Países emergentes, crises e a dinâmica dos fluxos de capitais no sistema monetário internacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Weiss, Maurício Andrade
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Sampaio, Adriano Vilela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/203689
Resumo: Um dos aspectos fundamentais do sistema monetário e financeiro internacional (SMFI) contemporâneo é a alta volatilidade dos fluxos de capitais. Nesse cenário, os fluxos de capitais para os países emergentes são condicionados fundamentalmente pelos ciclos internacionais de liquidez e pelo caráter hierárquico do sistema monetário internacional (SMI). Como consequência, a experiência dos países emergentes que optaram pela estratégia de ampla abertura financeira tem se mostrado insatisfatória frente ao caráter instável dos fluxos. Três fases distintas foram observadas desde a eclosão da crise financeira global de 2008 (CFG): i) a CFG e suas respectivas fases; ii) a política monetária não convencional (PMNC) adotada pelas economias avançadas e a decorrente abundância de liquidez internacional; e iii) as taper talks e o posterior fim das PMNC nos EUA. Constatou-se também que os países emergentes que mantiveram ou acentuaram a opção pela abertura financeira não foram capazes de se proteger adequadamente das oscilações dos fluxos, mesmo aqueles cujos indicadores sugeriam uma baixa vulnerabilidade externa. Em contraste, o emprego de técnicas de gestão de capitais mostrou-se efetivo para atenuar os impactos dos ciclos de liquidez internacional nessas economias.
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