'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/29267 |
Resumo: | Esta pesquisa procura analisar como se dá a construção de identidades juvenis, por meio de determinadas práticas culturais populares de um grupo específico de jovens pobres e negros, na sua maioria, habitantes de um bairro localizado na periferia de Porto Alegre/RS. Utilizando uma abordagem etnográfica, esta investigação é direcionada a uma parcela de jovens, moradores de uma vila localizada no bairro Bom Jesus, que procuram ter visibilidade e construir sua socialização através de manifestações culturais que dialogam intensamente com o Movimento Hip Hop. Para tanto, fazem uso, principalmente, de dois elementos que o compõem: o Rap e o Graffiti como produção cultural e, através dos quai podem evidenciar suas capacidades de protagonismo juvenil. Neste estudo, procura-se evidenciar a existência de um território criativo, pulsante, sem estigmas, onde estes jovens atuam ligados a um movimento que acredita em outros saberes e, através de algumas práticas culturais específicas, os mesmos se descobrem, problematizam, assumem suas identidades. É a partir de um território invisível, considerado socialmente à margem, que estes sujeitos sociais se mostram apresentando seus discursos, constituindo suas tribos, desvelando um estilo de vida rap, desenvolvendo suas capacidades sensíveis, construindo sua autonomia, sua marca de pertencimento social. Pertencimento este, que é construído, principalmente, pela apropriação dos números 470, prefixo da linha de ônibus do bairro. Mais do que isso, o 470, para além de ser uma marca visual e simbólica, passa a se constituir como uma demarcação de território, uma inscrição, uma identificação social destes jovens. Através de seus diferentes modos de ser e estar jovens, aliados a aspectos mesclados entre si (como classe social, etnia e gênero) e imbricados com outros elementos culturais trazidos por eles, é que se vai tratar do conceito do termo juventude no plural; ou seja: juventudes. Nesta ação investigativa, orientada por contribuições teóricas dos Estudos Culturais, aliada aos campos da Cultura Visual, da Arte e da Educação, deseja-se direcionar outros olhares sobre este grupo em questão, numa perspectiva de compreensão mais totalizante desses jovens com quem se trabalha e se convive, dentro e fora da escola. |
id |
UFRGS-2_ed17d7b52f6e6d681e34dc530a73463e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/29267 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Custódio, Jusçara MadalenaLoponte, Luciana Gruppelli2011-06-01T06:00:32Z2011http://hdl.handle.net/10183/29267000776302Esta pesquisa procura analisar como se dá a construção de identidades juvenis, por meio de determinadas práticas culturais populares de um grupo específico de jovens pobres e negros, na sua maioria, habitantes de um bairro localizado na periferia de Porto Alegre/RS. Utilizando uma abordagem etnográfica, esta investigação é direcionada a uma parcela de jovens, moradores de uma vila localizada no bairro Bom Jesus, que procuram ter visibilidade e construir sua socialização através de manifestações culturais que dialogam intensamente com o Movimento Hip Hop. Para tanto, fazem uso, principalmente, de dois elementos que o compõem: o Rap e o Graffiti como produção cultural e, através dos quai podem evidenciar suas capacidades de protagonismo juvenil. Neste estudo, procura-se evidenciar a existência de um território criativo, pulsante, sem estigmas, onde estes jovens atuam ligados a um movimento que acredita em outros saberes e, através de algumas práticas culturais específicas, os mesmos se descobrem, problematizam, assumem suas identidades. É a partir de um território invisível, considerado socialmente à margem, que estes sujeitos sociais se mostram apresentando seus discursos, constituindo suas tribos, desvelando um estilo de vida rap, desenvolvendo suas capacidades sensíveis, construindo sua autonomia, sua marca de pertencimento social. Pertencimento este, que é construído, principalmente, pela apropriação dos números 470, prefixo da linha de ônibus do bairro. Mais do que isso, o 470, para além de ser uma marca visual e simbólica, passa a se constituir como uma demarcação de território, uma inscrição, uma identificação social destes jovens. Através de seus diferentes modos de ser e estar jovens, aliados a aspectos mesclados entre si (como classe social, etnia e gênero) e imbricados com outros elementos culturais trazidos por eles, é que se vai tratar do conceito do termo juventude no plural; ou seja: juventudes. Nesta ação investigativa, orientada por contribuições teóricas dos Estudos Culturais, aliada aos campos da Cultura Visual, da Arte e da Educação, deseja-se direcionar outros olhares sobre este grupo em questão, numa perspectiva de compreensão mais totalizante desses jovens com quem se trabalha e se convive, dentro e fora da escola.application/pdfporJuventudeIdentidadePeriferia urbana'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbanainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2011especializaçãoCurso de Especialização em Pedagogia da Arteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000776302.pdf.txt000776302.pdf.txtExtracted Texttext/plain93030http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29267/2/000776302.pdf.txtc6ec52f8fb35080d2562388e2cd29ac6MD52ORIGINAL000776302.pdf000776302.pdfTexto completoapplication/pdf4248906http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29267/1/000776302.pdf2d5c8d09ace9b8a232d667f5b6b5500aMD51THUMBNAIL000776302.pdf.jpg000776302.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1428http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29267/3/000776302.pdf.jpg7cf939302bc187bdbc0c450abf3f1a0eMD5310183/292672018-10-09 09:19:04.15oai:www.lume.ufrgs.br:10183/29267Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-09T12:19:04Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana |
title |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana |
spellingShingle |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana Custódio, Jusçara Madalena Juventude Identidade Periferia urbana |
title_short |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana |
title_full |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana |
title_fullStr |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana |
title_full_unstemmed |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana |
title_sort |
'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana |
author |
Custódio, Jusçara Madalena |
author_facet |
Custódio, Jusçara Madalena |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Custódio, Jusçara Madalena |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Loponte, Luciana Gruppelli |
contributor_str_mv |
Loponte, Luciana Gruppelli |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Juventude Identidade Periferia urbana |
topic |
Juventude Identidade Periferia urbana |
description |
Esta pesquisa procura analisar como se dá a construção de identidades juvenis, por meio de determinadas práticas culturais populares de um grupo específico de jovens pobres e negros, na sua maioria, habitantes de um bairro localizado na periferia de Porto Alegre/RS. Utilizando uma abordagem etnográfica, esta investigação é direcionada a uma parcela de jovens, moradores de uma vila localizada no bairro Bom Jesus, que procuram ter visibilidade e construir sua socialização através de manifestações culturais que dialogam intensamente com o Movimento Hip Hop. Para tanto, fazem uso, principalmente, de dois elementos que o compõem: o Rap e o Graffiti como produção cultural e, através dos quai podem evidenciar suas capacidades de protagonismo juvenil. Neste estudo, procura-se evidenciar a existência de um território criativo, pulsante, sem estigmas, onde estes jovens atuam ligados a um movimento que acredita em outros saberes e, através de algumas práticas culturais específicas, os mesmos se descobrem, problematizam, assumem suas identidades. É a partir de um território invisível, considerado socialmente à margem, que estes sujeitos sociais se mostram apresentando seus discursos, constituindo suas tribos, desvelando um estilo de vida rap, desenvolvendo suas capacidades sensíveis, construindo sua autonomia, sua marca de pertencimento social. Pertencimento este, que é construído, principalmente, pela apropriação dos números 470, prefixo da linha de ônibus do bairro. Mais do que isso, o 470, para além de ser uma marca visual e simbólica, passa a se constituir como uma demarcação de território, uma inscrição, uma identificação social destes jovens. Através de seus diferentes modos de ser e estar jovens, aliados a aspectos mesclados entre si (como classe social, etnia e gênero) e imbricados com outros elementos culturais trazidos por eles, é que se vai tratar do conceito do termo juventude no plural; ou seja: juventudes. Nesta ação investigativa, orientada por contribuições teóricas dos Estudos Culturais, aliada aos campos da Cultura Visual, da Arte e da Educação, deseja-se direcionar outros olhares sobre este grupo em questão, numa perspectiva de compreensão mais totalizante desses jovens com quem se trabalha e se convive, dentro e fora da escola. |
publishDate |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2011-06-01T06:00:32Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/29267 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000776302 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/29267 |
identifier_str_mv |
000776302 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29267/2/000776302.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29267/1/000776302.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29267/3/000776302.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c6ec52f8fb35080d2562388e2cd29ac6 2d5c8d09ace9b8a232d667f5b6b5500a 7cf939302bc187bdbc0c450abf3f1a0e |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447058464636928 |