Efeito da energia e da demora de compactação na resistência à compressão simples de misturas solo-cal

• Autor(a) principal: Buffon Junior, João Augusto
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/189191
• topic: Engenharia civil; Pavimentation; Lime estabilization; Compaction soil; Strength

O tratamento de um solo a partir da adição de cal é a mais antiga técnica de modificação química do solo. Essa é desenvolvida em conjunto com o tratamento físico proporcionado pela compactação. A combinação dos métodos pode elevar o desempenho do pavimento, além de resultar em ganhos ambientais e econômicos. No Brasil, a técnica é utilizada em menor escala, devido à carência de documentação técnica qualificada. Dessa forma, esse trabalho foi desenvolvido com o intuito de compreender o efeito de algumas incertezas construtivas no comportamento mecânico de misturas solo-cal quanto ao seu emprego como camada de pavimento. Para isso, foi selecionado um Argissolo Vermelho Amarelo do Estado do Rio de Janeiro, situado em parte do traçado da BR-101, rodovia na qual a técnica já é empregada. O objetivo principal consistiu no estudo dos efeitos da energia e da demora de compactação na resistência à compressão simples (RCS) de diferentes misturas, aos 7 dias de cura. Dessa forma, foram adotadas as energias Proctor Normal e Modificada, com demora entre a mistura e a compactação de 1, 4 e 24 horas. A fim de compreender a influência do tipo de cal e do seu teor, amostras foram moldadas com cal calcítica e dolomítica nos teores de 3 e 5%. A partir dos resultados, verificou-se que, dentre os fatores controláveis estudados, a energia de compactação demonstrou ser o mais significativo, apresentando maiores resistências para os corpos de prova moldados na energia Modificada. Em seguida, o tipo de cal também demonstrou ser significativo, de modo que o emprego da cal calcítica proporcionou melhores resultados. A demora entre a mistura e a compactação de 4 para 24 horas não resultou em diferenças significativas na RCS das misturas, porém verificou-se uma pequena redução na resistência quando compactadas após 1 hora de mistura. Para os níveis analisados, o teor de cal não demonstrou ser significativo. Dessa forma, conclui-se que para aplicação do método, os melhores resultados foram obtidos com o emprego da energia modificada associada a cal calcítica, independentemente do teor, e a demora na compactação deve respeitar os tempos entre 4 e 24 horas. Ressalta-se, no entanto, que os resultados obtidos são restritos aos materiais e condições estudadas.