A evolução dos investimentos chineses no sistema energético brasileiro : implicações para a soberania e o desenvolvimento

• Autor(a) principal: Lopes Filho, Carlos Renato da Fonseca Ungaretti
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/239742
• topic: Investimentos estrangeiros; Segurança energética; Cooperação energética; China; Brazil; Energy; Investment; Sovereignty; Development; Global History; History of the Present Tim

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a evolução dos investimentos externos chineses no sistema energético brasileiro, bem como avaliar as implicações e desafios desse processo para o desenvolvimento econômico e para a soberania nacional. Com base nos pressupostos da História Global e de uma perspectiva sistêmica, a estrutura do trabalho encontra-se delineada para, em um primeiro momento, compreender a ascensão chinesa no sistema mundial, de modo a conectar esse fenômeno às relações sino-brasileiras e seu estreitamento a partir do século XXI. Em segundo momento, o objetivo passa a ser a análise da evolução da cooperação energética sino-brasileira, tendo como base documentos de ordem político-diplomática. Posteriormente, é realizado um mapeamento dos Investimentos Externos Diretos (IED) no sistema energético brasileiro, com destaque para os setores elétrico e de petróleo e gás, bem como para o protagonismo das empresas estatais chinesas atuantes em ambos os setores. A partir desse mapeamento, foi realizada uma avaliação a respeito das implicações e desafios desses investimentos para o desenvolvimento e a soberania nacionais, tendo em vista aspectos como a segurança energética brasileira e a nova geopolítica energética. Considerando que a pesquisa se justifica com base no campo de estudos conhecido como História do Tempo Presente, foram estabelecidas conjecturas associadas aos desafios vinculados ao padrão do IED chinês no sistema energético brasileiro, caracterizado pela busca de recursos naturais e aquisição de ativos estratégicos. Sublinhou-se, nesse sentido, a carência de um projeto nacional de desenvolvimento assentado em uma visão estratégica e de longo prazo, entendido enquanto crucial para absorver o excedente de capitais chineses e converter o gigante asiático como um parceiro estratégico do desenvolvimento nacional.