Toxicidade do peptídeo Aβ25-35 em linhagem de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) : padronização do modelo e avaliação da atividade neuroprotetora de isoflavonas da soja
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/72429 |
Resumo: | A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções cognitivas. Acredita-se que seu principal mecanismo patogênico seja a produção e o acúmulo cerebral do peptídeo β-amilóide (Aβ), responsável pelo desencadeamento de processo inflamatório, dano oxidativo e morte neuronal. Células SH-SY5Y tem sido bastante utilizadas como modelo para estudos de neurodegeneração e de neuroproteção, entretanto, não há na literatura, adequada padronização deste modelo para a avaliação da toxicidade do peptídeo Aβ25-35. Por este motivo, este trabalho teve como primeiro objetivo a padronização deste modelo de estudo. Foram comparados diferentes parâmetros para o estabelecimento das condições ideais para reprodução da toxicidade do Aβ: fenótipo celular (células proliferativas ou diferenciadas com ácido retinóico); tempo de exposição ao peptídeo, bem como sua concentração e estado de agregação (fibrilado ou não fibrilado). Observou-se que células diferenciadas por 7 dias com ácido retinóico tornam-se mais sensíveis aos efeitos tóxicos do peptídeo, especificamente em sua forma fibrilada, sendo a morte celular, nestas condições, concentração dependente. Nossos resultados permitiram estabelecer a concentração de 25 μM do Aβ25-35 fibrilado, com 72 horas de exposição a células diferenciadas por 7 dias com ácido retinóico, como a condição ideal para reprodução do modelo de toxicidade do peptídeo. Uma vez estabelecido o modelo, o segundo objetivo deste trabalho foi avaliar a ação neuroprotetora das isoflavonas da soja, genisteína e daizeína, tendo em vista que trabalhos sugerem um aumento no risco de desenvolvimento da DA entre mulheres pós-menopáusicas, bem como uma redução deste risco com o tratamento de reposição hormonal. Os fitoestrógenos, além de compartilharem alguns mecanismos neuroprotetores atribuídos aos estrógenos endógenos, apresentariam a vantagem de serem mais seguros, por não estarem relacionados a aumento no risco carcinogênico. Os resultados obtidos em nosso trabalho apontam uma importante ação neuroprotetora das isoflavonas, isoladas ou associadas, uma vez que foram capazes de reduzir a apoptose e prevenir a necrose desencadeada pelo peptídeo β-amilóide. Em conjunto, nossos dados estabelecem as condições ideais para reprodução de um modelo in vitro para o estudo da toxicidade do peptídeo Aβ25-35 como modelo de DA, e apontam uma importante atividade neuroprotetora dos fitoestrógenos da soja, por mecanismos ainda a serem elucidados. |
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