Microbiota oral acidofilica associada ao uso de prótese em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/152908 |
Resumo: | O objetivo principal deste estudo foi verificar se indivíduos usuários de prótese com DRGE possuem pH e fluxo salivar e microbiota oral acidofílica diferenciados dos indivíduos sem DRGE. Para isso, entre os indivíduos que procuraram atendimento no Ambulatório de gastroenterologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, foram selecionados 40 voluntários, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 80 anos, subdivididos em 4 grupos: A= dentados, sem DRGE; B= dentados, com DRGE; C= edêntulos usuários de prótese total superior, sem DRGE; D= edêntulos com prótese total superior, com DRGE. O diagnóstico da presença de DRGE foi clínico, através dos critérios de Montreal e foi complementado pela consideração de dados dos laudos de Phmetria esofagiana prolongada e de endoscopia digestiva alta. A saliva não-estimulada foi coletada juntamente com o biofilme do palato duro, do dorso da língua, e da região interna da prótese total. Foram aferidos o pH e o fluxo salivar a partir da coleta de saliva não-estimulada, e, através de cultivo em meio específico, foram identificados e contados os seguintes microrganismos: Estreptococos do grupo mutans (EGM), Lactobacillus spp. (L), e Candida spp. (C), além dos anaeróbios totais (AT). Os dados coletados foram tabulados e expressos como mediana (1º–3º quartis), e analisados estatisticamente por meio do Teste de Kruskal Wallis, com nível de significância de 5%. Os níveis de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais estavam aumentados na saliva dos indivíduos edêntulos com DRGE (EGM= 4,08 (3,26-4,89); L= 3,88 (2,17-4,72), C= 2,03 (0-2,85); AT= 7,10 (6,52-7,57)), comparado aos dentados com DRGE (EGM= 2,78 (1,74-3,17); L= 1,33 (0-2,00), C= 0; AT= 6,15 (5,87-6,52)). O grupo de dentados com DRGE (B) apresentaram menor contagem média de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais ao mesmo tempo em que apresentaram maior fluxo salivar (A= 0,50; B= 1,00; C= 0,30; D= 0,28). Embora as limitações do presente estudo, os resultados permitiram concluir que: a) os indivíduos que tem DRGE e usam próteses totais podem apresentar maior contagem de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais na saliva do que os dentados com DRGE; b) o uso da prótese total quando o paciente não tem DRGE, não altera as contagens de microrganismos acidofílicos; c) os indivíduos dentados com DRGE apresentam níveis maiores de fluxo salivar, e, talvez em virtude disto, apresentam menor contagem de microrganismos acidofílicos na saliva comparados aos edêntulos; d) não há diferença de contagem dos microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais da base interna das próteses totais superiores de indivíduos com DRGE; e) a DRGE parece ser uma condição de alteração da quantidade de EGM, Lactobacillus ssp., Candida ssp. e anaeróbios totais na saliva e não nas superfícies bucais estudadas. |
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Oliveira, Fátima Roberta deMengatto, Cristiane Machado2017-02-21T02:27:09Z2013http://hdl.handle.net/10183/152908000899030O objetivo principal deste estudo foi verificar se indivíduos usuários de prótese com DRGE possuem pH e fluxo salivar e microbiota oral acidofílica diferenciados dos indivíduos sem DRGE. Para isso, entre os indivíduos que procuraram atendimento no Ambulatório de gastroenterologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, foram selecionados 40 voluntários, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 80 anos, subdivididos em 4 grupos: A= dentados, sem DRGE; B= dentados, com DRGE; C= edêntulos usuários de prótese total superior, sem DRGE; D= edêntulos com prótese total superior, com DRGE. O diagnóstico da presença de DRGE foi clínico, através dos critérios de Montreal e foi complementado pela consideração de dados dos laudos de Phmetria esofagiana prolongada e de endoscopia digestiva alta. A saliva não-estimulada foi coletada juntamente com o biofilme do palato duro, do dorso da língua, e da região interna da prótese total. Foram aferidos o pH e o fluxo salivar a partir da coleta de saliva não-estimulada, e, através de cultivo em meio específico, foram identificados e contados os seguintes microrganismos: Estreptococos do grupo mutans (EGM), Lactobacillus spp. (L), e Candida spp. (C), além dos anaeróbios totais (AT). Os dados coletados foram tabulados e expressos como mediana (1º–3º quartis), e analisados estatisticamente por meio do Teste de Kruskal Wallis, com nível de significância de 5%. Os níveis de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais estavam aumentados na saliva dos indivíduos edêntulos com DRGE (EGM= 4,08 (3,26-4,89); L= 3,88 (2,17-4,72), C= 2,03 (0-2,85); AT= 7,10 (6,52-7,57)), comparado aos dentados com DRGE (EGM= 2,78 (1,74-3,17); L= 1,33 (0-2,00), C= 0; AT= 6,15 (5,87-6,52)). O grupo de dentados com DRGE (B) apresentaram menor contagem média de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais ao mesmo tempo em que apresentaram maior fluxo salivar (A= 0,50; B= 1,00; C= 0,30; D= 0,28). Embora as limitações do presente estudo, os resultados permitiram concluir que: a) os indivíduos que tem DRGE e usam próteses totais podem apresentar maior contagem de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais na saliva do que os dentados com DRGE; b) o uso da prótese total quando o paciente não tem DRGE, não altera as contagens de microrganismos acidofílicos; c) os indivíduos dentados com DRGE apresentam níveis maiores de fluxo salivar, e, talvez em virtude disto, apresentam menor contagem de microrganismos acidofílicos na saliva comparados aos edêntulos; d) não há diferença de contagem dos microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais da base interna das próteses totais superiores de indivíduos com DRGE; e) a DRGE parece ser uma condição de alteração da quantidade de EGM, Lactobacillus ssp., Candida ssp. e anaeróbios totais na saliva e não nas superfícies bucais estudadas.The main objective of this study was to verify if denture wearers with GERD have altered salivary pH, salivary flow rate and oral acidophilic microbiota compared to individuals without GERD. For that, 40 volunteers of both genders, aged between 18 and 80 years were selected among those who sought care at the Clinic of Gastroenterology, Hospital de Clinicas de Porto Alegre, and were divided into 4 groups: A = dentate, without GERD , B = dentate, with GERD, C = edentulous denture wearers superior, without GERD, D = edentulous denture wearers superior, with GERD. The diagnosis of the presence of GERD was checked clinically using the criteria of Montreal and complemented by esophageal pHmetry and endoscopy. The non-stimulated saliva was collected along with the biofilm of the hard palate, the dorsum of the tongue, and the inner region of the denture. Salivary pH and salivary flow rate were measured from the amount of non-stimulated saliva, and through cultivation in a specific medium. The following microorganisms were identified and counted: Streptococcus mutans (EGM), Lactobacillus spp. (L), Candida spp. (C) and total anaerobes (TA). The collected data were tabulated and expressed as median (1st-3rd quartile), and analyzed statistically using the Kruskal-Wallis test, with significance level of 5%. The levels of acidophilic and anaerobic microorganisms were increased in the saliva of edentulous individuals with GERD (EGM = 4.08 (3.26 to 4.89), L = 3.88 (2.17 to 4.72), C = 2.03 (0 to 2.85), TA = 7.10 (6.52 to 7.57)), compared to dentate with GERD (EGM = 2.78 (1.74 to 3.17), L = 1.33 (0 to 2.00), C = 0, AT = 6.15 (5.87 to 6.52)). The group of dentate with GERD (B) showed lower levels of acidophilic and anaerobic microorganisms and higher salivary flow rate (A = 0.50, B = 1.00, C = 0.30, D = 0, 28). Although the limitations of this study, the results allowed the following conclusion: a) individuals who have GERD and wear complete dentures may have greater acidophilic microorganism count and total anaerobes in saliva than the dentate with GERD; b) the use of complete denture when the patient does not have GERD, does not alter the counts of acidophilic microorganisms; c) the dentate subjects with GERD have higher levels of salivary flow rate, and perhaps by virtue of this, have a lower count acidophilic microorganisms in saliva compared to edentulous; d) there is no difference in the levels of acidophilic and anaerobic microorganisms in the internal base of maxillary dentures of individuals with GERD; e) GERD seems to be a condition that alters the amount of EGM, Lactobacillus spp., Candida ssp. and total anaerobes in the saliva and not on the adhered buccal surfaces studied.application/pdfporBacteriologia bucalPrótese dentáriaOral microbiotaGastroesophageal reflux diseaseGastric ulcerOral cavityMicrobiota oral acidofilica associada ao uso de prótese em pacientes com doença do refluxo gastroesofágicoAcidophilic oral microbiota associated with the use of dentures in patients with gastroesophageal reflux disease info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2013Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000899030.pdf000899030.pdfTexto completoapplication/pdf1263828http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/152908/1/000899030.pdf7da73abcb6256f78c9bc57de48bba379MD51TEXT000899030.pdf.txt000899030.pdf.txtExtracted Texttext/plain65915http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/152908/2/000899030.pdf.txtd96187db84e3c53740bfc5172bf13503MD5210183/1529082017-06-03 02:43:27.292336oai:www.lume.ufrgs.br:10183/152908Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2017-06-03T05:43:27Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O objetivo principal deste estudo foi verificar se indivíduos usuários de prótese com DRGE possuem pH e fluxo salivar e microbiota oral acidofílica diferenciados dos indivíduos sem DRGE. Para isso, entre os indivíduos que procuraram atendimento no Ambulatório de gastroenterologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, foram selecionados 40 voluntários, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 80 anos, subdivididos em 4 grupos: A= dentados, sem DRGE; B= dentados, com DRGE; C= edêntulos usuários de prótese total superior, sem DRGE; D= edêntulos com prótese total superior, com DRGE. O diagnóstico da presença de DRGE foi clínico, através dos critérios de Montreal e foi complementado pela consideração de dados dos laudos de Phmetria esofagiana prolongada e de endoscopia digestiva alta. A saliva não-estimulada foi coletada juntamente com o biofilme do palato duro, do dorso da língua, e da região interna da prótese total. Foram aferidos o pH e o fluxo salivar a partir da coleta de saliva não-estimulada, e, através de cultivo em meio específico, foram identificados e contados os seguintes microrganismos: Estreptococos do grupo mutans (EGM), Lactobacillus spp. (L), e Candida spp. (C), além dos anaeróbios totais (AT). Os dados coletados foram tabulados e expressos como mediana (1º–3º quartis), e analisados estatisticamente por meio do Teste de Kruskal Wallis, com nível de significância de 5%. Os níveis de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais estavam aumentados na saliva dos indivíduos edêntulos com DRGE (EGM= 4,08 (3,26-4,89); L= 3,88 (2,17-4,72), C= 2,03 (0-2,85); AT= 7,10 (6,52-7,57)), comparado aos dentados com DRGE (EGM= 2,78 (1,74-3,17); L= 1,33 (0-2,00), C= 0; AT= 6,15 (5,87-6,52)). O grupo de dentados com DRGE (B) apresentaram menor contagem média de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais ao mesmo tempo em que apresentaram maior fluxo salivar (A= 0,50; B= 1,00; C= 0,30; D= 0,28). Embora as limitações do presente estudo, os resultados permitiram concluir que: a) os indivíduos que tem DRGE e usam próteses totais podem apresentar maior contagem de microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais na saliva do que os dentados com DRGE; b) o uso da prótese total quando o paciente não tem DRGE, não altera as contagens de microrganismos acidofílicos; c) os indivíduos dentados com DRGE apresentam níveis maiores de fluxo salivar, e, talvez em virtude disto, apresentam menor contagem de microrganismos acidofílicos na saliva comparados aos edêntulos; d) não há diferença de contagem dos microrganismos acidofílicos e anaeróbios totais da base interna das próteses totais superiores de indivíduos com DRGE; e) a DRGE parece ser uma condição de alteração da quantidade de EGM, Lactobacillus ssp., Candida ssp. e anaeróbios totais na saliva e não nas superfícies bucais estudadas. |
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