atenção à saúde. Esses profissionais possuem expertise para capacitar e apoiar a família que precisa realizar os cuidados em saúde. Contudo, o sistema de saúde ainda possui fragilidades para incluir a totalidade dos pacientes que necessitam de amparo e cuidados pós-alta hospitalar. Dentre as limitações do estudo, destaca-se o fato de poucos estudos abordarem a continuidade de cuidado de CRIANES sob a ótica da transição do cuidado. Nessa perspectiva, recomenda-se a realização de novos estudos privilegiando o processo de desospitalização sob a ótica de cuidadores profissionais e cuidadores familiares. Além da iniciativa de programar capacitações continuadas após a alta hospitalar aos familiares que cuidam dessas crianças. |
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