Déficit cognitivo e uso crônico de álcool : uma revisão narrativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/236018 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O alcoolismo é um dos principais fatores de risco para morte e incapacitação, além de ser apontado como fator de risco modificável para demência. No entanto, as hipóteses que explicam os prejuízos cognitivos decorrentes do consumo crônico de álcool ainda são pouco debatidas na literatura. OBJETIVO: Avaliar e sumarizar as evidências e hipóteses de maior relevância quanto à etiopatogenia, prevalência, diagnóstico, prognóstico e tratamento do déficit cognitivo associado ao uso crônico de álcool. MÉTODO: Revisão narrativa a partir de estudos que abordam a relação do déficit cognitivo com o uso de álcool. Foram utilizados estudos publicados em inglês, nas bases de dados Pubmed, PsycInfo, Research Gate, Springerlinks e Semantic Scholar. Considerou-se como critério de inclusão o impacto na literatura e qualidade metodológica. Foram excluídos teses e casos clínicos. RESULTADOS – Foram avaliados na íntegra 165 artigos, 69 foram incluídos nesse estudo. A neurotoxicidade desencadeada pelo álcool e as hipovitaminoses são apontadas como principais etiologias da demência alcoólica. O prejuízo da memória anterógrada episódica, disfunção executiva, prejuízo na cognição social e no processamento de emoções são os principais comprometimentos cognitivos encontrados. Especificamente, a encefalopatia de Wernicke pode ser revertida com a reposição de tiamina endovenosa em até 72h, e a memantina apresentou boa resposta para a demência por uso de álcool. Não foram encontradas evidências quanto ao benefício do uso leve a moderado de álcool para a cognição. CONCLUSÃO: A associação do uso crônico de álcool com o déficit cognitivo está bem consolidada na literatura. Contudo, o papel da neurotoxicidade e das hipovitaminoses no desenvolvimento do transtorno vem sendo cada vez mais discutido. Novas tecnologias e intervenções neuropsicológicas vêm abrindo cenários futuros promissores na pesquisa e no tratamento do transtorno. |
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