Mapeamento de inundação por imagens de radar de abertura sintética do satélite Sentinel-1
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/277011 |
Resumo: | As inundações afetam mais pessoas que qualquer outro desastre natural. Inundações urbanas são causadas pela ocupação de áreas ribeirinhas, pela urbanização das bacias hidrográficas ou ainda pela combinação desses dois fatores. Os danos diretos desses desastres são a destruição de estruturas e construções, mortes por afogamento e gastos com reconstrução. Em médio e longo prazo há também riscos para a saúde humana. O mapeamento de inundações auxilia as ações de resposta ao desastre, como salvamentos e mitigação de danos. O mapeamento com imagens de satélite é realizado frequentemente com satélites do espectro óptico, por apresentarem baixo custo e grande disponibilidade com altas resoluções. Por outro lado, há alguns anos está ocorrendo uma popularização de imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR), que são capazes de mapear regiões com cobertura de nuvens, uma das limitações das imagens ópticas que é uma grande desvantagem em mapeamento de desastres naturais como os causados por inundações. Um dos satélites SAR gratuitos, com resolução e frequência de imagens relativamente altas é o Sentinel-1 da Agência Espacial Europeia (ESA). O Sentinel-1 possui resolução espacial de 20 m e teve o lançamento do primeiro satélite em 2014, com um tempo de revisita de 12 dias. Este trabalho teve como objetivo propor e avaliar uma metodologia de pré-processamento e processamento de imagens do Sentinel-1 para mapeamento de inundação e aplicá-la em evento de cheia ocorrido em outubro de 2015 na região do Baixo Jacuí (RS). Foi selecionada a imagem Sentinel-1 com maior inundação durante o evento, do dia 14/10/2015 e adquirido um produto Landsat 8 da região de estudo com a mesma data, que foi utilizado para comparação dos resultados. Na imagem Sentinel-1 aplicou-se pré-processamento indicado em bibliografia e, para redução de distorções, foi adicionada etapa de nivelamento de terreno. O pré-processamento foi feito utilizando três filtros speckle diferentes – Frost, Lee Sigma e Refined Lee – e as duas polarizações disponíveis da imagem – VH e VV – gerando seis combinações. A classificação para gerar a máscara de água foi realizada pela análise dos valores de pixel em áreas inundadas e separação em duas classes, “água” e “não água”. Durante o processamento das imagens foi aplicado filtro com o modelo HAND (Height Above the Nearest Drainage), em que áreas que estivessem mais de 15 metros acima de um corpo hídrico foram retiradas da classe de água, para manter apenas regiões onde pode ocorrer inundação. Esse processo foi bastante efetivo na retirada de ruídos das imagens. Por fim, a metodologia foi aplicada em imagens de quatro dias diferentes durante a inundação e em um dia sem inundação. Os resultados apresentaram uma melhoria no aspecto da imagem após a aplicação do nivelamento do terreno. Os valores em decibéis encontrados para classificação das imagens foram na faixa de -22 decibéis para polarização VH e de -12 decibéis para polarização VV. Sem a realização da filtragem com o modelo HAND, a polarização VH apresentou melhor desempenho. Após o filtro com valores de HAND até 15 metros, a redução dos ruídos da imagem foi bastante perceptível. A polarização com melhores resultados foi a VV com o filtro Lee Sigma, que apresentou índice de sucesso crítico de 0,86 e índice de concordância Kappa de 0,92. Com a metodologia avaliada aplicada para o evento de inundação em estudo foi possível observar o crescimento e a regressão da mancha de inundação. Conclui-se que a metodologia sugerida pelo trabalho apresentou um bom desempenho e contribui para a evolução dos conhecimentos sobre o mapeamento de inundações com imagens SAR do Sentinel-1, por meio da avaliação de processamentos que auxiliam no aumento da precisão dos resultados. |
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Neves, Luísa HeineckPaiva, Rodrigo Cauduro Dias deRuhoff, Anderson LuisGarrafiel, Gabrielle Fernandes2024-08-07T06:14:56Z2019http://hdl.handle.net/10183/277011001207565As inundações afetam mais pessoas que qualquer outro desastre natural. Inundações urbanas são causadas pela ocupação de áreas ribeirinhas, pela urbanização das bacias hidrográficas ou ainda pela combinação desses dois fatores. Os danos diretos desses desastres são a destruição de estruturas e construções, mortes por afogamento e gastos com reconstrução. Em médio e longo prazo há também riscos para a saúde humana. O mapeamento de inundações auxilia as ações de resposta ao desastre, como salvamentos e mitigação de danos. O mapeamento com imagens de satélite é realizado frequentemente com satélites do espectro óptico, por apresentarem baixo custo e grande disponibilidade com altas resoluções. Por outro lado, há alguns anos está ocorrendo uma popularização de imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR), que são capazes de mapear regiões com cobertura de nuvens, uma das limitações das imagens ópticas que é uma grande desvantagem em mapeamento de desastres naturais como os causados por inundações. Um dos satélites SAR gratuitos, com resolução e frequência de imagens relativamente altas é o Sentinel-1 da Agência Espacial Europeia (ESA). O Sentinel-1 possui resolução espacial de 20 m e teve o lançamento do primeiro satélite em 2014, com um tempo de revisita de 12 dias. Este trabalho teve como objetivo propor e avaliar uma metodologia de pré-processamento e processamento de imagens do Sentinel-1 para mapeamento de inundação e aplicá-la em evento de cheia ocorrido em outubro de 2015 na região do Baixo Jacuí (RS). Foi selecionada a imagem Sentinel-1 com maior inundação durante o evento, do dia 14/10/2015 e adquirido um produto Landsat 8 da região de estudo com a mesma data, que foi utilizado para comparação dos resultados. Na imagem Sentinel-1 aplicou-se pré-processamento indicado em bibliografia e, para redução de distorções, foi adicionada etapa de nivelamento de terreno. O pré-processamento foi feito utilizando três filtros speckle diferentes – Frost, Lee Sigma e Refined Lee – e as duas polarizações disponíveis da imagem – VH e VV – gerando seis combinações. A classificação para gerar a máscara de água foi realizada pela análise dos valores de pixel em áreas inundadas e separação em duas classes, “água” e “não água”. Durante o processamento das imagens foi aplicado filtro com o modelo HAND (Height Above the Nearest Drainage), em que áreas que estivessem mais de 15 metros acima de um corpo hídrico foram retiradas da classe de água, para manter apenas regiões onde pode ocorrer inundação. Esse processo foi bastante efetivo na retirada de ruídos das imagens. Por fim, a metodologia foi aplicada em imagens de quatro dias diferentes durante a inundação e em um dia sem inundação. Os resultados apresentaram uma melhoria no aspecto da imagem após a aplicação do nivelamento do terreno. Os valores em decibéis encontrados para classificação das imagens foram na faixa de -22 decibéis para polarização VH e de -12 decibéis para polarização VV. Sem a realização da filtragem com o modelo HAND, a polarização VH apresentou melhor desempenho. Após o filtro com valores de HAND até 15 metros, a redução dos ruídos da imagem foi bastante perceptível. A polarização com melhores resultados foi a VV com o filtro Lee Sigma, que apresentou índice de sucesso crítico de 0,86 e índice de concordância Kappa de 0,92. Com a metodologia avaliada aplicada para o evento de inundação em estudo foi possível observar o crescimento e a regressão da mancha de inundação. Conclui-se que a metodologia sugerida pelo trabalho apresentou um bom desempenho e contribui para a evolução dos conhecimentos sobre o mapeamento de inundações com imagens SAR do Sentinel-1, por meio da avaliação de processamentos que auxiliam no aumento da precisão dos resultados.Floods affects more people than any other natural disaster. Urban flooding is caused by the occupation of riverine areas, the urbanization of watersheds or the combination of these two factors. Direct damages of these disasters are the destruction of electrical structures and buildings, deaths by drowning and reconstruction costs. In medium and long terms there are also risks to human health. Flood mapping assists disaster response actions such as rescue and damage mitigation. Mapping with satellite imagery is often performed with optical spectrum satellites because of their low cost, substantial availability and high resolutions. On the other hand, a few years ago there has been a popularization of Synthetic Aperture Radar (SAR) images, which are able to map cloud-covered regions, one of the limitations of optical images that is a major disadvantage in mapping natural disasters such as floods. One of the free SAR satellites with relatively high resolution and frequency of images is the European Space Agency (ESA) Sentinel-1. Sentinel-1 has a spatial resolution of 20 m and had the first satellite launch in 2014, with a revisit time of 12 days. This work aimed to propose and evaluate a Sentinel-1 pre- processing and image processing methodology for flood mapping and to apply it to a flood event that occurred in October 2015 in Baixo Jacuí (RS) region. The most flooded Sentinel-1 image during the event (October 14, 2015) was selected and a Landsat 8 product from the study area of the same date was acquired and used to compare the results. In the Sentinel-1 image, preprocessing indicated in the bibliography was applied and, to reduce distortions, a terrain flattening step was added. Preprocessing was done using three different speckle filters - Frost, Lee Sigma and Refined Lee - and the two available image polarizations - VH and VV -, yielding six combinations. The classification to generate the water mask was performed by the analysis of pixel values in flooded areas and separation into two classes, “water” and “non water”. During image processing a filter was applied with the Height Above the Nearest Drainage (HAND) model, in which areas that were more than 15 meters above a water body were removed from the water class to maintain only regions where flooding may occur. This process was very effective in removing noise from the images. Finally, the methodology was applied to images of four different days during the flood and one day without flood. The results showed an improvement in the image aspect after applying the leveling of the terrain. The decibel values found for image classification were in the range of -22 decibels for VH polarization and -12 decibels for VV polarization. Without HAND filtering, VH polarization presented better performance. After the filter with HAND for values up to 15 meters, the reduction of image noise was quite noticeable. The polarization with the best results was the VV with Lee Sigma filter, which presented critical success rate of 0.86 and Kappa agreement index of 0.92. With the evaluated methodology applied to the flood event under study it was possible to observe the growth and regression of the flood. It is concluded that the methodology suggested by this work presented a good performance and contributes to the evolution of knowledge about the flood mapping with Sentinel-1 SAR images by evaluating processing that assists in increasing the accuracy of results.application/pdfporInundações urbanasMapeamento de inundaçõesSensoriamento remotoProcessamento de imagensImagens SARFloodMappingSentinel-1Synthetic aperture radarMapeamento de inundação por imagens de radar de abertura sintética do satélite Sentinel-1info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Pesquisas HidráulicasEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2019Engenharia Ambientalgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001207565.pdf.txt001207565.pdf.txtExtracted Texttext/plain112064http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/277011/2/001207565.pdf.txta1fdb6ca9f8671c5f852ad4914be9bceMD52ORIGINAL001207565.pdfTexto completoapplication/pdf8730016http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/277011/1/001207565.pdf0d4412a51c3bdbf436cb18d477802e77MD5110183/2770112024-08-08 06:29:06.238612oai:www.lume.ufrgs.br:10183/277011Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-08-08T09:29:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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