Perfil sociodemográfico e clínico de usuários que realizaram testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis ofertados pelo consultório na rua em uma gerência distrital de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viana, Karla Tatiane
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/239491
Resumo: Introdução: O enfrentamento às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) se constitui como prioridade no cenário de saúde pública no Brasil. Especialmente em relação ao HIV, na última década, o Ministério da Saúde vem investindo na descentralização do diagnóstico e tratamento, visando expandir o acesso como forma de reduzir a epidemia. Uma das principais estratégias de ampliação do acesso é a oferta de testes rápidos na atenção básica. Essa estratégia também deve estar presente nas ações do Consultório na Rua (CR). Existe uma preocupação crescente com as IST na população em situação de rua. Parte dessa preocupação é devido ao perfil etário dos usuários, pois existe uma maior concentração de adultos jovens nesta população, que, portanto, corresponde a um grupo sexualmente ativo. Objetivo: Caracterizar o perfil de usuários que realizaram testes rápidos, ofertados pelo consultório na rua, em uma gerência distrital de Porto Alegre. Metodologia: Este é um estudo quantitativo descritivo. Foram incluídos no estudo usuários que realizaram teste rápido no período de janeiro a dezembro de 2017. Os usuários foram testados para HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C. Foram coletadas informações sociodemográficas e clínicas. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. Resultados: A amostra foi constituída por 278 pessoas. A média de idade foi de 36,62 ± 11,13 anos e 75,1% era do sexo masculino. A maioria tinha ensino fundamental incompleto (62,5%) e 50,9% era população negra. Em relação aos testes rápidos, foi encontrado que 22,8% era reagente para o HIV, 32,2% era reagente para sífilis, 0,4% reagente para hepatite B e 5,3% reagente para hepatite C. O percentual de pessoas com tuberculose foi 4%. Considerações finais: O estudo evidenciou que a população em situação de rua é composta por um expressivo percentual de população negra, com baixa escolaridade, e com altos índices de HIV e sífilis. Evidenciou-se estreita relação entre determinantes sociais e saúde e o contexto de grande vulnerabilidade no qual a população em situação de rua está inserida.
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