Relação da marcação imunohistoquímica de VEGFR1, VEGFR2, CD31 e KI-67 com o comportamento e prognóstico de queilite actínica e carcinoma espinocelular de lábio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ariotti, Carla
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/174470
Resumo: A angiogênese patológica se caracteriza por um processo multifásico controlado por diferentes fatores e está relacionada com o desenvolvimento de tumores malignos. O objetivo do presente estudo foi determinar as contribuições dos receptores do fator de crescimento vascular endotelial (VEGFR1 e VEGFR2) durante a carcinogênese labial, investigar a correlação destes biomarcadores com a microdensidade vascular (MDV) e o perfil proliferativo dos casos, e a associação com fatores de risco, parâmetros clínico-patológicos e sobrevida. Prontuários médicos de 27 casos de queilite actínica (QA) e 46 casos de carcinoma espinocelular de lábio (CECL) foram analisados. As lesões foram classificadas de acordo com o padrão histopatológico e submetidas a marcação imunoistoquímica para VEGFR1, VEGFR2, CD31 e Ki-67. Foi analisada toda a extensão epitelial nos casos de QA e o fronte de invasão nos casos de CECL. As lâminas imunomarcadas por VEGFR1 e VEGFR2 foram submetidas à análise semi-quantitativa baseada no percentual de células epiteliais e inflamatórias positivas, enquanto que a marcação de CD31 e Ki-67 foi analisada de maneira quantitativa a fim de determinar a MDV e o índice proliferativo, respectivamente. Uma maior expressão de VEGFR1 foi observada nas células epiteliais de QA quando comparadas com o CECL (p<0.001). Um aumento linear de VEGFR1 foi observado nas células inflamatórias a partir dos casos de QA até o CECL (p<0.001). Uma maior expressão de VEGFR2 foi observada nas células epiteliais e inflamatórias na QA quando comparado com o CECL (p=0.02). Não foram encontradas associações entre VEGFR1 e VEGFR2 com a MDV, índice proliferativo e parâmetros clinico-patológicos. Nos casos de QA foi possível identificar uma correlação positiva significativa entre a MDV e o índice proliferativo (p=0.02). Os achados do presente estudo indicam que o VEGFR1 e VEGFR2 estão expressos durante a carcinogênese labial. A ativação do VEGFR1 e VEGFR2 nas células epiteliais e inflamatórias parece ser um evento precoce na carcinogênese labial e podem regular esta via de forma autócrina e parácrina.
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spelling Ariotti, CarlaMartins, Manoela Domingues2018-04-10T02:30:56Z2014http://hdl.handle.net/10183/174470000980775A angiogênese patológica se caracteriza por um processo multifásico controlado por diferentes fatores e está relacionada com o desenvolvimento de tumores malignos. O objetivo do presente estudo foi determinar as contribuições dos receptores do fator de crescimento vascular endotelial (VEGFR1 e VEGFR2) durante a carcinogênese labial, investigar a correlação destes biomarcadores com a microdensidade vascular (MDV) e o perfil proliferativo dos casos, e a associação com fatores de risco, parâmetros clínico-patológicos e sobrevida. Prontuários médicos de 27 casos de queilite actínica (QA) e 46 casos de carcinoma espinocelular de lábio (CECL) foram analisados. As lesões foram classificadas de acordo com o padrão histopatológico e submetidas a marcação imunoistoquímica para VEGFR1, VEGFR2, CD31 e Ki-67. Foi analisada toda a extensão epitelial nos casos de QA e o fronte de invasão nos casos de CECL. As lâminas imunomarcadas por VEGFR1 e VEGFR2 foram submetidas à análise semi-quantitativa baseada no percentual de células epiteliais e inflamatórias positivas, enquanto que a marcação de CD31 e Ki-67 foi analisada de maneira quantitativa a fim de determinar a MDV e o índice proliferativo, respectivamente. Uma maior expressão de VEGFR1 foi observada nas células epiteliais de QA quando comparadas com o CECL (p<0.001). Um aumento linear de VEGFR1 foi observado nas células inflamatórias a partir dos casos de QA até o CECL (p<0.001). Uma maior expressão de VEGFR2 foi observada nas células epiteliais e inflamatórias na QA quando comparado com o CECL (p=0.02). Não foram encontradas associações entre VEGFR1 e VEGFR2 com a MDV, índice proliferativo e parâmetros clinico-patológicos. Nos casos de QA foi possível identificar uma correlação positiva significativa entre a MDV e o índice proliferativo (p=0.02). Os achados do presente estudo indicam que o VEGFR1 e VEGFR2 estão expressos durante a carcinogênese labial. A ativação do VEGFR1 e VEGFR2 nas células epiteliais e inflamatórias parece ser um evento precoce na carcinogênese labial e podem regular esta via de forma autócrina e parácrina.Pathological angiogenesis represents a multistep process controlled by different factors and is related to the development of malignant tumors. The aim of the present study was to determine the contributions of vascular endothelial growth factor receptors (VEGFR1 and VEGFR2) in lip carcinogenesis, to investigate the correlation of these biomarkers with microvessel density (MVD) and proliferative profile of cases as well as the association with risk factors, clinico-pathologic parameters and overall survival. Medical records of 27 cases of actinic cheilitis (AC) and 46 cases of low lip squamous cell carcinoma (LLSCC) were analyzed. Lesions were classified according histological pattern and submitted to immunostaining for VEGFR1, VEGFR2, CD31 and Ki-67. For AC, the entire epithelial length was analyzed and for LLSCC the invasive front of tumor. VEGFR1 and VEGFR2 immunostained sections were submitted to a semi-quantitative analysis based on the percentage of positive epithelial and inflammatory cells, while CD31 and Ki-67 were submitted to quantitative analysis to determine the MVD and proliferative labeling index, respectively. A higher expression of VEGFR1 was observed in epithelial cells of AC when compared to LLSCC (p<0.001 A linear increase of VEGFR1 in inflammatory cells was noted from AC to LLSCC (p<0.001). Higher expression of VEGFR2 was observed in epithelial and inflammatory infiltrate of AC compared to LLSCC (p=0.02). There was no association between VEGFR1 and VEGFR2 with MVD, proliferative labeling index and clinico-pathological parameters. In AC, a significant positive correlation was observed between MVD and proliferative labeling index (p=0.02). Our findings indicate that both receptors are expressed during lip carcinogenesis. The activation of VEGFR1 and VEGFR2 in epithelial and inflammatory cells appears to be an early event during lip carcinogenesis and may be involved in autocrine and paracrine regulatory pathways.application/pdfporPatologia bucalLabioCarcinoma bucalOral cancerCheilitisRelação da marcação imunohistoquímica de VEGFR1, VEGFR2, CD31 e KI-67 com o comportamento e prognóstico de queilite actínica e carcinoma espinocelular de lábioImmunohistochemical relation between VEGFR1, VEGFR2, CD31 e KI-67 with behaviour and prognosis of actinic cheilitis and lower lip squamous cell carcinoma info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2014Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000980775.pdf000980775.pdfTexto completoapplication/pdf1553046http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/174470/1/000980775.pdfb40dff5e42ed9cda26cdcca771f1185aMD51TEXT000980775.pdf.txt000980775.pdf.txtExtracted Texttext/plain90306http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/174470/2/000980775.pdf.txtf175d108ea5393dbc2c7379c6e126839MD52THUMBNAIL000980775.pdf.jpg000980775.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1064http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/174470/3/000980775.pdf.jpg58d165cba9071a4bfd937217e28f131eMD5310183/1744702018-10-29 08:06:58.576oai:www.lume.ufrgs.br:10183/174470Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-29T11:06:58Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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