Análise dos critérios de definição da síndrome metabólica em pacientes com diabetes melito tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Picon, Paula Xavier
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Zanatta, Claudete Maria, Gerchman, Fernando, Zelmanovitz, Themis, Gross, Jorge Luiz, Canani, Luis Henrique Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/39635
Resumo: O objetivo deste estudo é comparar em pacientes com diabetes melito tipo 2 (DM2) a proporção de síndrome metabólica de acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) e a do National Cholesterol Education Program (NCEP), e analisar qual se associa mais à presença das complicações do DM2. Foram avaliados 753 pacientes com DM2 em atendimento ambulatorial, quanto a parâmetros étnicos, antropométricos, laboratoriais e presença das complicações: nefropatia diabética, cardiopatia isquêmica, acidente vascular cerebral, retinopatia diabética e vasculopatia periférica. A resistência insulínica foi estimada através do HOMA-IR. A síndrome metabólica esteve presente em 671 (89%) e 657 (87%) dos pacientes utilizando a definição da OMS e do NCEP, respectivamente. No grupo total, houve uma concordância moderada entre as duas definições (k= 0,54; IC 95% 0,49–0,59), porém foi melhor para negros (k= 0,69; IC 95% 0,6–0,78) do que para brancos (k= 0,54; IC 95% 0,48–0,6) e mulatos (k= 0,26; IC 95% 0,09–0,43). Pacientes com síndrome metabólica pela definição do NCEP apresentaram valores de HOMA-IR maiores que os pacientes sem síndrome metabólica (p= 0,001). Esta diferença não foi encontrada utilizando a definição da OMS (p= 0,152). A proporção das complicações do DM2 foi semelhante nas duas definições. Em conclusão, em relação ao risco de complicações, as duas definições são equivalentes. Entretanto, existe variação na concordância entre as duas definições de acordo com a etnia.
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